quarta-feira, agosto 19, 2020

Crônicas de uma Pandemia – Cento e Cinquenta e Sete Dias

 Todos torcemos que a pandemia termine.

 

Que atinjamos a imunidade de rebanho, que chegue uma vacina que seja efetiva, que surja um tratamento que não cause polêmica, ou que o SARS-Cov-2 vá para o quinto dos infernos e pare de encher o saco. Estamos todos na expectativa de que o mundo volta a uma certa normalidade, e logo. E todos temos diferentes razões para isso.

 

Para ser mais preciso, todos compartilhamos mais de uma razão para querer o final da pandemia e do distanciamento social. Desde reencontrar amigos e familiares até retomar atividades esportivas coletivas. Outros não aguentam mais ficar em casa, em home office. Ou reuniões virtuais.

 

Eu não tenho nenhum problema com reuniões virtuais.

 

Ao longo da semana, habitualmente têm ocorrido várias dessas reuniões. Sempre a partir das 18h, algumas vezes em sequência até às 20 ou 21h. É parte do trabalho. 

 

Segundas, terças, quartas e quintas-feiras, tudo bem. O problema – para mim, para mim - é quando acontecem sexta-feira à noite ou sábado de manhã. Ou – pior – sexta-feira à noite e sábado de manhã.  O caso dos congressos virtuais, até se compreende (estamos organizando um, inclusive...) e aceita. Mas só nesse caso. Apesar de entender que é parte do trabalho, não aguento mais eventos médicos virtuais organizados e patrocinados. Todos fazem, são importantes – eu entendo, eu entendo – e tal.

 

Mas todos os dias e, mais, aos finais de semana, me parece demais.

 

Pronto, desabafei.

 

Vou parar de escrever porque daqui a pouco tenho reunião e depois um evento para assistir (reclamo, mas sempre que posso, estou presente...).

 

Até.

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