domingo, agosto 01, 2010

A Sopa 10/01

Nem tudo está perdido.

Você entende o que quero dizer, estimado leitor. Falo do mundo em geral. Aquele que todos os dias vemos sendo agredido pela mão do homem, que utiliza os recursos naturais indiscriminadamente e não se preocupa com a preservação desses recursos que são finitos. O efeito estufa, as alterações climáticas devido à ação do homem, o aumento da temperatura global, os terremotos, as enchentes. Parece que todas as catástrofes da natureza seriam algum tipo de reação ao que temos feito com o planeta. Isso sem falar no que o homem faz a si mesmo, diretamente.

Podemos pensar em guerras, nos crimes do dia-a-dia que ainda deveriam nos horrorizar, nos malditos pedófilos, nas injustiças sociais, na fome. Homens matando iguais pelas mais variadas razões e, muitas vezes, sem razão, sem sentido nenhum. Já declararam que somos uma espécie que não deu certo, e estamos condenados à extinção, que inevitavelmente virá, mais cedo ou mais tarde.

Tudo ruim, você pode pensar.

E pode se perguntar como alguém pode ainda pensar em ter filhos, em meio a essa selvageria, essa barbárie toda. Pois é.

Aí então você leva a sua (seu) filha (o) até um parque ou uma pracinha. E você a embala no balanço, brinca na gangorra, ela (e) desce no escorregador. Só que vocês não estão sozinhos, outros pais e mães estão com seus filhos (as) na mesma praça brincando. E ocorre o milagre.

Vocês, totais estranhos, de origem e profissões as mais diversas, mas que tem em comum filhos ou filhas pequenas que brincam ali, naquele momento, percebem que na verdade não são estranhos, e compartilham histórias e experiências, num momento de – podemos dizer – comunhão, em que o que liga vocês é isso, ser humano.

Enquanto houver crianças e parquinhos o mundo não acaba.

Até.

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