A Ideia, O Plano (8).
Seguimos o planejamento.
Após Rapallo, seguiríamos pela costa até as Cinque Terre, em princípio.
Cinque Terre é um conjunto de pequenas cidades à beira-mar na costa da Riviera Italiana. Como o nome diz, são cinco cidades de casas coloridas com vinhedos que “se agarram” a terraços íngremes, portos repletos de barcos de pesca e trattorias servem especialidades de frutos do mar. Nos estertores do século passado, em dezembro de 2000, a Jacque e eu estivéramos em Vernazza, uma delas, vazia àquela época por ser inverno. Tínhamos a intenção de visitar uma delas, provavelmente Vernazza mesmo apesar de ser também inverno.
De lá, seguiríamos para nossa próxima cidade em dormiríamos, Lucca.
Não conhecíamos Lucca, então seria o nosso primeiro destino. Por ser uma cidade murada, escolhi um hotel fora da região murada, pensando em fugir das ruas estreitas, procurando um local com estacionamento próprio. Encontrei e reservei uma pousada bem próxima a um dos portões da cidade.
Nesse momento, final da primeira semana de janeiro de dois mil e vinte e três, tínhamos estadia reservada para as duas primeiras noites, Rapallo e Lucca, e para o final de semana em Roma. As pesquisas seguiam, cada um em seu canto pesquisando opções. Os destinos de montanha – como esperado – estavam bem caros, assim como no último final de semana da viagem, antes de retornarmos e, justamente, final de semana de carnaval, que planejávamos passar no norte da Itália, entre Verona, Veneza e as montanhas. Além desses dias, me preocupava a estadia em Florença, cidade grande, dificuldades de estacionamento e diárias caras.
Olhando as opções para Florença, me deparei com uma opção de hospedagem, digamos assim, inusitada (para nós, em viagens à Europa): ficar em um camping (?!). Decidi sugerir ao grupo, que – na hora – reagiu com incredulidade. Estaria eu louco? Um camping? Barraca? Em Florença?
Sim, caro leitor, eu estava sugerindo (e depois efetivamente reservei) que ficássemos em um camping em Florença, o Hu Camping in Town Firenze, localizado a cerca de cinco quilômetros do centro histórico. Não, não ficaríamos em barracas, obviamente, mas sim em cabanas climatizadas, com banheiro. Claro que havia espaço lá para motorhomes e barracas, mas ficaríamos nas cabanas (para três pessoas), e iríamos de carro para o centro de Florença.
Acabou, no final das contas, e por incrível que possa parecer, sendo a melhor estadia da viagem, conto isso depois, e de certa forma caracterizou a viagem como de hospedagens insólitas, diferentes.
Como em um mosteiro.
Em breve.
Até.
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