O médico que realizou o aborto na menina de 9 anos que estava grávida de gêmeos, Rivaldo Albuquerque, foi, pela segunda vez, excomungado da Igreja Católica. A primeira excomunhão do médico havia sido em 1996, quando o obstetra participou da criação do Serviço de Atenção a Mulheres Vítimas de Violência Sexual. O serviço faz abortos nos casos previstos em lei no Recife.
Rivaldo Albuquerque, que é católico praticante, disse que não vai deixar de ir à missa por causa disso. "O fato de ter sido excomungado não vai me impedir de pedir a Deus que nos ilumine, tanto a mim quanto a equipe", afirmou o obstetra.
O caso provocou polêmica em todo o mundo. O arcebispo de Recife e Olinda, dom José Cardoso Sobrinho, reafirmou sua posição contrária ao aborto e disse que o padrasto da menina, suspeito de ter praticado o abuso sexual, não está na lista dos excomungados.
"Ele cometeu um crime enorme, mas não está incluído na excomunhão. Porque existem tantos pecados graves... Esse padrasto, primeiro responsável, que estuprou a menina, é claro que cometeu um pecado gravíssimo; agora mais grave do que isso, sabe o que é? É o aborto, é eliminar uma vida inocente", disse o religioso.
As pessoas que são excomungadas pela Igreja Católica ficam proibidas de receber sacramentos como batismo, crisma, comunhão e casamento. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota, nesta sexta, em que destaca o mandamento "Não matarás" e reforça as críticas feitas ao aborto.
Fonte: Terra
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