Retrospectiva.
Sempre faço retrospectivas nos finais de ano. Como quem me lê já sabe, e escrevi isso essa semana mesmo, procuro estar sempre pensando a vida, refletindo, avaliando e reavaliando todos os passos dados, todas as decisões tomadas. É parte de quem sou. Dessa forma, a chegada dos últimos dias de cada ano são mais do que propícias para esse tipo de movimento, o de refletir.
Como definir 2023?
Foi um ano de expansão, é meu primeiro pensamento/conclusão.
E, ressalva óbvia, mas importante, falo de mim unicamente, que é de quem posso falar com mais propriedade. É do meu ano particular que vou falar, porque aqui é espaço para isso, é minha terapia. Mas, pensando, por qual dimensão da vida vou começar essa retrospectiva? Ou vou pensar mês a mês?
Tanto faz.
Falemos de saúde, então.
Sem nenhum tipo de superstição envolvida, sem astrologia, tarô, runas ou qualquer outro tipo de pensamento mágico, baseando-me em fatos ocorridos, posso dizer que – em termos de saúde – março tem sido um mês desafiador para mim. Desde 2021, quando tive uma hipotensão postural em uma madrugada, que resultou em queda, traumatismo craniano, uma jornada noturna em busca de atendimento em um momento complicado da pandemia, terminando no HPS e posteriormente até com estudo eletrofisiológico para investigar uma possível arritmia, março tem se caracterizado por situações e tratamentos de saúde.
O ano de 2022 foi, após as férias no Uruguai em que passei com dor na região cervical e sob efeito de analgésicos, foi em março que fiz o diagnóstico de hérnia de disco cervical, tratado conservadoramente com um colar cervical por vinte e um dias. Esse ano, como repetidas vezes falei, março foi quando – após um memorável show de rock que assisti em São Paulo, quando fiquei oito horas em pé – tive crises do dor insuportáveis e o diagnóstico de uma hérnia de disco lombar cujo tratamento foi cirúrgico, com recuperação completa. Bola para frente, só me preocuparia com questões de saúde a partir de fevereiro de 2024, “cuidando” para não ter problemas no março vindouro, certo?
Errado.
Mudei a estatística, me antecipei, “driblei” a previsão: na metade de outubro, há pouco mais de dois meses, tive um acidente de bicicleta, uma queda forte aqui perto de casa, com episódio de amnésia lacunar e alguma confusão quando cheguei em casa pedalando, após o acidente. Levado de carona para o hospital, ressonância e avaliação neurológica normais, rx de punho comprovou fratura do rádio distal, cujo tratamento acabou sendo cirúrgico, com colocação de placa e parafusos para fixá-la, a segunda cirurgia do ano.
A recuperação tem sido boa, mas ainda não estou liberado para as atividades físicas, o que deve ocorrer apenas no início do próximo ano, em mais quinze dias. Paciência, faz parte.
Mesmo com tudo isso, foi um ano bom.
Os eventos do ano abalaram a minha sensação de juventude? Não muito, confesso, mas a consciência de que tenho que levar mais de leve, não me expor demais a riscos, certamente aumentou. O futebol, por exemplo, abandonei, porque das últimas quatro vezes que joguei, sendo a última há pouco mais de um ano, em três sai machucado, sendo que nessa última tenho convicção de que foi a hérnia de disco que só iria realmente “incomodar” em março.
Sem falar que as situações de março surgem (ao menos nos últimos dois anos) quando estou planejando uma festa de aniversário para mim, o que acaba a inviabilizando-as, que deveriam ocorrer no início de abril. Já estava pensando em fazer a festa do ano que vem, mas tenho medo de – sei lá – perder um rim em março de 2024.
Até.
2 comentários:
Grande Marcelo, pessoa que tenho o prazer de chamar de amigo, integridade ímpar e profissional exemplar, a vida nos apresenta desafios diários que nos mostram o real valor de nossa existência e as quedas, bom essas somente surgem para quem avança, afinal ficar "inerte" é uma opção, mas não está em nosso dicionário. #força e #honra.
Obrigado pelas palavras, meu amigo. Seguimos sempre em frente. Abraço!
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