30 April 2009 -- The situation continues to evolve rapidly. As of 17:00 GMT, 30 April 2009, 11 countries have officially reported 257 cases of influenza A (H1N1) infection.
The United States Government has reported 109 laboratory confirmed human cases, including one death. Mexico has reported 97 confirmed human cases of infection, including seven deaths.
The following countries have reported laboratory confirmed cases with no deaths - Austria (1), Canada (19), Germany (3), Israel (2), Netherlands (1), New Zealand (3), Spain (13), Switzerland (1) and the United Kingdom (8).
Further information on the situation will be available on the WHO website on a regular basis.
WHO advises no restriction of regular travel or closure of borders. It is considered prudent for people who are ill to delay international travel and for people developing symptoms following international travel to seek medical attention, in line with guidance from national authorities.
There is also no risk of infection from this virus from consumption of well-cooked pork and pork products. Individuals are advised to wash hands thoroughly with soap and water on a regular basis and should seek medical attention if they develop any symptoms of influenza-like illness.
Mais informações aqui e aqui (em português).
Até.
Crônicas e depoimentos sobre a vida em geral. Antes o exílio; depois, a espera. Agora, o encantamento. A vida, afinal de contas, não é muito mais do que estórias para contar.
quinta-feira, abril 30, 2009
quarta-feira, abril 29, 2009
Guide To Pandemic Alert Levels
Here are the details of the six phases:
PHASE 1
No animal influenza virus circulating among animals is reported to cause infection in humans.
PHASE 2
Animal influenza virus is known to have caused infection in humans and is therefore a potential pandemic threat.
PHASE 3
Animal or human-animal influenza virus causes sporadic cases or clusters of cases in people, but no human-to-human transmission, except in specific circumstances.
PHASE 4
Human-to-human transmission of an animal or human-animal influenza virus able to sustain community-level outbreaks.
The ability to cause sustained disease outbreaks in a community marks a significant upwards shift in the risk for a pandemic.
PHASE 5
The same virus causes sustained community-level outbreaks in two or more countries in one region.
While most countries will not be affected at this stage, the declaration of Phase 5 is a strong signal that a pandemic is imminent and that the time to finalise the organisation, communication, and implementation of the planned mitigation measures is short.
PHASE 6
The virus causes sustained community-level outbreaks in more than one region.
Designation of this phase will indicate that a global pandemic is under way.
Mais aqui.
PHASE 1
No animal influenza virus circulating among animals is reported to cause infection in humans.
PHASE 2
Animal influenza virus is known to have caused infection in humans and is therefore a potential pandemic threat.
PHASE 3
Animal or human-animal influenza virus causes sporadic cases or clusters of cases in people, but no human-to-human transmission, except in specific circumstances.
PHASE 4
Human-to-human transmission of an animal or human-animal influenza virus able to sustain community-level outbreaks.
The ability to cause sustained disease outbreaks in a community marks a significant upwards shift in the risk for a pandemic.
PHASE 5
The same virus causes sustained community-level outbreaks in two or more countries in one region.
While most countries will not be affected at this stage, the declaration of Phase 5 is a strong signal that a pandemic is imminent and that the time to finalise the organisation, communication, and implementation of the planned mitigation measures is short.
PHASE 6
The virus causes sustained community-level outbreaks in more than one region.
Designation of this phase will indicate that a global pandemic is under way.
Mais aqui.
OMS eleva para 5 nível de alerta
A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou, nesta quarta-feira, para cinco (pandemia iminente) o nível de alerta pela gripe suína. O anúncio foi feito pela diretora-geral da organização, Margaret Chan.
A aparição de casos de pessoas contaminadas e que não estiveram no México - onde surgiu o vírus - foi o que motivou a organização a elevar o alerta ao nível cinco em uma escala que vai até seis. De acordo com a OMS, a transmissão de pessoa para pessoa está acontecendo em pelo menos dois países.
"Toda a humanidade está sob a ameaça de uma pandemia", disse Chan, que fez uma chamada a governos, indústrias farmacêuticas e comunidade de negócios para que unam seus esforços e recursos a fim de enfrentar esta crise.
