A parede.
Dado Schneider, Doutor em Comunicação, Professor, Pesquisador, Palestrante, mais de vinte e cinco mil seguidores no Instagram, em uma live recente falou num conceito relacionado às maratonas e que está aplicando ao momento em que vivemos, aqui no Sul do Mundo, Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Ocorre lá pelo trigésimo segundo quilômetro de corrida, ainda faltando dez, a maior parte do trajeto já percorrida, e é o momento em que atingimos “a parede”.
E é aí o maior risco de desistirmos, apesar de toda preparação que porventura tenhamos.
É uma barreira mental, é o teu cérebro dizendo chega, os músculos quase exaustos. É o momento em que temos que ter aquela força, sim, mental, que vai nos fazer seguir adiante e não sucumbir. Usando um termo da moda, é necessário que tenhamos resiliência para chegarmos ao final da prova.
Pois ele reconheceu que estamos justamente nesse momento, da parede.
Estamos há quase cinco meses correndo uma maratona da qual não sabemos a distância. A cada vez que imaginamos estar chegando ao final, vem alguém e muda o local de chegada para mais adiante e nos pedindo para que sigamos correndo. E correndo. E correndo.
É difícil, todo sabemos.
Para muitos por aí, não há outra opção de sobrevivência se não sair para a rua em busca do seu sustento e de sua família. Não é questão de negacionismo, ou terraplanismo. Não é política. Não é hora de discursos bonitos em redes sociais.
É questão de vida ou morte.
Entendo, de verdade, todos os lados da situação.
É hora, a meu ver, de tentarmos ter bom senso e chegar a um meio termo entre a tentativa de retomarmos a vida e os cuidados com a pandemia.
Até.
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