A vida parece e, de certa forma, é complicada, todos sabemos.
Mas não muito, e isso não importa agora.
As pessoas (nós) têm a tendência (natural?) à simplificação na hora de entender o mundo, de entender os fatos e consequências associados. Tende-se, de maneira maniqueísta, dividir tudo nas dualidades habituais, bom e mau, preto e branco, vermelho e azul e chimangos e maragatos (específico aqui do Sul do mundo). Quando pensamos bem, na maioria das vezes, não funciona assim. Há nuances, sombras, outras cores intermediárias. Dizem, inclusive, que a virtude está no meio termo, nunca nos extremos.
E o certo e o errado?
São conceitos variáveis? Existem aquelas verdades absolutas, inquestionáveis? Em tempos de questionamentos múltiplos, em que inclusive a biologia é muitas vezes questionada e contrariada, existem aqueles conceitos indiscutíveis?
Pensei isso quando recentemente, ao ouvir uma conversa que ocorria no mesmo ambiente em que eu estava em que disseram que alguém havia dito que determinada informação (ou conceito) era ‘mais correta’ do que outra. Imediatamente questionei: existe algo mais correto do que outro, ou – na verdade - algo é correto ou não é? E isso levou as outros conceitos e outras ideias (ou uma ideia e um conceito semântico).
Ser familiar de médico não é fator de risco para pior evolução de doenças ou para quadros mais estranhos ou difíceis, assim com uma doença nunca é severa. O correto é doença grave, não severa. Da mesma forma que não existe “princípio de pneumonia” (ou é pneumonia ou não é) e alguém estar “mais ou menos grávida” (ou está grávida ou não está).
E você, acha que o conceito de certo e errado é fluido, dinâmico?
Até.
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