O responsável da OMS lembrou que "os vírus da gripe são conhecidos por serem imprevisíveis" e disse que uma pandemia com o atual vírus pode ser com doença "desde leve até muito severa".
Chan também afirmou que uma pandemia será muito mais devastadora e grave nos países em desenvolvimento e com menos recursos. A decisão de ativar o nível cinco de alerta significa que as ações dos governos devem passar da preparação à resposta em nível global, para tentar reduzir o impacto na sociedade.
Mais aqui.
A aparição de casos de pessoas contaminadas e que não estiveram no México - onde surgiu o vírus - foi o que motivou a organização a elevar o alerta ao nível cinco em uma escala que vai até seis. De acordo com a OMS, a transmissão de pessoa para pessoa está acontecendo em pelo menos dois países.
"Toda a humanidade está sob a ameaça de uma pandemia", disse Chan, que fez uma chamada a governos, indústrias farmacêuticas e comunidade de negócios para que unam seus esforços e recursos a fim de enfrentar esta crise.
O responsável da OMS lembrou que "os vírus da gripe são conhecidos por serem imprevisíveis" e disse que uma pandemia com o atual vírus pode ser com doença "desde leve até muito severa".
Chan também afirmou que uma pandemia será muito mais devastadora e grave nos países em desenvolvimento e com menos recursos. A decisão de ativar o nível cinco de alerta significa que as ações dos governos devem passar da preparação à resposta em nível global, para tentar reduzir o impacto na sociedade.
Mais aqui.
terça-feira, abril 28, 2009
Injustiça
Pobre suínos.
Chamar a atual epidemia de inflenza A cepa H1N1 de gripe suína pode levar as pessoas a pensar que ela pode ser comparada à epidemia de gripe aviária que teve seu ápice em 2005 (e não 2003).
Nada a ver.
No episódio da gripe aviária, a transmissão era de aves para pessoas, enquanto no caso atual a transmissão é pessoa para pessoa. Ingerir carne de porco não tem problema nenhum, nem é preciso isolar e sacrificar os porcos.
Além disso, deveríamos chamar de "gripe mexicana", assim como houve a "gripe espanhola" no início do século XX. E torcermos que não seja tão devastadora quanto.
Até.
UPDATE:
Travel Warning: Swine Influenza and Severe Cases of Respiratory Illness in Mexico — Avoid Nonessential Travel to Mexico
This information is current as of today, April 28, 2009 at 15:40 EDT
Fonte: CDC
Chamar a atual epidemia de inflenza A cepa H1N1 de gripe suína pode levar as pessoas a pensar que ela pode ser comparada à epidemia de gripe aviária que teve seu ápice em 2005 (e não 2003).
Nada a ver.
No episódio da gripe aviária, a transmissão era de aves para pessoas, enquanto no caso atual a transmissão é pessoa para pessoa. Ingerir carne de porco não tem problema nenhum, nem é preciso isolar e sacrificar os porcos.
Além disso, deveríamos chamar de "gripe mexicana", assim como houve a "gripe espanhola" no início do século XX. E torcermos que não seja tão devastadora quanto.
Até.
UPDATE:
Travel Warning: Swine Influenza and Severe Cases of Respiratory Illness in Mexico — Avoid Nonessential Travel to Mexico
This information is current as of today, April 28, 2009 at 15:40 EDT
Fonte: CDC
segunda-feira, abril 27, 2009
Swine influenza - update
27 April 2009 -- The current situation regarding the outbreak of swine influenza A(H1N1) is evolving rapidly. As of 27 April 2009, the United States Government has reported 40 laboratory confirmed human cases of swine influenza A(H1N1), with no deaths. Mexico has reported 26 confirmed human cases of infection with the same virus, including seven deaths. Canada has reported six cases, with no deaths, while Spain has reported one case, with no deaths.
Further information on the situation will be available on the WHO website on a regular basis.
WHO advises no restriction of regular travel or closure of borders. It is considered prudent for people who are ill to delay international travel and for people developing symptoms following international travel to seek medical attention, in line with guidance from national authorities.
There is also no risk of infection from this virus from consumption of well-cooked pork and pork products. Individuals are advised to wash hands thoroughly with soap and water on a regular basis and should seek medical attention if they develop any symptoms of influenza-like illness.
