terça-feira, junho 13, 2006

A Estréia

Foi o meu primeiro jogo de Copa do Mundo longe do Brasil.

Normalmente, no Brasil, eu não iria trabalhar vestindo a camiseta da seleção brasileira. Aqui, no Canadá, também não. Mas fui vestindo uma camiseta com a bandeira e a inscrição ‘Brasil’ porque – sim – queria me identificar e entrar no clima.

No hospital, todos já comentam a copa comigo desde sexta, e hoje sabiam que de tarde eu ia sair para ver o jogo. Todos desejando sorte e sucesso para o Brasil.

Não só aqui no Canadá, por todo o mundo. A India, por exemplo, decidiu que ia torcer pelo Brasil na Copa, e Nova Déli está toda decorada de verde e amarelo.

É a mística do futebol brasileiro.

O Jogo

Brasil e Croácia fizeram a estréia que eu esperava.

Se alguém imaginava que ia ser um jogo fácil, espetáculo, goleada, é porque deixou se influenciar pelo pensamento mágico, coisa não muito rara quando se trata do futebol, ou entrou no embalo do oba-oba que a imprensa – e aí falo especificamente da Globo – criou em torno da seleção nessa copa em especial. Estava na cara que ia ser assim.

De qualquer forma, gostei do que vi, apesar de querer e saber que poderia ser melhor. Ou, melhor, que vai ser melhor. O Dida foi muito bem, mostrando uma segurança que eu não havia visto antes. O melhor em campo. A defesa também me agradou, digam o que disserem.

O meio-campo foi combativo sem a bola, marcou, correu, deu conta do recado defensivamente. A parte de criação deixou um pouco a desejar. Kaká foi decisivo pelo gol, mas me pareceu algumas vezes exagerar nos chutes de longa distância. Ronaldinho, muito bem marcado, sempre dois ou três em cima, produziu menos que gostaríamos.

Quem deixou a desejar mesmo foi o ataque.

Ronaldo foi pouco participativo, não buscou o jogo, faltou movimentação. Quanto ao Adriano, a mesma coisa.

Mas foi o primeiro jogo. Muita tensão, muita pressão.

Vai melhorar, com certeza.

Pós-jogo

Após o jogo, fizemos um churrasco. Não. Fizemos um barbecue, que é um pouco diferente. Conversamos, falamos da vida, expectivas. Eu de voltar, a Adriana da chegada das filhas, a Cíntia do começo do trabalho.

A vida é isso, expectativas, plano, churrascos e histórias para contar.

Até.

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