quinta-feira, maio 04, 2023

Perdidos Mães e Filhos (34)

 A Viagem (22).

 

Dia de começar a volta.

 

Estava terminando a viagem. Domingo de carnaval, era hora de descer a montanha e retornar ao ponto de partida italiano de nossa viagem, o aeroporto de Malpensa, onde tínhamos chegado do Brasil e encontráramos a Roberta, que nos esperava lá. Hoje seria o dia em que a deixaríamos lá para sua viagem de volta à Barcelona.

 

Amanhecer nos Alpes italianos


Acordamos no lugar em que pensamos ser Meltina. A noite havia sido uma ótima noite de sono nos Alpes, aconchegante, confortável. Imaginávamos uma grandiosa vista de onde estávamos, porém uma densa neblina impedia qualquer visão além de poucos metros a frente. Paciência. Tomamos um bom café com o que ainda tínhamos de alimentos, nos arrumamos, tiramos algumas fotos do local e nos despedimos da família de proprietários. Era hora de descer a montanha.

 

Iniciando a despedida da Itália


A distância entre onde estávamos até o Terminal do Aeroporto de Malpensa, onde “largaríamos” a Roberta, era de aproximados 340km, entre 3h30 e 4h de viagem, sem contar com as “paradas técnicas”, alguns desvios, e almoço. Saímos pouco depois das dez horas da manhã.

 

O trajeto saindo de Meltina envolveu retornar pelo caminho que fizéramos na noite anterior, via SP11 e depois SS38 até entrar na A22 no sentido sul, em direção à Verona, até o acesso Affi-Largo di Garda Sud, onde trocamos para a SR 450, depois SR 11 e então a E70, e, ainda a A4 (rodovia Milão – Trieste). Passamos bem perto de Peschiera de Garda e fomos até Sirmione, balneário do Lago di Garda em que já estivéramos antes, mas – por ser domingo - estava absolutamente lotada. Não conseguimos lugar para estacionar. Ato contínuo, seguimos viagem.

 

A parada para almoço foi em um desses postos de parada na estrada, meio que lanche (paninis), pata podermos seguir viagem.

 

Foi um trajeto percorrido sem incidentes até o Terminal 1 do Aeroporto de Malpensa, onde largamos a Roberta para que pegasse seu voo de volta para sua casa em Barcelona. Nos despedimos imaginando quando seria nosso próximo encontro presencial, fizemos filminho da despedida e fomos para o nosso hotel, ali próximo. Havíamos reservado no Holiday Inn Aeroporto de Malpensa, perto do aeroporto, com estacionamento e café da manhã. Eram dois quartos contíguos, onde ficaram a Karina e a Mãe em um quarto e a Jacque, a Marina e eu em outro. Nos instalamos e decidimos sair para algumas compras de “final de festa”.


Nos despedindo da Roberta

 

Conversando com o funcionário da recepção, pedimos dicas de algum shopping center próximo, e ele nos recomendou o Gigante, supermercado e centro de compras ali perto. Era o que tinha, e decidimos ir até para conhecer. Era um grande supermercado mesmo, com algumas poucas lojas junto, nada muito diversificado. Ficamos um bom olhando as coisas do supermercado (sempre uma diversão fora do Brasil) e com as meninas fazendo as últimas compras antes de viagem de volta. Até cogitamos procurar algum outro shopping, mas desistimos. Resolvemos voltar para o hotel para depois sair novamente para jantar. Na hora de hora de sair do estacionamento do centro de compras foi quando aconteceu o acidente, que – infelizmente - teve uma vítima quase fatal.

 

O meu orgulho.

 

Ao sair do estacionamento, ao acessar a rampa para descer do segundo andar, ao fazer uma curva, já relaxado por ter passado por lugares muito mais estreitos, errei e raspei a lateral do carro em um corrimão de metal, fazendo um “rasgo”. Parei para avaliar o estrago apenas no estacionamento do hotel, e achei bem feio (e culpado e um péssimo motorista, sensação que eu sabia que iria “macular” minha impressão da viagem por alguns dias). 


Fazer o quê? 


Paciência.

 

“Abalado” pela barbeiragem, ainda saímos com o carro para jantar, e foi uma lenda encontrar um lugar que tivesse estacionamento em que eu me sentisse “confortável” em estacionar, traumatizado que eu estava. A dica de pizzaria que o meu irmão havia nos dado foi impossível por estar lotada. Acabamos num restaurante de motivação texana (?), o Old Wild West, comendo hamburgers. Voltamos para o hotel e dormimos bem, mesmo eu com meu orgulho ferido, e na manhã seguinte teria que entregar o carro e explicar o ocorrido. 

 

Segunda-feira, 20 de fevereiro, seria o dia de nossa volta ao Brasil.

 

Antes, porém havia uma franquia de $1660,00 (MIL, SEISCENTOS E SESSENTA EUROS) a ser paga.

 

Pois é...


Até.

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