A Ideia, Os Planos (11).
Aproximava-se a data da viagem.
Grupo montado, passaportes em dia (havíamos feito o novo da Marina em dezembro), passagens compradas, estadias reservadas, seguros saúde em dia. Deveriam ser providenciados os meios de se pagar as despesas durante a viagem. O carro, e o apartamento em Roma estavam pagos. Faltava para o resto.
Sempre procurei reservar as estadias com a opção de não pagar antecipado, para podermos, em grupo, organizar os pagamentos enquanto viajássemos, em termos de divisão. A Jacque, a Marina e eu éramos uma unidade de pagamento, digamos assim, então todas as despesas que tínhamos em conjunto na viagem tinham seu valor dividido por seis e nós éramos, evidentemente, responsáveis por pagar 3/6, ou seja, metade. A Kaká e a Beta eram uma unidade (2/6, ou seja 1/3) e a Mãe era uma unidade individual (1/6). Assim era feita a divisão das compras coletivas em que um pagava para todos, e isso era registrado para que no final da viagem todos tivessem gasto de maneira igual.
Para a viagem, além de Euros que tinha guardado em casa de viagens anteriores, comprei alguma quantidade em espécie, mas a maior parte foi no cartão de débito. E voltei com quase todo dinheiro em espécie que levei, porque praticamente não se usa mais esse tipo de pagamento, em detrimento dos cartões de crédito e débito. Por uma “preguiça” ou desatenção minha, deixei de fazer esses novos cartões, tipo Nomad e Wise, que têm suas vantagens. Fica para a próxima.
Tudo certo para a viagem?
Quase.
Dois itens ainda faltavam: a carteira de motorista internacional e o chip para celular. Provavelmente não seria necessária a carteira de motorista internacional, mas vai saber. Fui fazer num CRV faltando 10 dias para a viagem. Paguei a taxa, preenchi os documentos, tudo certo, mas o funcionário me alertou que costumava levar 7 (!) dias úteis, pois dependia dos correios, e haveria o feriado de dois de fevereiro no meio. Talvez não chegasse. Fiz mesmo assim, afinal não era a primeira vez que a fazia com um prazo exíguo (culpa minha) e na outra vez tinha dado certo.
Deu certo. Pude ir buscá-la na sexta-feira anterior ao embarque.
Quanto ao chip de celular, poderíamos comprar lá, quando chegássemos, mas havia ouvido que não tinha loja que vendesse no terminal 1, onde desembarcaríamos, e usaria o Waze para circular por Milão. Por essa razão, acabei comprando um e-chip online (certamente foi mais caro do que comprar lá, mas paciência) que foi instalado após a compra e só seria ativado quando em solo italiano. Tudo certo, fiz para a Marina, a Jacque e eu, além de orientar a Karina. Só não conseguimos instalar no celular da Mãe porque o telefone dela não suportava e-chip. Iríamos comprar lá mesmo. Por último, a decisão do que levar para a viagem, e não falo de roupas e tal, pois tínhamos uma bolsa padrão para caber no porta-malas do nosso carro. Eu precisava decidir sobre levar a máquina fotográfica ou não.
Meu irmão é fotógrafo profissional e eu, evidentemente, não. Talvez por influência inconsciente dele, eu sempre tive um desejo, mesmo após o surgimento das câmeras digitais que foram se tornando melhores e menores, por uma daquelas tipo DSLR (digital single lens reflex), câmeras digitais que usam um espelho mecânico que reflete a luz que vem da lente para o visor, que permitem trocar as lentes e tal. Quando comprei a minha primeira, foi por influência dele que comprei uma Nikon D50, ainda em 2006, quando eu morava no Canadá. Alguns anos depois, fiz um upgrade e comprei dele o corpo de uma D7000, que tenho até hoje.
Diversas viagens foram feitas com ela. Eu adorava sair com ela pendurada, com a bolsa das lentes e o tripé. Era uma tralha, mas era bem legal. Tenho fotografias maravilhosas de viagem com minhas Nikon. Não só de viagem, claro.
Mas o tempo e a tecnologia são implacáveis.
E os telefones celulares evoluíram a ponto de virem com capacidade de tirarem fotos de excelente qualidade. Não por coincidência, cerca de dez dias antes da viagem acabei trocando o meu iPhone XR comprado em 2019 e que estava com a parte de trás toda trincada, o que não me incomodava, mas que havia começado a dar problema no conector do cabo de alimentação, e estava com problemas para carregar a bateria. Como precisaria do celular para usa o Waze enquanto dirigisse, e para não correr o risco de ficar na mão, troquei ele por um iPhone 13.
Na véspera da viagem, quando estava terminando de organizar minhas coisas, já havia carregado a bateria da Nikon D7000 e separado o tripé quando parei e decidi que – dessa vez – registraria a viagem pelo celular. Como seria?
Ficaria sabendo em breve, porque a viagem iria começar.
Até.
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