terça-feira, fevereiro 24, 2009

A Sopa 08/29

Fevereiro de 2009.

Segunda-feira de carnaval e estamos voltando para Porto Alegre depois de passar o feriado na praia, no litoral norte gaúcho. A estrada movimentada, mesmo ainda restando a terça-feira para aproveitar a festa. Talvez seja por causa do tempo: chove desde a madrugada.

Ao contrário das previsões anunciadas nos dias precedentes ao final de semana, o tempo esteve ótimo no sábado e domingo, com muito calor, sol e mar azul (por mais improvável que possa parecer essa combinação numa praia ao sul de Santa Catarina). No domingo, após nossa caminhada na praia, o banho de mar foi refrescante como há muito não sentia. Aliás, graças a esse final de semana pude dizer que o verão não passou em branco. Isso porque até agora não tinha conseguido tomar um mísero banho de mar, porque ou era o tempo ou era o mar que não colaboravam. Tudo esquecido após um mergulho nas águas azuis do Atlântico.

Mas falava da volta para casa, Marina, Jacque e eu, com chuva e, em momentos, MUITA chuva. Sem pressa, dirigindo com todo cuidado, seguíamos pela BR-290 ao som dos Beatles. As meninas no banco de trás, eu de olho na estrada.

Num desses momentos de muita chuva, reparamos numa motocicleta que ultrapasso. Nela, um casal. Ele pilotando e ela na carona, abraçada a ele. Chove muito nesse instante. Nenhuma mochila, apenas um pequeno compartimento na parte de trás do banco, um espaço certamente para poucas coisas. Ele, vestindo bermuda, tênis e camiseta e de sandália e uma daquelas camisas de alcinhas. Ambos encharcados e, imagino, com frio, afinal além de estar chovendo e eles estarem de moto, a temperatura caiu desde o dia anterior, com a chegada da frente fria que trouxe a chuva que ora nos castiga.

Ficamos pensando no que aquele casal está passando, e nas repercussões do evento na vida deles. Se casados, provavelmente aquele foi o último passeio deles antes de ela dizer para ele “crescer e trocar essa maldita moto por um carro” ou algo do gênero. Caso sejam apenas namorados, e continuarem juntos depois desse “banho de água fria’ na relação, pode apostar que vão continuar juntos por muito tempo. Ou não.

Pensando na situação, percebi a lição de vida da semana.

Carnaval é sempre um teste para os relacionamentos, de uma maneira ou de outra.

Até.

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