Eu tenho fé, mas nem sempre.
É uma confissão sincera, honesta, do fundo do coração. Espero que todos entendam que, sim, às vezes eu vacilo em minhas certezas na vida, que – outra confissão – são poucas. Há muito tempo que vivo com mais dúvidas que certezas, e acho isso saudável, pois estou sempre disposto a aprender.
Mas não com a meteorologia.
Essa é uma questão de ter fé, e – como já disse logo acima – eu tenho. Acredito na previsão do tempo, na ciência envolta no ato de prever o comportamento do tempo no nosso futuro imediato. Acesso o meu smartphone diariamente ao acordar para verificar a temperatura e como será o dia, ensolarado, nublado ou com chuva.
Aprendi, quando morava no Canadá, ainda antes de existir iPhone e outros, que era possível prever com precisão o tempo, inclusive com – por exemplo – a hora exata que começaria a chover. Lembro de assistir o Weather Channel (não existiam ainda os smartphones) ou os canais de notícias pela manhã para saber como seria o dia. Em Toronto, no inverno, isso era fundamenta: podia ser a diferença entre um bom dia e perder as pontas dos dedos por frost bite.
Quase aconteceu, confesso.
Após o surgimento dos “telefones espertos”, com internet e mil aplicativos diferentes, os televisão perdeu o protagonismo na previsão do tempo. Como eu falava, com poucos movimentos se consegue acessar a previsão do tempo de qualquer lugar do mundo, precisa, hora a hora. Não tem mais como não acreditar.
Porém – de tempos em tempos – sou um homem de pouca fé.
Hoje, por exemplo. A previsão para Porto Alegre era de chuva. Ao sair do carro quando cheguei no hospital, conferi a previsão do tempo para decidir se levaria comigo ou não o guarda-chuva que deixo sempre no carro. O prognóstico indicava uma chance de 50% de chuva às 11h e que estaria nublado ao meio-dia. Não choveria bem na hora em que sairia para almoçar, quando tenho que fazer um trajeto de aproximadamente de cem metros ao ar livre para chegar no restaurante.
Fiz os atendimentos da manhã e terminei às 11h30, quando saí para almoçar (gosto de almoçar cedo e ter um tempo de folga antes de retomar os atendimentos, às 13h20). Ao olhar para a rua, muita chuva. Muita. Chuva. Mesmo. E o meu guarda-chuva no carro. Acabei pegando um emprestado da minha secretária, de cabo rosa (não tinha como perder) e fui almoçar certo de que a previsão estava errada e continuaria chovendo muito.
Ao sair do almoço, pouco depois do meio-dia, a chuva havia parado.
E voltou depois das 13h, como previsto. E choveu muito a tarde toda.
Lamentei meu deslize de pouca fé...
Eu acredito na previsão do tempo.
(o final de semana deve ser de sol!)
Até.
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