Fonte: WHO
Further information on the situation will be available on the WHO website on a regular basis.
WHO advises no restriction of regular travel or closure of borders. It is considered prudent for people who are ill to delay international travel and for people developing symptoms following international travel to seek medical attention, in line with guidance from national authorities.
There is also no risk of infection from this virus from consumption of well-cooked pork and pork products. Individuals are advised to wash hands thoroughly with soap and water on a regular basis and should seek medical attention if they develop any symptoms of influenza-like illness.
Fonte: WHO
domingo, abril 26, 2009
A Sopa 08/38
Existe um ponto na vida em que a inexistência de tensão, estresse e preocupações em geral, torna-se uma impossibilidade. Em outras palavras, a partir de determinado dia ou mês ou mesmo ano, a vida se torna uma sucessão de tensões. Até o seu final.
Não sei bem qual é esse momento, confesso. Quando tento encontrar a partir de que ponto isso aconteceu comigo, o máximo que consigo é retroceder no tempo e lembrar um dia de sol intenso, após o almoço, um tempo em que não se costumava usar protetor solar, e que corríamos e jogávamos e brincávamos na rua até bem tarde da noite, e o assobio do meu pai, com sua melodia característica chamava meu irmão e eu para voltarmos para casa. É impossível precisar quando isso ocorreu, porque foi um período longo de tempo, e anos mais tarde sentávamos no muro do Adriano para pensar o que seria a vida.
Em algum momento entre esses dias de verão e hoje, quando escrevo essa Sopa com a Marina brincando aqui ao lado de onde estou sentado, tornou-se impossível não preocupar-se com algo, mesmo em férias.
Não importa qual o tipo de preocupação, devo dizer. Pessoal (“será que é apenas uma virose?”), financeira (“contas e contas a pagar”), ou mesmo profissional (“devo ou não fazer a prova?”, “quando me chamarão no concurso que passei?”, “a pesquisa vai sair?”), sempre tem algo que está martelando, muitas vezes estragando o final de semana.
E o pior nem é isso, afinal todos passamos por isso. O pior é que quando se pensa que haverá uma folga, um período sem inquietações, justamente é aí em que surgem as grandes questões, aquelas que realmente tiram o sono. Os grande desafios.
Aqueles para os quais não podemos dizer não.
Até.
Não sei bem qual é esse momento, confesso. Quando tento encontrar a partir de que ponto isso aconteceu comigo, o máximo que consigo é retroceder no tempo e lembrar um dia de sol intenso, após o almoço, um tempo em que não se costumava usar protetor solar, e que corríamos e jogávamos e brincávamos na rua até bem tarde da noite, e o assobio do meu pai, com sua melodia característica chamava meu irmão e eu para voltarmos para casa. É impossível precisar quando isso ocorreu, porque foi um período longo de tempo, e anos mais tarde sentávamos no muro do Adriano para pensar o que seria a vida.
Em algum momento entre esses dias de verão e hoje, quando escrevo essa Sopa com a Marina brincando aqui ao lado de onde estou sentado, tornou-se impossível não preocupar-se com algo, mesmo em férias.
Não importa qual o tipo de preocupação, devo dizer. Pessoal (“será que é apenas uma virose?”), financeira (“contas e contas a pagar”), ou mesmo profissional (“devo ou não fazer a prova?”, “quando me chamarão no concurso que passei?”, “a pesquisa vai sair?”), sempre tem algo que está martelando, muitas vezes estragando o final de semana.
E o pior nem é isso, afinal todos passamos por isso. O pior é que quando se pensa que haverá uma folga, um período sem inquietações, justamente é aí em que surgem as grandes questões, aquelas que realmente tiram o sono. Os grande desafios.
Aqueles para os quais não podemos dizer não.
Até.
sábado, abril 25, 2009
sexta-feira, abril 24, 2009
Honestamente
Você não detesta quando a vida te apresenta situações em que não podes dizer não, mesmo sabendo que, ao dizer sim, tua vida se transforma num inferno, mesmo que temporário, e mesmo que o resultado final provavelmente não vai ser o melhor?
