Tento ser leve, na vida.
Nem sempre consigo, confesso.
A busca da simplicidade, do viver bem, da não ausência de ambições, mas o estar confortável com o caminho percorrido e disposto a seguir em frente, entre humilde e resoluto, absorvendo cada passo na estrada e tendo a capacidade, a vontade e o tempo de apreciar o que está à volta, a paisagem.
Importante também são as companhias de jornada.
Digo ser leve no sentido de não irradiar energia negativa e aprender a não absorver as que são emanadas ao meu redor. Precisar de menos, no sentido material, e de mais, em termos de relacionamentos. Como disse uma vez, tudo na vida são relacionamentos, o tempo todo.
Aprender a nos relacionarmos com as pessoas, com o mundo em geral, é a chave de tudo. E lembro da música do Nei Lisboa, que é (mais um) tipo de mantra para mim:
Me ofereceram Buda, Krishna, Cristo
Um coração, um ombro, a mão
Um visto pro Japão
Não que eu achasse graça
Mas me lembrava
Aquelas calças divididas
A lingerie por cima
Ainda por cima aquelas pernas
Tantas ideias, tantas braçadas
Tantos amassos, tanta tesão
Não que eu me desse conta
Enquanto havia
Mas na memória
As contas da história brilham na luz
E nessas horas
Não tem mais hora
É sempre meio-dia
Seria um lindo domingo
Um grande desfile
O último show
Se houvesse um tele transporte
Se fosse arte nas mãos de deus
Porém o céu parece estúdio
Nem o silêncio não diz nada
Mesmo essas frases vão pro lixo
São como lenços de papel
Ainda por cima aquelas pernas
Algumas coisas serão eternas
Que bela ideia acreditar
Que o mundo te aprendeu
Eu gosto especialmente da ideia de que o mundo pode nos aprender, assim como o aprendemos e apreendemos. A letra da música é poesia pura, magistral, encantadora e inspiradora.
Dá vontade de sair por aí e viver.
Até.
Nenhum comentário:
Postar um comentário