Sentimentos contraditórios com relação ao acidente com o avião da Air France.
O primeiro, claro, de consternação e sentimento por aqueles que perderam familiares, colegas e amigos, por famílias que choram seus entes queridos. Imagino o quão traumático e sofrido é perder alguém próximo dessa forma, subitamente. Além desse sentimento, sinto uma certa proximidade com a situação.
Por ter saído do Brasil, ter pessoas conhecidas a bordo (cirurgião famoso em Porto Alegre, professor de uma das faculdades de medicina, assisti aulas suas há muitos anos), por ser uma rota, Brasil-França, que já fiz algumas vezes e devo fazer em breve, por ser de uma companhia aérea acima de qualquer suspeita, todos ese fatores aproximam o ocorrido do meu universo particular. Tragédias desse sempre nos tocam, de alguma maneira.
Mas confesso que nutro outros tipo sensações com relação ao corrido, e a todos os acidentes aéreos: não me conformo com toda a mídia e a comoção que os cercam, enquanto os mortos no trânsito - número infinitamente maior - já nem são mais notícia. Os mortos no trânsito no Brasil anualmente encheriam muitos e muitos aviões. Sem falar na cobertura da imprensa, que em geral me parece mórbida e exagerada.
Sem falar nas típicas reportagens do tipo "perdeu o avião e se salvou".
Essas são as piores. Sempre vai ter alguém que não embarcou por uma ou outra razão. Todos nós poderíamos ter embarcado e não o fizemos, pelas mais diferentes razões. Como dizia um grande amigo, "nesse caso, quase é nada".
De qualquer forma, foi uma tragédia e todos sentimos.
Outra hora, de forma menos séria, falo sobre minhas teorias sobre aviação.
Até.
Um comentário:
Sem dúvida alguma podemos afirmar que viajar de avião é, ainda, o meio mais seguro. Tanto que a cada acidente tudo o que estiver ligado a ele vira notícia. A diferença é que a cada acidente aéreo que ocorre, uma nova medida de segurança vem adotada.
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