terça-feira, março 14, 2023

Perdidos Mães e Filhos (8)

A Ideia, o Plano (7).

Carro e seguro definidos, o próximo passo seria a escolha das estadias, tudo tomando por base nosso roteiro, que teria que necessariamente passar por Roma no final de semana dos dias 11 e 12 de fevereiro, porque já tínhamos um apartamento alugado lá nesses dias. Seria o momento, então, de refinar o roteiro, estabelecendo os pontos de parada da viagem. Uma vez mais, a ideia era ter todos as estadias reservadas desde a saída de Porto Alegre.

 

Como já contei anteriormente, podemos chamar isso de evolução no nosso sistema de viagens. Desde que começamos a viajar juntos (o que significou – para mim – começar a viajar) estabelecemos o sistema de ter previamente reservados os hotéis do início da viagem e do final da mesma. Os outros, íamos definindo à medida que chegávamos nas cidades, o que implicava em duas situações, uma positiva e uma potencialmente negativa.

 

A positiva era que tínhamos a liberdade de definir o roteiro enquanto viajávamos, e de mudá-lo conforme nossa vontade: não estaríamos “engessados” a um roteiro pré-definido. Por outro lado, sempre corríamos o risco de ter dificuldades de encontrar um hotel aonde chegássemos, ou de ficar em locais meio suspeitos, como o Trail’s End, um motel de beira de estrada em algum lugar entre Washington e Nova York, onde ficamos em 1995, ou um hotel em Munique em que fomos “dormir logo para acordar logo para ir embora logo”. Claro que – na maioria das vezes – corria tudo bem.

 

Começamos com a sistemática das reservas prévias, com hotéis escolhidos via Booking.com ou Expedia.com ou ainda Hotels.com, a partir de 2014, na própria Itália, quando éramos oito e não poderíamos correr o risco de não encontrar hotéis adequados. Depois, quando fomos à Portugal em 2018, fizemos o mesmo. 

 

Agora, não seria diferente, afinal éramos seis integrantes, e nem sempre se consegue dois quartos triplos disponíveis tão facilmente. Partimos, por isso, para a seleção das nossas estadias, o que definiria o roteiro final.

 

Chegaríamos em Milão (aeroporto de Malpensa) na segunda-feira, 06 de fevereiro, por volta das 9h. Encontraríamos a Roberta ali no aeroporto, pegaríamos o carro no mesmo local, e sairíamos em direção ao litoral. Ou não. Na verdade, decidimos – se tudo corresse bem – dar uma passada rápida em Milão antes de pegar a estrada. De qualquer forma, a primeira noite seria em Rapallo, costa da Ligúria, ao sul de Gênova, próxima à Santa Margherita. Já havíamos ficado lá, em Rapallo, em 2014, num hotel em frente ao mar. Foi quando ocorreu o episódio do “dinheiro na meia”.

 

Vista do hotel, em 2014


Durante a viagem, a Karina havia percebido a perda de algumas centenas de dólares em espécie que transportava com ela. Ficou desolada, desolação essa que durou alguns dias até que se conformou com o ocorrido. Na noite em que estávamos justamente em Rapallo, já tarde, quando a Jacque, a Marina e eu estávamos indo dormir, fomos “acordados” por batidas na porta e a Karina feliz porque havia encontrado os dólares perdidos em uma meia, da qual havia esquecido da existência...

 

Foi ali a primeira reserva que fiz, um hotel exatamente ao lado do hotel em que ficáramos em 2014, pois não havia disponibilidade no de 2014 (descobriria depois que ele havia fechado e que está em reformas para reabrir em um futuro próximo). 

 

Malpensa a Milão e dali até Rapallo.

 

O primeiro dia estava desenhado.

 

Seguiríamos.

  

Até.

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