Quinta-feira Santa agora, no começo do feriadão de Páscoa, fomos – a Marina, a Jacque e eu – assistir no Auditório Araújo Viana ao show dos Paralamas do Sucesso. Foi o primeiro show que fomos nós três juntos. Como compramos os ingressos poucos dias antes, a Marina não teve tempo de “estudar” as músicas deles, mas – ainda assim – conhecia algumas delas.
Tudo bem.
O show, com a proposta de tocarem “as clássicas”, foi espetacular, apoteótico, catártico, simbólico, histórico. Tudo isso junto, e mais. Claro que para mim, para mim. E assim mesmo são as experiências vividas em conjunto: elas são coletivas, mas são individuais, únicas. Porque a vida é assim. Estamos juntos, mas – no fundo – sempre somos nós e nossa experiência individual, a forma como vemos o mundo e como reagimos a ele.
A minha história com os Paralamas, a sua música, é bem antiga, e atravessou os anos sempre mais ou menos próxima.
Começa no meio dos anos 80, na praia, Imbé/RS, na SAPI, a festa chamada de Mingau, porque era da gurizada mais nova, que terminava à 23h, e íamos em turma, e ouvíamos as músicas do disco Passo do Lui, de 1984, e cantávamos Óculos e Meu Erro (entre outras do rock nacional). Passou por uma cópia do vinil autografada de Bora Bora em 1989 (eu acho) após uma longa fila no Centro Comercial João Pessoa, em Porto Alegre, que hoje se chama shopping.
‘Meu Erro’, aliás, foi uma das primeiras músicas que aprendi a tocar no violão, e até hoje – quando voltei a fazer aulas/tocar – é uma de minhas preferidas. Adiante, um dos primeiros shows que fui com a Jacque foi justamente dos Paralamas, ‘Vamo Batê Lata’, no Bar Opinião, em 1995 ou 1996. Depois, acho que 1997, fomos no ‘Acústico’, também no Opinião.
Salta uns bons anos no tempo, já depois do acidente do Herbert Viana, a primeira vez que eles vieram tocar no Rio Grande do Sul foi em um festival, o Planeta Atlântida, no litoral norte no RS. Eu fui sozinho, porque tinha que estar lá. Mais recentemente (mas nem tão recente assim) fui com o amigo Pedro e meu ex-cunhado Paulo assistir os Paralamas junto com os Titãs em Porto Alegre.
Esse show que ocorreu agora deveria ter ocorrido em setembro/2020, mas – evidentemente – foi adiado pela pandemia. Foi ocorrer agora, mas eu não tinha planos de assistir. Acontece que chegando perto, surgiu uma necessidade/vontade crescentes, e não resisti. O show seria quinta-feira, e compramos os ingressos apenas no domingo. Naquele momento, eu PRECISAVA ir ao show.
E não estava errado.
Foi ótimo, foi simbólico.
Dentro daquele pensamento egocêntrico de que o mundo gira em torno do meu umbigo (sim, eu sei que não gira...) vivenciei o show como mais um momento de comemoração dos meus cinquenta anos, que é o que farei diversas vezes ao longo de 2022, isso de transformar os mais variados momentos da vividos em celebrações da vida.
Como deveria ser sempre.
Até.
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