Sábado à noite, na festa de final de ano das Divisões de Pneumologia e Cirurgia Torácica da University of Toronto, no salão de eventos no 33º andar do Hotel Sutton, centro de Toronto, eu estava tenso. Confesso, admito. Não costumo ficar tenso, mas dessa vez não pude evitar.
O evento, por outro lado, estava bem interessante. Iniciou pontualmente às 7pm, na ante-sala, com um cocktail em frente a uma lareira e um piano de cauda tocado por um menina que subiu no elevador comigo, tensa por estar atrasada. Após, passamos para o salão principal, onde foi servida a janta. Antes de começarem a servir, pequena apresentação dos chefes dos dois serviços, tudo muito informal, evidentemente.
A janta estava boa, e o vinho também. Mesmo assim eu continuava tenso. Após a janta, enquanto tomávamos o café, foram sorteados brindes aos presentes. E eu tenso. E então começou a música.
A escolha das músicas era adequada, o astral bom.
E eu tenso.
Até que emendaram uma seqüência que incluiu ‘YMCA’ e ‘I Will Survive’. E então tocou Billie Jean, do Micheal Jackson . Nesse momento, tudo parou, houve um silêncio no salão, na cidade, e quem sabe no mundo todo. Os céus se abriram e tive uma revelação, que explica o inexplicável da vida, resolve os mais profundos mistérios da existência.
O Micheal Jackson morreu.
Há anos, para deixar bem claro.
Esse que foi julgado por molestar criancinhas nos seu rancho, Neverland, esse que está morando em Bahrein (se é assim que se escreve), que foi pego saindo de burka de um banheiro feminino num shopping center de lá, esse é um impostor. Um sósia, na verdade, que nem negro é, como o original.
Só isso para explicar o que aconteceu com esse menino.
Até.
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