Fazer exercícios regularmente e comer com moderação.
Chega um momento da vida em que essas duas regras tornam-se mais que obrigatórias, tornam-se fundamentais para um boa qualidade de vida. Mais além, elas viram – de certa forma – fardos que devemos carregar para sempre.
Lembro de há uns bons anos, quando estava na adolescência e depois iniciando a vida adulta, em que as regras descritas previamente eram negligenciáveis. Era um tempo de rodízios de pizza, fast foods e lanches sem preocupação com ganho de peso, e que – mesmo após meses sem fazer atividades físicas – podíamos jogar futebol a qualquer momento que correríamos os noventa minutos sem problemas.
Como tudo no mundo, esse tempo passou.
Lembro, então, de estarmos caminhando uma tarde pelo Bois de Bologne, em Paris, e pararmos para nos pesar numa balança pública e eu perceber que nunca pesara tanto na vida até aquele momento, e perceber que hoje eu me sentiria muito magro com o peso daquela tarde que terminou com um espaguete a fruits de mer num restaurante italiano no Quartier Latin.
De lá para cá, só piorou.
Mas não pretendo falar de mim, do meu caso. Falo de algo geral, do momento da vida em que olhamos para frente e percebemos que “precisamos nos cuidar”, porque a qualquer momento o tempo pode cobrar sua dívida. Falo de quando percebemos que não temos todo o tempo do mundo.
Mais importante, chega um momento em que percebemos que existe alguém que depende totalmente de nós, que somos responsáveis pelo bem estar de um ser que não pediu para vir ao mundo e por quem nutrimos um amor incondicional, uma sentimento muito maior do que o maior sentimento que podemos ter sentido até aquele momento, e que nos arrebata. É o momento em que temos noção de nossa fragilidade e ao mesmo tempo de nossa força, em que nos vemos pequenos e insignificantes e também gigantes, importantes.
E percebemos que não podemos faltar.
Por isso a preocupação com nossa saúde. Temos que ser saudáveis, aptos a tudo para poder cuidar de quem depende de nós. Surge, finalmente, a motivação para levar uma vida saudável. Alimentação correta, atividade física regular. Faz bem, melhora a auto-estima, mas traz outra constatação: é para sempre.
Todo cuidado é pouco.
Até.
Um comentário:
Isso! GO GO GO !
Vai caminhar!
Vitor.
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