segunda-feira, dezembro 30, 2024

Sobre as Alegrias dos Dias

A semana passada, após o Natal, ainda foi de reuniões de trabalho, na quinta à noite e na sexta à tarde, mesmo que estivesse em declarado recesso de final de ano. Acertando projetos para 2025.

 

O recesso verdadeiro iniciou no sábado, quando saímos em comboio rumo mais ao Sul do Rio Grande do Sul, à Costa Doce, às margens da Lagoa dos Patos. Destino: Churrascolândia, que é como eu chamo São Lourenço do Sul e o encontro da família da Jacque, pais, tios, primos e afins. Esse ano, somos trinta e cinco, distribuídos em três casas mais ou menos próximas. E, como a alcunha que dei diz, churrasco é uma quase constante refeição.

 

O final de semana foi de – como já dito – fogo na churrasqueira, muita gente falando alto ao mesmo tempo, e música, afinal cantar é uma das diversões tradicionais do grupo. E foi aí que, finalmente, desliguei de 2024.

 

Dizem – com certa razão – em virtude de diversos fatos graves ocorridos ao longo do ano que está em seus estertores, as inundações, a enchente de maio, que 2024 poderia ser esquecido. Que eventos difíceis - que, sim, foram impactantes – fizeram esse ano um ano ruim.

 

Porém, é essa uma avaliação bem mais complexa, e muito individual de se fazer.  O quanto devemos valorizar o macro – a guerra na Ucrânia, os eventos climáticos, a política e os acidentes aéreos – influenciar em nossa avaliação, ao invés de olharmos para o microcosmo em que vivemos? O que é mais importante para nós?

 

Sempre penso nisso quando falam, e reclamam, do mundo atual, de política partidária, dos rumos que as coisas tomam. É a velha história daquilo que depende de mim e do que não depende. Preciso olhar para a realidade do meu dia a dia, para as pessoas com quem convivo, para tudo que depende do meu esforço, e avaliar se estou fazendo o que deveria fazer, o que me proponho fazer. Com relação ao que não depende de mim, não há o que eu possa fazer, e paciência.

 

No meio de tantos eventos, de sermos assoberbados por fatos e notícias ruins, corrupção, guerras e violência, prefiro olhar para o meu umbigo e ver as pequenas alegrias dos dias, os pequenos prazeres da vida.


Até. 

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