domingo, agosto 08, 2010

A Sopa 10/02

Sou um cara de convicções.

Como já falei aqui em algum momento do passado, temos que ter convicções na vida, algumas posições firmes que estabeleçam, sem sombra de dúvidas, quem somos e o que as pessoas podem (ou não) esperar de nós. Como o sagu, a melhor sobremesa do mundo. Mas isso não é sobre o que quero falar. Falo sobre convicções.

Desde muito cedo, por exemplo, eu sabia que eu era ‘para casar’. Enquanto amigos, colegas de aula, previam que só casariam depois dos quarenta anos, pois tinham “muito que aproveitar”, eu pensava (não dizia, para não criar discussões) que eu casaria na hora em que tivesse que casar. Poderia ser até aos quarenta, assim como poderia ser aos trinta ou aos vinte anos. Tudo dependeria das coisas que viriam. Uma obviedade, certamente, mas que poucos colegas na minha idade na época conseguiam ainda enxergar. Acabei casando com vinte e quatro anos, e não me arrependo nem por um minuto sequer.

A mesma coisa com relação a ter filhos.

Sempre soube que queria ter filhos, ser pai. Mesmo antes de casar, já sabia disso. Demoramos, a Jacque e eu, uns bons anos até concordarmos que já era hora de tentarmos, e aproveitamos muito esse tempo antes dos filhos. Viajamos muito, conhecemos lugares, até passei um tempo no Canadá fazendo o meu pós-doutorado enquanto ela ficou aqui, tocando a vida. Até esse período nos fez bem e fez amadurecer para quando ela engravidou e veio a Marina.

Ser pai põe a vida numa perspectiva diferente. Nada é tão importante quanto a família. Nada é melhor do que o tempo que passas com tua filha. Nada emociona mais que ela dizer ‘papai’.

Nesse dia dos pais, só posso dizer que é um honra poder se pai. E uma sorte. Uma maravilha, enfim.

Até.

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