segunda-feira, junho 17, 2024

Memória Afetiva

Será que ando à flor da pele?

Não, beijos de novela não me fazem chorar.

Por outro lado, provavelmente seja pela passagem do tempo, ou porque talvez eu viva dias em que as coisas da vida, os pequenos aspectos da rotina, ou mesmo as banalidades do mundo, estejam me emocionando, mas percebi que já há algum tempo ir a lugares, ou mesmo fazer caminhos que antes eu frequentava ou percorria rotineiramente e não faço mais, tem causado episódios de – posso dizer – genuína alegria. É como reencontrar velhos amigos (o que também me causa esse efeito, obviamente).

 

Há alguns meses, fui à formatura do meu sobrinho e afilhado não oficial Gabriel no Salão de Atos da Reitoria da UFRGS. Além do momento feliz de vê-lo nesse momento de conquista e celebração, circular por ali me fez reviver a última vez em que lembrava ter estado ali, quando da minha formatura no Curso Técnico de Operador de Computador, que depois passou e se chamar Processamento de Dados, pela Escola Técnica de Comércio da UFRGS, em dezembro de 1988. Lembrei de show que assisti ali, de detalhes dessa época, e ainda antes, ao circular pelo Campus Central, a sala Qorpo Santo, a PROUNI (acha que era esse o nome) onde fazíamos as identificações de alunos da UFRGS para podermos frequentar a Colônia de Férias da UFRGS em Tramandaí, onde fomos algumas vezes fora de temporada, com ela vazia, e as histórias passadas por lá. Assim como o efeito de algumas músicas, chamadas transportadoras porque despertam memória e nos fazem ‘voltar no tempo’, a ida ao Campus da UFGRS me trouxe muitas memórias. 

 

E esse efeito tem acontecido também quando circulo de carro por Porto Alegre, por caminhos, como falei, que já não estão na minha rotina. É uma sensação reconfortante, de familiaridade, sei lá.

 

Sem falar com relação às pessoas, mas é assunto para outro dia.

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