A semana tem tudo para ser vermelha.
Como qualquer pessoa com mínimo interesse em futebol – além de todo o Rio Grande do Sul – sabe, na próxima quarta-feira ocorre o segundo jogo da final da Copa Libertadores da América, mais importante competição sul-americana de futebol, justamente no estádio do Internacional de Porto Alegre, o Beira-Rio. O primeiro jogo, realizado uma semana antes em Guadalajara, México, terminou com vitória colorada sobre o Chivas por dois a um, de virada. Quarta-feira, Porto Alegre – e parte do Rio Grande - vai parar.
Pode ser (assim espero) a segunda conquista deste título pelo Inter. A primeira vez, em dois mil e seis, foi contra o São Paulo, segundo jogo aqui em Porto Alegre, um mês e meio depois de eu ter voltado do Canadá. Consegui ir ao jogo, com a carteira de sócio de um grande amigo que não podia ir por questões de trabalho. Testemunhei a conquista da América pela Inter. Assistiria a conquista do mundo, frente ao Barcelona, pela tevê, de casa. Na hora do gol da vitória, passei mal: hiperventilei, fiquei taquicárdico, pálido, sudorético.
Quatro anos depois, o Inter pode ser bicampeão da América.
Se realmente ocorrer, e no momento as maiores chances são mesmo do Inter, será um duro golpe no coração dos gremistas, que por muitos anos cantavam vantagem primeiro por terem sido campeões da América e do equivalente da época ao campeonato mundial em 1983 e o Inter não. E realmente parecia que nunca seria, ainda mais depois de 1989, quando o Inter perdeu a semifinal para o Olímpia, em casa, nos pênaltis, após ter vencido o primeiro jogo no Paraguai. Quando o Inter foi campeão em 2006, o Grêmio já era bi da América, mas perdera o segundo título mundial para o Ajax da Holanda, no Japão.
Dessa forma, ainda lembravam que eram duas vezes campeões sul-americanos, em 1983 e 1995, e havia a esperança de muitos de que o título do Inter houvesse sido acaso, do tipo “um raio não cai duas vezes no mesmo lugar”. Mas, se quiserem continuar no tema, raios caem mais de uma vez no mesmo lugar. Apenas quatro anos depois da conquista colorada, surge novamente a possibilidade – ainda é apenas possibilidade, nada mais – de o colorado ganhar pela segunda vez a Libertadores. E, pior para o imaginário tricolor, já está certo que vai jogar o Mundial em Abu Dhabi, em dezembro. Seria, aí assim, mortal para os azuis, se o Inter fosse duas vezes campeão do mundo.
Mas como todos sabemos, tudo pode acontecer, e o que é sucesso e vitória hoje pode se tornar fracasso e derrota depois. Esta aí a história que não me deixa mentir.
Torcer é o que nos resta.
Até.
Um comentário:
Marcelo, faz tempo que não passo por aqui.
Gostaria somente de comentar que fui pegar um vôo em Congonhas hoje e o aeroporto está cheio de colorados, provavelmente que moram em SP, indo para o jogo de hj. a noite.
Fiquei impressionado com a força da torcida.
Boa sorte.
Abraços.
Edgard, Corinthiano, SP
Postar um comentário