De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará...”
O desenvolvimento da tecnologia tem trazido mudanças ao mundo que são, algumas vezes, de difícil adaptação. Tudo muda numa velocidade impressionante, desde os computadores que um mês depois de comprarmos o top de linha já ficam obsoletos perante novos que aparecem muito mais potentes e rápidos e cheios de periféricos, até as mudanças nas regras do vôlei. Alguém que não vive desse esporte consegue entender o que estão fazendo com o bom e velho vôlei? Eu, não.
Sempre que eu paro em frente à TV e está passando um jogo de vôlei eu procuro prestar muita atenção no que se passa, porque ainda espero o dia em que vão ter jogadores dos dois times nos dois lados da quadra. Algo como além de passar a bola para o outro lado também tem que evitar que os adversários te atrapalhem. Claro que talvez tivessem que permitir algum contato físico entre os jogadores, e talvez a rede no meio atrapalhasse. A solução seria trocar a rede e – portanto – o saque para outra forma de marcar os pontos, quem sabe duas cestas, uma em cada lado da quadra. Neste momento, notariam que seis atletas em cada time seria um número muito grande e reduziriam para cinco. A bola, pequena e leve, também teria que ser modificada. Adotariam uma mais pesada, que... Espera um pouco aí. Denúncia: ESTÃO QUERENDO TRANSFORMAR O VÔLEI EM BASQUETE!
Mas não era disso que eu falava, no início. Estava eu dizendo que as transformações que ocorrem hoje na sociedade da informação – esta em que vivemos - ocorrem numa velocidade estonteante. O mundo está muito dinâmico e as instituições, voláteis. No trabalho, por exemplo. Antigamente, era comum as pessoas ficarem vinte, trinta anos numa mesma empresa. Faziam toda sua carreira e talvez até seus filhos trabalhassem nesta dita empresa. Hoje, tudo está diferente. Os profissionais pulam de um trabalho a outro em busca de melhores condições, melhores salários, o que é bom, mas torna tudo mais instável. Talvez esta volatilidade das coisas interfira até nos padrões morais e éticos vigentes, não sei.
Dentro quadro de instabilidade em que vivemos, algumas coisas não mudam, e por isso nos dão a segurança e a crença que nem tudo está perdido.
O Galvão Bueno, por exemplo.
Não muda. Entra ano e sai ano, somos obrigados assistir futebol na tevê e lá está ele, altivo, sólido qual o rochedo de Gibraltar, torcendo para certos times e fazendo comentários ridículos. Naquela fração de segundo entre começar a assistir e trocar de estação com náuseas, não posso evitar deixar escapar um sorriso: algumas coisas nunca vão mudar mesmo
Até.
3 comentários:
Haha, gostei desse texto. Uma viagem ultraaaaaaa megaaaaaa imensa, mas chegou no ponto principal direitinho.
O Galvao Bueno e NOJENTO. Detesto aquele cara.
By the way, FELIZ NATAL!!!
Oi Marcelo!!
Passei aqui pra te desejar um ótimo Natal e um Ano Novo cheio de coisas boas!
Bjocas
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