quinta-feira, dezembro 26, 2024

Dois Mil e Vinte e Quatro

Retrospectiva.

 

Percebi que estava meio reticente com relação a fazer uma retrospectiva, digamos, formal, do ano que ora termina, e não sabia a razão. Ainda não sei, confesso.

 

Foi um ano intenso.

 

Como todos são, sou obrigado a dizer.

 

Claro que ocorreram fatos que jamais imaginaríamos que iriam acontecer conosco, que direta ou indiretamente afetaram a todos nós no Rio Grande do Sul. Ninguém passou ileso, de uma forma ou de outra, e tenho certeza de que todos ajudaram da forma que puderam. Todos temos histórias de maior ou menor protagonismo durante a enchente de 2024. O evento determinou, em grande parte, os desfechos e as impressões, e sensações do ano. Não vou, sob nenhuma hipótese, até por não ser possível, diminuir em nada, ou sequer comparar sentimentos meus, ou de quem que que seja, porque cada um tem sua história, e cada um sabe o quanto foi atingido, qual foi a repercussão em sua vida. Eu tive sorte de materialmente ter sido pouco afetado, assim como familiares próximos. Ajudei como pude no momento.

 

Penso aqui, então, ao fazer uma reflexão íntima com relação ao ano que passou, que abstraindo esses eventos externos graves que afetaram o mundo próximo, e – sim – é possível e necessário abstrair, porque mesmo em meio a calamidades podemos ter momentos leves e felizes, penso que foi um ano bom. E lembro da pandemia do COVID, quando ficamos isolados em casa (aqueles que podiam, eu não), mesmo nesse período ruim e complicado, mesmo naqueles dias, houve momentos bons.

 

Assim foi 2024.

 

Mesmo um ano em que fomos atingidos por uma catástrofe climática, cujos efeitos sociais e econômicos ainda nos afetam, mesmo assim, com tudo isso, foi um ano em que as coisas foram bem. O balanço entre positivo e negativo foi, em se falando especificamente de mim, positivo.

 

Essa uma das razões de um certo constrangimento em começar a escrever essa retrospectiva. Pode ter sido bom um ano em que tanto aconteceu com nosso estado? Olhando para o macro, talvez não. Mas olhando para o espelho, olhando para dentro, refletindo como eu passei pelo ano, o que fiz, como reagi, como ajudei quem precisou, quem fui e com quem andei, aí a avalição pode – sim – ser positiva.

 

É positiva.

 

Continua.


Até 

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