Tudo isso (2).
Saíramos de Nashville e, em um longo dia de estrada com paradas regulares para caminhar um pouco, fazer uns alongamentos, ir ao banheiro, comprar algum lanche ou abastecer, rodáramos cerca de mil de cem quilômetros até Orlando, na Flórida. Já noite, ainda antes de chegarmos, recebêramos uma mensagem da LATAM cancelando nosso voo para Porto Alegre, cujo aeroporto estava – como todos sabem – embaixo d’água. Naquele momento, não havia nada que pudéssemos fazer.
Chegamos em Orlando próximo às 23h e fomos direto ao hotel em que desejávamos ficar, por “razões sentimentais”: o Cabana Bay Resort, no complexo da Universal, onde ficáramos em 2017 e 2019. Chegando lá, a decepção: estava lotado. Ficaríamos duas noites, de sábado para domingo e domingo para segunda-feira, quando voltaríamos para Miami para nosso voo agora cancelado. Sem possibilidade de ficar ali, pesquisamos no Booking.com e escolhemos outro hotel, não muito longe dali, de preço em conta, o Best Western Orlando Gateway.
Fizemos o checkin e fomos dormir, afinal havíamos jantado uma pizza no caminho, comprada em uma pizzaria no meio do nada em uma parada que fizéramos mais cedo naquela noite. Era de descansar para o dia seguinte, ainda sem saber como voltaríamos para casa na semana que viria.
Domingo, em Orlando, sem termos como voltar para casa antes de terça ou quarta-feira, optamos por ir a um parque temático, e o escolhido foi o Magic Kingdom, da Disney. Acordamos relativamente cedo e fomos para o parque, onde tomamos café da manhã. Manhã de primavera, tempo bom e temperatura agradável: muitas pessoas no parque, como esperado.
Sempre é bom visitar os parques da Disney, óbvio, mas essa vez teve um gosto meio amargo, principalmente porque fiquei boa parte do dia trocando mensagens com a LATAM tentando resolver a questão do nosso retorno. Aproveitamos, sim, mas fiquei em boa parte focado em responder e esperar o retorno deles. Chegou um momento em que me disseram que teria que ligar para o atendimento, o que não consegui fazer. Voltei às mensagens e, já no final da tarde, enquanto na fila para uma das atrações (Peter Pan, eu acho), recebi proposta de um voo 24h depois, mas que – ao invés de ir para GRU com conexão em Bogotá – iria direto de Miami para GRU e de lá, para Florianópolis, aonde chegaria na madrugada de quarta para quinta-feira.
Topamos.
Ao retornar para o hotel, já tarde da noite, consegui reservar um hotel em Florianópolis para quando chegássemos e um carro, que usaríamos para fazer o trecho final entre Florianópolis e Porto Alegre. Tudo resolvido. Foi dormir mais tranquilo.
Teríamos um dia a mais nos Estados Unidos, e decidimos ficar em Orlando. Saímos do hotel, carregamos o carro, e fomos passear. Paramos em um outlet, onde tomamos café da manhã, para comprar alguns presentes e verificar se havia alguma coisa que “valesse à pena” comprar. Não me interessei por nada, o que é uma prova de que estava realmente tenso com relação ao que acontecia no RS.
Após o almoço, tentamos novamente e conseguimos ficar no Cabana Bay, um lugar familiar e de boas lembranças. À noite, fomos andando até o Universal CityWalk, onde jantamos no Bubba Gump, temático do filme Forest Gump. Voltamos ao hotel porque – no dia seguinte – voltaríamos para Miami para devolver o carro e na quarta-feira pela manhã, iniciar a volta ao Brasil.
As coisas já estavam organizadas.
Era quase hora de voltar para casa.
Até.
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