Eu detesto.
Até.
Eu detesto.
Até.
quinta-feira, abril 23, 2009
Malditos vírus
Tudo muda após ter filhos.
Um exemplo é um sintoma (um sinal, para ser mais exato) simples e singelo, a febre. Elevação da temperatura corporal, não é doença, mas um sinal de que algo está acontecendo. Ouça as queixas do paciente, observe outros sintomas e sinais, e possivelmente descobrirás a causa.
Entre as causas comuns de febre, as viroses são uma constante no consultório de um médico, principalmente pneumologista. E contra viroses comuns (resfriado, gripe) não há muito o que fazer: aliviar os sintomas, esperar o ciclo do vírus passar. Isso vai levar em torno de uma semana, um pouco mais ou um pouco menos.
Mas vai explicar isso para um pai que vê sua filha com febre há 72 horas, chorando quando sobe a temperatura, comendo menos que o normal. Não é fácil. Nem quando o pai sou médico, e sei que é assim mesmo, a angústia é menor.
Mas é uma virose, eu sei. Vai passar.
Até.
Um exemplo é um sintoma (um sinal, para ser mais exato) simples e singelo, a febre. Elevação da temperatura corporal, não é doença, mas um sinal de que algo está acontecendo. Ouça as queixas do paciente, observe outros sintomas e sinais, e possivelmente descobrirás a causa.
Entre as causas comuns de febre, as viroses são uma constante no consultório de um médico, principalmente pneumologista. E contra viroses comuns (resfriado, gripe) não há muito o que fazer: aliviar os sintomas, esperar o ciclo do vírus passar. Isso vai levar em torno de uma semana, um pouco mais ou um pouco menos.
Mas vai explicar isso para um pai que vê sua filha com febre há 72 horas, chorando quando sobe a temperatura, comendo menos que o normal. Não é fácil. Nem quando o pai sou médico, e sei que é assim mesmo, a angústia é menor.
Mas é uma virose, eu sei. Vai passar.
Até.
terça-feira, abril 21, 2009
domingo, abril 19, 2009
A Sopa 08/37
sábado, abril 18, 2009
quinta-feira, abril 16, 2009
A Semana
Começou com a preparação da minha declaração do Imposto de Renda.
E acabou aí, posso dizer.
Estou passando o resto dos dias de mau humor e um pouco deprimido.
Paciência.
Até.
E acabou aí, posso dizer.
Estou passando o resto dos dias de mau humor e um pouco deprimido.
Paciência.
Até.
terça-feira, abril 14, 2009
domingo, abril 12, 2009
A Sopa 08/36
Sou humilde, confesso.
Para ser mais exato, o que quero dizer é que tenho baixas expectativas a meu respeito e fico feliz com pequenas conquistas, ou com detalhes que podem até parecer insignificantes de um processo que as pessoas consideram maior. Vou dar exemplos ocorridos já há algum tempo, mas que exemplificam bem o que quero dizer, porque sei que até aqui eu não disse nada. O primeiro exemplo escolhido talvez não seja o mais adequado. Azar, vai assim mesmo.
Quando fui aceito no doutorado, e já se vão nove anos, além da felicidade de ter sido aprovado para a pós-graduação, a minha preocupação foi, “puxa vida, fui aceito, agora vou ter de ir até o final, não posso abandonar no meio”. Não, isso não é um detalhe, eu sei, é parte fundamental do todo, mas a preocupação que eu tinha era de não deixar incompleto, de não desistir na metade. Talvez seja isso, quando quis dizer que tenho baixas expectativas a meu respeito, eu me referia a uma sensação de que não vou ir até o fim, de que não vou persistir atrás de um objetivo, o que reflete certa baixa auto-estima.
Bobagem.
Não tenho baixa auto-estima, mas como explicar essa impressão de que não vou ir até o fim quando inicio um projeto, tenho um objetivo? Não sei, mas lembro do outro exemplo que queria usar, o da minha ida para o Canadá, há quase cinco anos atrás.
