(Crônicas de uma Pandemia – Trezentos e Trinta e Nove Dias)
Terça-feira de carnaval.
Carnaval que não foi carnaval em virtude das restrições decorrentes da pandemia. Porém, sempre tem os imbecis que se aglomeraram em festas clandestinas muitas delas dispersadas pela polícia. Chega ser desanimador.
Sempre fui (sou) um defensor das liberdades individuais. Isto posto, cabe lembrar que a liberdade de um termina onde começa a do outro. Ou seja, se a minha liberdade é nociva ao outro, eu tenho que arcar com as consequências dos meus atos. Como com a questão da posse de armas.
Sou a favor de que as pessoas possam ter armas se quiserem. Se seguirem todos os trâmites legais, se preencherem os pré-requisitos, tudo bem. Mas e se o dono da arma matar alguém numa briga trânsito, por exemplo, vocês podem perguntar. Simples, deve pagar pelo ocorrido. Deve ser responsabilizado pelos seus atos.
Isso é (mais) um grande problema no Brasil: a impunidade.
Vale para todas as dimensões da vida.
O que nos faz ser atrasados, subdesenvolvidos.
Desde se responsabilizar pelo mais básico dos atos, como não jogar lixo nas ruas, não vandalizar o patrimônio público, até altas esferas da república, ninguém (com as sempre importantes exceções) tem o compromisso com o que é público. Todos estamos cansados de saber/ver isso. O que se reflete na ausência de um sentimento de fazer parte, de pertencer.
Se eu não pertenço, eu não me importo com os outros.
Vale para quem se aglomera quando não deveria, para quem fura fila de vacina, para quem desvia dinheiro público.
É a falência da civilização.
Até.
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