Parei de contar os dias de pandemia.
Estamos no segundo ano, e aqui no Sul do Mundo, após o inferno que foi o mês de março de 2021, com o grande pico de infecções e internações, com o quase colapso do sistema de saúde, vivemos agora um momento mais tranquilo. À medida que a vacinação avança, a situação melhora, mesmo que lentamente.
Não podemos baixar a guarda, contudo.
Todos os cuidados que tínhamos, devem ser mantidos, para que tudo possa terminar o quanto antes. Máscaras, distanciamento, evitar aglomerações, tudo faz parte do que temos que seguir fazendo para que possamos avançar. E seguir as recomendações que são baseadas em evidências científicas, que são embasadas em estudos realizados, e bem realizados.
Temos visto, neste cerca de um ano e meio de pandemia, que muitos, por mais preparados que sejam, por mais estudados que sejam, no momento em que estamos frente a um desafio gigante (o que tem sido esse tempo) portam-se como o marinheiro que – ao ver um problema na embarcação - sai correndo de um lado a outro gritando “vamos morrer, vamos morrer”, quando o que ele deveria fazer era se utilizar de seu conhecimento e de seu treinamento para propor soluções, para ajudar. Já falei disso: entendo a angústia, mas, antes de mais nada, não podemos prejudicar aqueles que buscam nossa ajuda prescrevendo tratamentos sem comprovação, ou – pior – que podem causar mais mal que bem.
E tem se visto coisa, posso dizer.
De qualquer forma, devemos tentar manter o juízo crítico e o bom senso em meio a dias confusos.
De novo, vai passar
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Não só isso: parece, em determinados casos, que voltamos no tempo, quando tínhamos pouco conhecimento sobre o mundo. A ciência avançou muito nos últimos anos, e a descoberto/criação de vacinas em tão pouco tempo é uma prova disso. Nunca estivemos tão preparados – por paradoxal que possa parecer – para lidar com uma situação dessas como agora. Por isso a minha convicção de que vamos superar isso em breve. E vem desse fato também a minha surpresa com ter ouvido colegas comentarem – há quase um ano, ao saber que eu havia sido voluntário para o estudo de uma das vacinas – que esperariam “porque a vacina foi criada em muito pouco tempo...”, como se estivéssemos em 1950!
Fingi que não ouvi, não valia a pena discutir.
Quem sabe procurassem um pajé naquele momento.
Vai saber.
Até.
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