A oportunidade de ir para lá mais ou menos caiu no meu colo, e sabia desde o primeiro momento que não poderia dizer não a uma chance dessas, como não o fiz. Mas o processo desde ser sondado se gostaria de ir fazer o fellow, pedir setenta e duas horas para pensar e dizer que sim vinte e quatro horas depois, até chegar em Toronto, levou cerca de um ano e meio. Não por minha causa, claro. Houve a SARS, pessoas morreram, hospitais ficaram fechados, houve cortes de orçamento, o que levou um tempo maior para tudo estar pronto para eu ir, além da burocracia.
Para receber o visto de trabalho, ser aceito pela universidade e ter a licença de médico lá no Canadá, foi necessário um longo processo. Recebi em casa um caderno de requisitos, solicitando documentos, exames médicos, comprovações, testes de inglês. Uma maratona, enfim. Enquanto corria para cumprir prazos e ter exames, jamais me preocupei com o que faria lá, como seria o trabalho, se estaria à altura da coisa. O que me preocupava era onde eu iria morar.
E a maior satisfação que eu tive foi quando enviei pelo correio para o conselho de medicina de Ontário os documentos solicitados para ter minha licença. Pude comemorar que não havia desistido no meio do caminho. Claro que aquela era a parte mais simples de tudo, e que não estava completa porque alguns dos documentos eu só conseguiria quando chegasse lá, mas talvez tenha sido a minha maior satisfação nesse processo de ir para o Canadá.
Um detalhe, eu sei.
Mas é de detalhes que é feito o todo.
Até.
Para ser mais exato, o que quero dizer é que tenho baixas expectativas a meu respeito e fico feliz com pequenas conquistas, ou com detalhes que podem até parecer insignificantes de um processo que as pessoas consideram maior. Vou dar exemplos ocorridos já há algum tempo, mas que exemplificam bem o que quero dizer, porque sei que até aqui eu não disse nada. O primeiro exemplo escolhido talvez não seja o mais adequado. Azar, vai assim mesmo.
Quando fui aceito no doutorado, e já se vão nove anos, além da felicidade de ter sido aprovado para a pós-graduação, a minha preocupação foi, “puxa vida, fui aceito, agora vou ter de ir até o final, não posso abandonar no meio”. Não, isso não é um detalhe, eu sei, é parte fundamental do todo, mas a preocupação que eu tinha era de não deixar incompleto, de não desistir na metade. Talvez seja isso, quando quis dizer que tenho baixas expectativas a meu respeito, eu me referia a uma sensação de que não vou ir até o fim, de que não vou persistir atrás de um objetivo, o que reflete certa baixa auto-estima.
Bobagem.
Não tenho baixa auto-estima, mas como explicar essa impressão de que não vou ir até o fim quando inicio um projeto, tenho um objetivo? Não sei, mas lembro do outro exemplo que queria usar, o da minha ida para o Canadá, há quase cinco anos atrás.
A oportunidade de ir para lá mais ou menos caiu no meu colo, e sabia desde o primeiro momento que não poderia dizer não a uma chance dessas, como não o fiz. Mas o processo desde ser sondado se gostaria de ir fazer o fellow, pedir setenta e duas horas para pensar e dizer que sim vinte e quatro horas depois, até chegar em Toronto, levou cerca de um ano e meio. Não por minha causa, claro. Houve a SARS, pessoas morreram, hospitais ficaram fechados, houve cortes de orçamento, o que levou um tempo maior para tudo estar pronto para eu ir, além da burocracia.
Para receber o visto de trabalho, ser aceito pela universidade e ter a licença de médico lá no Canadá, foi necessário um longo processo. Recebi em casa um caderno de requisitos, solicitando documentos, exames médicos, comprovações, testes de inglês. Uma maratona, enfim. Enquanto corria para cumprir prazos e ter exames, jamais me preocupei com o que faria lá, como seria o trabalho, se estaria à altura da coisa. O que me preocupava era onde eu iria morar.
E a maior satisfação que eu tive foi quando enviei pelo correio para o conselho de medicina de Ontário os documentos solicitados para ter minha licença. Pude comemorar que não havia desistido no meio do caminho. Claro que aquela era a parte mais simples de tudo, e que não estava completa porque alguns dos documentos eu só conseguiria quando chegasse lá, mas talvez tenha sido a minha maior satisfação nesse processo de ir para o Canadá.
