Decidi não mais vender o meu carro antes de viajar.
Na verdade, decidiram por mim. Quem? Os 'amigos do alheio', os 'malfeitores', os 'caras maus'. Isso mesmo, roubaram o meu carro.
Estranha - para dizer o mínimo - a sensação de ter o carro roubado. Você sai do lugar onde estava para voltar para casa e o carro não está no lugar deixado. Num primeiro momento, você olha, esfrega os olhos, olha de novo com mais atenção, caminha até onde ele deveria estar, certifica-se de que não o deixou em outro local e este é apenas um truque de sua memória. Mas não. Ele não está mais lá. Deve admitir: o seu carro foi realmente roubado.
Primeira e reação e pensamento recorrente: o que havia sido deixado dentro dele? Dois aventais com nossos nomes bordados, crachá do hospital, um estetoscópio, controle remoto da garagem do edifício, alguns CDs. As bolsas de viagem da CVC que havíamos pego logo à tarde. E uma lembrança: antes de sairmos do carro, havíamos nos questionado se deveríamos levar junto conosco as bolsas ou deixá-las escondidas nele. Decidimos levar ao menos os vouchers da viagem, dos hotéis e as passagens. Ao menos isso - sorte e prudência nossa - não levaram.
Ocorrência na polícia, contato com o seguro (nestas horas é que se dá valor a este gasto anual), e começo a perceber que nem tudo é tão horrível como pode parecer num primeiro momento.
Sim, vou ficar sem carro por um mês antes de viajar. Na corrida final das preparações. Vai ser bem trabalhoso, com certeza. Por outro lado, não preciso mais me preocupar em vender o carro, me livro de toda esta possível incomodação. Olha a minha agenda e escrevo um ok ao lado do item 'Vender o carro'. Menos um problema...
Nem tudo é ruim na vida.
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Excepcionalmente este semana, A Sopa vai sair apenas no Blog, por questões técnicas. Semana que vem, tudo volta ao normal.
Até semana que vem.
marcelo