quinta-feira, fevereiro 17, 2022

Perdiditos en Uruguay (4)

A Logística – Parte 2

 

Já conhecidos os integrantes da viagem, a saber, Marina, Gabriel, Roberta, Jacque, Karina e eu, tivemos que decidir como faríamos a viagem. Que seria por terra, não havia dúvidas.

 

Mas seis adultos num carro não é uma coisa fácil, a não ser num que seja – evidentemente – bem grande, ou uma van. A possibilidade de dois carros foi descartada prontamente. Havia a opção de alugar uma van, também descartada. Restou, dessa forma, decidido que iríamos com o meu carro, uma VW Tiguan Allspace com 7 lugares.

 


Quando em 2019 me desliguei da indústria farmacêutica, por óbvio tive que devolver o carro funcional que tinha à minha disposição pela empresa, a época um Jeep Compass. Como fiquei sem carro naquele momento, exatos três anos atrás, na hora de comprar o carro da família (nosso único, afinal a Jacque nunca quis dirigir), e já pensando que nos anos seguintes eu seria necessariamente o transportador de pessoas diversas, desde pais, sogros, amigos e colegas da Marina, decidi, ao escolher qual compraria, um que fosse confiável, de uma marca tradicional, e que tivesse boa capacidade de transportar pessoas e bagagens. E que tivesse pronta-entrega, afinal eu estava sem carro.

 

Acabei optando, então, pela VW Tiguan Allspace com 7 lugares, que no dia a dia com 5 lugares fica com um porta-malas gigantesco, e com sete lugares (os últimos dois são para pessoas até 1,60 de altura) bem menos. Como seríamos seis, poderíamos ainda fazer uso do último lugar para colocar bagagem também.

 

Decidido o carro, imaginamos o tamanho das bolsas/malas individuais, mas deixamos para testar a composição praticamente na hora da saída. A formação seria com o motorista (eu), um copiloto, três integrantes no banco de trás e um último integrante no local mais distal, dividindo o espaço com parte das malas/mochilas. Se fôssemos levar em conta o critério (e não vejo por que usá-lo) de idade, seria a Marina. Por altura, a Roberta. Não usamos nem um e nem o outro. Como verão, utilizamos outro sistema, que acabou funcionando bem.

 

Decidido o meio de transporte e decidida a viatura que nos levaria ao Uruguai, decididas as datas de saída e retorno, avançamos para a escolha dos locais em que ficaríamos em solo uruguaio, já que a primeira e a última paradas, saindo e voltando de Porto Alegre, seriam em São Lourenço do Sul, o que desde o início foi inegociável (sempre contando, claro, com a esperança de que a churrasqueira de lá fosse ser incendiada durante nossa passada...).

 

Estabelecemos o seguinte cronograma/roteiro:

 

Dia 1 – Saída de Porto Alegre e viagem até São Lourenço do Sul

Dia 2 – São Lourenço do Sul – Punta del Diablo, com parada no Chuí para passar no free shop e trâmites legais de entrada no Uruguai

Dia 3 – Punta del Diablo

Dia 4 – Punta del Diablo – Punta del Este, com potenciais paradas em La Paloma e Jose Ignacio

Dia 5 – Punta del Este

Dia 6 – Punta del Este – Montevideo, com parada em Piriápolis no caminho

Dia 7 – Montevideo

Dia 8 – Montevideo

Dia 9 – Montevideo – Colônia del Sacramento

Dia 10 – Colônia del Sacramento

Dia 11 – Colônia del Sacramento – algum lugar

Dia 12 – Algum lugar – São Lourenço do Sul

Dia 13 – São Lourenço do Sul – Porto Alegre

 

Seguimos, então com a procura dos locais para ficar nos destinos planejados. Tivemos que renunciar a ótimas opções do airbnb porque tínhamos que ter a opção de cancelamento gratuito caso houvesse algum contratempo, e não queríamos fazer o pagamento antecipado. Utilizamos o Booking.com, como já fizéramos em outras oportunidades.

 

Começamos vendo em Punta del Diabo, onde encontramos uma pousada aparentemente ótima, mas que exigia um depósito antecipado em dinheiro de 50% do total por transferência internacional para garantir a reserva e não aceitava cartões de crédito. Foi vetada. Optamos por uma jogada de segurança, um local onde a Jacque e eu já ficáramos uma noite em 2015, quando paramos para dormir a caminho de um casamento em Punta del Este. O local, como muitos lá, tem seu nome associado ao nome da praia, e se chamava Les Diabletes , não preciso explicar mais. 

 

É um chalé pequeno de dois andares, o superior com dois quartos, um de casal e um com dois beliches, e um banheiro. O andar inferior é composto de um ambiente único composto pela cozinha, mesa de jantar e uma sala de estar com sofá, lareira e televisão, e um minúsculo lavabo. Na rua, um deck de madeira com cadeiras e mesas, a qual tem-se acesso através de um janelão que se estende por toda parte de trás. Mais significativo ainda, tem, na rua, ao lado da cozinha, uma parrilla à disposição. Em 2015 não havia dado tempo, mas agora certamente criaríamos a oportunidade de fazer um assado em solo uruguaio. Reservamos.

 

Definida a estadia em Punta del Diablo, passamos para o próximo objetivo, Punta del Este.

 

Amanhã, na sequência musical... 

 

E o frühstück?

 

Parece que foi roubado...

 

Até.

  

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