Um detalhe, eu sei.
Mas é de detalhes que é feito o todo.
Até.
sábado, abril 11, 2009
quarta-feira, abril 08, 2009
Saudações à José Serra e Assembléia de SP
Deputados aprovam projeto de lei antifumo em SP
O Plenário da Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, nesta noite, por 69 votos a 18, o Projeto de Lei 577/2008, de autoria do governador José Serra, que proíbe o fumo em locais fechados no Estado, como bares e restaurantes.
Leia mais aqui.
O Plenário da Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, nesta noite, por 69 votos a 18, o Projeto de Lei 577/2008, de autoria do governador José Serra, que proíbe o fumo em locais fechados no Estado, como bares e restaurantes.
Leia mais aqui.
terça-feira, abril 07, 2009
L'Aquila
Não conheço L'Aquila, a cidade onde foi o epicentro do terremoto que atingiu a Itália nesse começo de semana, apesar de ter estado lá por duas vezes. Nunca pudemos visitar a cidade.
Não que a cidade tenha sido objetivo de viagem, mas em duas viagens serviu como ponto de passagem em direção ao nosso destino, ao norte ou ao sul. E nas duas tentativas de visitá-la, não conseguimo fazê-lo.
A primeira vez, em dezembro de 2000, nos estertores do século XX, fomos à Europa para passar o "Natal na Neve". Com esse objetivo, escolhemos Rasun di Sopra (Oberassen) - Alpes italianos, próxima à fronteira com a Áustria - como destino para a noite de Natal e Paris para passar a virada do século. Chegamos por Roma, onde ficamos quatro dias, e saímos de carro (Renault Laguna, leasing) para passear pela Itália até chegar nos alpes, alguns dias depois. Logo após o Natal, continuaríamos de carro até Paris.
A idéia era ir uma semana antes do natal, fazer um passeio rápido e chegar em Oberassen na antevéspera de natal. Ao pesquisar as passagens, descobrimos que - em virtude da alta temporada - se fôssemos alguns dias antes pagaríamos muito menos pelas mesmas (algo em torno de quinhentos dólares a menos, na época). Decidimos ir antes, claro.
Saímos do Brasil no dia 08 de dezembro de 2000.
Chegamos em Roma, ficamos quatro dias, e pegamos o carro.
Nossa primeira parada foi em Sorrento, Costiera Amalfitana, seguido de Positano (onde nos hospedamos, hotel legal com preço promocional de baixa temporada) e Amalfi, onde jantamos num restaurante aos pés da Catedral de San Andrea, um ótimo spaguetti a frutti di mare. O dia seguinte foi em Amalfi pela manhã e um longo caminho em direção ao centro da Itália.
Abruzzo, região cuja capital é L'Aquila, tem um grande parque nacional, o qual atravessamos de carro. A noite, em dezembro, inverno, começava pelas 16h, e foi por essa hora que passamos atravessamos a 'passagem do diabo'. Chegamos em L'Aquila noite fechada, cidade lotada, feira de Natal, único hotel com vagas com estacionamento pago a duas quadras do hotel, as malas deveria ficar no carro e a chave com um sujeito com um jeito não muito confiável (não era do hotel).
Confesso que levei medo.
Decidimos seguir adiante e L'Aquila ficou para trás.
Começou aí a fama de difícil dessa cidade.
A segunda "tentativa" de ficar lá foi em 2005, quando íamos na direção oposta, saídos de Milão e rumando ao sul, para a Sicília, nosso objetivo de viagem. Novamente chegamos em L'Aquila em uma noite de outubro. Foi entrar na cidade e começar a chover torrencialmente a ponto de desistirmos de tentar ficar num hotel na cidade e acabarmo num hotel junto a um posto de gasolina na saída da cidade, o que reforçou a idéia de que L'Aquila não nos queria por lá...
Lamento muito o ocorrido, as mortes, a destruição do patrimônio histórico, tudo.
Mas lamento mais ainda que até hoje não tenha conseguido visitar L'Aquila.
Até.
