A Ideia, O Plano (2).
As melhores épocas para se viajar, como nos ensinam os especialistas no assunto, são os meses de baixa estação e clima ameno, a saber, primavera e outono, os meses de abril e maio ou setembro e outubro. Além do clima ameno, nem frio demais e nem calor excessivo, os preços são mais em conta, tanto de passagens como de estadia e alimentação. Por isso, sempre que pudemos, viajamos nesses períodos, principalmente em outubro, que coincidia com o aniversário da Jacque.
Mas, desde que a Marina entrou em idade escolar, isso mudou para nós, e passamos a optar por tirar férias no verão (pneumologista de férias no inverno não é algo recomendável), excetuando-se no ano de 2019, ainda antes da pandemia, quando ficamos 10 dias no leste do Canadá, Nova Scotia e Prince Edward Island, mas foi uma viagem de casal, a Jacque e eu, e a Marina ficou em casa (com a minha mãe dando suporte). Férias, então, apenas no verão do hemisfério Sul, mais especificamente em fevereiro, logo antes de reiniciarem as aulas da Marina. Durante a pandemia, fomos uma vez para Santa Catarina e, no ano passado, para o Uruguai, conforme já contado por aqui.
Então, quando começamos a pensar mais seriamente na viagem, o período em que ocorreria já estava mais ou menos estabelecido: entre o final de janeiro e a metade de fevereiro. Seria inverno por lá, com prós e contras.
Já havíamos viajado para lá no inverno, e bem inverno mesmo.
Foi em 2000, quando passamos o Natal nos Dolomitas, nos Alpes Italianos. Fizemos um tour pela Itália num dezembro cinza em sua maior parte (ou é minha memória em preto e branco...) com dias curtos e noites longas, sem hotéis reservados e escolhendo roteiro conforme avançávamos. Sem GPS ou Waze, sem telefone celular, apenas com o guia rodoviário da Michelin. Quase hippies, podemos dizer...
Era a minha primeira vez na Itália, então fizemos um roteiro amplo, começando em Roma, descendo até a Costa Amalfitana e depois circulando até chegar na antevéspera de Natal em Brunico, onde imaginávamos que tínhamos reservado o hotel para a noite de Natal, mas que na verdade era em Rasun di Sopra, um grata surpresa em meio à neve. De lá, através do Passo de Brenner, atravessamos os Alpes em direção à Alemanha para depois ir até a França, onde passamos o réveillon.
Seria, uma vez mais, um roteiro amplo, pois o objetivo primeiro da viagem era levar minha mãe para conhecer a Itália. Quanto a nós, revisitaríamos lugares e conheceríamos alguns novos.
Mas afinal, quem éramos (somos) nós, nesse caso?
Adiante, adiante.
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