terça-feira, abril 04, 2006

Promessas e acordos

Eu sou um cara de palavra.

O que eu digo, pode anotar. Não precisa nem pedir para eu assinar, quanto mais reconhecer firma em cartório. Se eu falei, tá falado. Isso mesmo, sou das antigas, de fechar contratos no fio do bigode (mesmo que eu não tenha um).

O que quero dizer com essa ladainha inicial?

Que normalmente cumpro aquilo que prometo. Se combinamos algo, e eu disse que ia fazer isso ou aquilo, é porque eu vou. Simples. Transparente. Calmo qual água de poço.

Só que dessa vez não vai ser possível.

Volto no tempo.

O ano, 2002. Não lembro bem qual mês, mas provavelmente entre maio e junho. Há quase quatro anos, portanto. Conversávamos, o Fernando, o Rafa e eu, na casa do Rafa, zona sul de Porto Alegre, enquanto organizávamos o churrasco da noite. Entre vários assuntos, futebol, é claro, e a copa do mundo que estava a caminho, no Japão e na Coréia. Lembramos, então, que a copa seguinte seria na Alemanha, e fizemos um pacto: iríamos para Alemanha na Copa de 2006. Nem importava quantos jogos iríamos assistir ou se iríamos assistir a algum jogo. O certo é que estaríamos na Alemanha no período. Naqueles mesmos dias, um pouco depois, firmei o mesmo pacto com outro amigo.

Não era traição nem nada. Sabia que era perfeitamente factível montar um grupo para viajar. Seria quase como os “Novos Perdidos na Copa”, e se os Perdidos originais quisessem ir também seria perfeito.

Mas a vida dá voltas, e nos leva a lugares inesperados.

Jamais eu poderia imaginar que quatro anos depois do pacto, eu estaria há quase dois já morando no Canadá e, ao mesmo tempo em que todos os que têm condições de tempo e financeiras planejam ir para a Alemanha, eu aqui do norte organizo a minha ida para o Brasil. Não só isso, vou chegar no Brasil no dia do provável jogo do Brasil pelas quartas de final da Copa. Mais, vou desembarcar em Porto Alegre no exato momento em que estiver começando o jogo.

Se o Brasil estiver lá (e tudo leva a crer que estará) vou chegar em Porto Alegre depois de dois anos morando fora do Brasil num aeroporto deserto porque todo o Brasill estará torcendo pela seleção.

Isso é até bom, para evitar uma grande aglomeração de pessoas no aeroporto…

:-)

Até.

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