Não que a cidade tenha sido objetivo de viagem, mas em duas viagens serviu como ponto de passagem em direção ao nosso destino, ao norte ou ao sul. E nas duas tentativas de visitá-la, não conseguimo fazê-lo.
A primeira vez, em dezembro de 2000, nos estertores do século XX, fomos à Europa para passar o "Natal na Neve". Com esse objetivo, escolhemos Rasun di Sopra (Oberassen) - Alpes italianos, próxima à fronteira com a Áustria - como destino para a noite de Natal e Paris para passar a virada do século. Chegamos por Roma, onde ficamos quatro dias, e saímos de carro (Renault Laguna, leasing) para passear pela Itália até chegar nos alpes, alguns dias depois. Logo após o Natal, continuaríamos de carro até Paris.
A idéia era ir uma semana antes do natal, fazer um passeio rápido e chegar em Oberassen na antevéspera de natal. Ao pesquisar as passagens, descobrimos que - em virtude da alta temporada - se fôssemos alguns dias antes pagaríamos muito menos pelas mesmas (algo em torno de quinhentos dólares a menos, na época). Decidimos ir antes, claro.
Saímos do Brasil no dia 08 de dezembro de 2000.
Chegamos em Roma, ficamos quatro dias, e pegamos o carro.
Nossa primeira parada foi em Sorrento, Costiera Amalfitana, seguido de Positano (onde nos hospedamos, hotel legal com preço promocional de baixa temporada) e Amalfi, onde jantamos num restaurante aos pés da Catedral de San Andrea, um ótimo spaguetti a frutti di mare. O dia seguinte foi em Amalfi pela manhã e um longo caminho em direção ao centro da Itália.
Abruzzo, região cuja capital é L'Aquila, tem um grande parque nacional, o qual atravessamos de carro. A noite, em dezembro, inverno, começava pelas 16h, e foi por essa hora que passamos atravessamos a 'passagem do diabo'. Chegamos em L'Aquila noite fechada, cidade lotada, feira de Natal, único hotel com vagas com estacionamento pago a duas quadras do hotel, as malas deveria ficar no carro e a chave com um sujeito com um jeito não muito confiável (não era do hotel).
Confesso que levei medo.
Decidimos seguir adiante e L'Aquila ficou para trás.
Começou aí a fama de difícil dessa cidade.
A segunda "tentativa" de ficar lá foi em 2005, quando íamos na direção oposta, saídos de Milão e rumando ao sul, para a Sicília, nosso objetivo de viagem. Novamente chegamos em L'Aquila em uma noite de outubro. Foi entrar na cidade e começar a chover torrencialmente a ponto de desistirmos de tentar ficar num hotel na cidade e acabarmo num hotel junto a um posto de gasolina na saída da cidade, o que reforçou a idéia de que L'Aquila não nos queria por lá...
Lamento muito o ocorrido, as mortes, a destruição do patrimônio histórico, tudo.
Mas lamento mais ainda que até hoje não tenha conseguido visitar L'Aquila.
Até.
segunda-feira, abril 06, 2009
Segunda-feira
Há um tempo atrás, decidi que nas segundas-feiras escreveria sobre futebol. Claro que nem sempre consigo (ou tenho paciência ou vontade). Hoje seria um dia perfeito para fazer isso, afinal de contas o final de semana foi colorado. Sábado, a festa do centenário do Internacional e, ontem o GRENAL vencido pelo Inter, de virada.
Mas não é disso que quero falar.
Nem tocar flauta no co-irmão em crise, tendo recém demitido o seu treinador, Celso Roth.
Até porque o ex-treinador gremista é o menor dos culpados pelos problemas gremistas. Sistematicamente, desde mil novecentos e noventa sete - por aí - direções incompetentes (algumas mal-intencionadas) vem fazendo o Grêmio se afundar mais e mais, e ninguém diz isso alto e em bom som.
Da mesma forma deveríamos acabar com essa farsa de que a "voz do povo é a voz de deus": não se pode ouvir a opinião de torcedor, porque torcedor torce, não entende nada de futebol.
Mas pior que torcedor que acha que entende de futebol são aqueles idiotas que vão nos sites de notícias esportivas comentar notícias sobre o time adversário. Aliás, mais sem ter o que fazer do quem escreve um blog só mesmo que comenta notícias do time adversário.
Em breve, numa segunda-feira qualquer: 'porque a imprensa esportiva age como uma tia velha fofoqueira'; e 'mitos a serem derrubados: porque, apesar da grande torcida, o Corinthians não passa de um clube médio, medíocre, ainda a procura de glória`.
Até.
Mas não é disso que quero falar.
Nem tocar flauta no co-irmão em crise, tendo recém demitido o seu treinador, Celso Roth.
Até porque o ex-treinador gremista é o menor dos culpados pelos problemas gremistas. Sistematicamente, desde mil novecentos e noventa sete - por aí - direções incompetentes (algumas mal-intencionadas) vem fazendo o Grêmio se afundar mais e mais, e ninguém diz isso alto e em bom som.
Da mesma forma deveríamos acabar com essa farsa de que a "voz do povo é a voz de deus": não se pode ouvir a opinião de torcedor, porque torcedor torce, não entende nada de futebol.
Mas pior que torcedor que acha que entende de futebol são aqueles idiotas que vão nos sites de notícias esportivas comentar notícias sobre o time adversário. Aliás, mais sem ter o que fazer do quem escreve um blog só mesmo que comenta notícias do time adversário.
Em breve, numa segunda-feira qualquer: 'porque a imprensa esportiva age como uma tia velha fofoqueira'; e 'mitos a serem derrubados: porque, apesar da grande torcida, o Corinthians não passa de um clube médio, medíocre, ainda a procura de glória`.
Até.
domingo, abril 05, 2009
A Sopa 08/35
Vem
anda comigo
pelo planeta
vamos sumir!
Vem
nada nos prende
ombro no ombro
vamos sumir!
Não importa
que Deus jogue pesadas moedas do céu
vire sacolas de lixo pelo caminho
Se na praça em Moscou
Lênin caminha e procura por ti
sob o luar do oriente
fica na tua
Não importam vitórias
grandes derrotas, bilhões de fuzis
aço e perfume dos mísseis nos teus sapatos
Os chineses e os negros
lotam navios e decoram canções
fumam haxixe na esquina
fica na tua
Vem
anda comigo
pelo planeta
vamos sumir!
Vem
nada nos prende
ombro no ombro
vamos sumir!
Não importa
que Lennon arme no inferno a polícia civil
mostre as orelhas de burro aos peruanos
Garibaldi delira
puxa no campo um provável navio
grita no mar farroupilha
fica na tua
Não importa
que os vikings queimem as fábricas do cone sul
virem barris de bebidas no Rio da Prata
M'boitatá nos espera
na encruzilhada da noite sem luz
com sua fome encantada
fica na tua
Poetas loucos de cara
Soldados loucos de cara
Malditos loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Parceiros loucos de cara
Ciganos loucos de cara
Inquietos loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Vem
anda comigo
pelo planeta
vamos sumir!
Vem
nada nos prende
ombro no ombro
vamos sumir!
Se um dia qualquer
tudo pulsar num imenso vazio
coisas saindo do nada
indo pro nada
se mais nada existir
mesmo o que sempre chamamos REAL
e isso pra ti for tão claro
que nem percebas
se um dia qualquer
ter lucidez for o mesmo que andar
e não notares que andas
o tempo inteiro
É sinal que valeu!
Pega carona no carro que vem
se ele não vem, não importa
fica na tua
Videntes loucos de cara
Descrentes loucos de cara
Pirados loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Latinos, deuses, gênios, santos, podres
ateus, imundos e limpos
Moleques loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Gigantes, tolos, monges, monstros, sábios
bardos, anjos rudes, cheios do saco
Fantasmas loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Vem
anda comigo
pelo planeta
vamos sumir!
Vem
nada nos prende
ombro no ombro
vamos sumir!
(Loucos de Cara, Vitor Ramil)
A Sopa no Exílio hoje silencia para saudar o aniversário do seu criador.
Eu.
Até.
sábado, abril 04, 2009
sexta-feira, abril 03, 2009
quinta-feira, abril 02, 2009
Assinar:
Postagens (Atom)