Ando lendo por aí.
Uma das vitórias que tive no ano que recém terminou foi retomar, me reaproximar de uma relação antiga que eu tinha e que por conta das modernidades havia me afastado. Reencontrar, voltarmos a estar próximos, fez muito bem ao meu final de ano.
Falo dos livros.
Um amor antigo, nutrido por visitas a livrarias diversas por onde quer que eu passasse, e a quase compulsão por comprar livros os mais variados, com múltiplas temáticas, mas principalmente literatura. As telas haviam me sequestrado, a descarga de dopamina gerada pelos vídeos curtos, stories e outros roubavam todo o meu tempo, em detrimento de outras atividades.
Bato na mesma tecla.
Venho em redução, em um tipo de desmame das telas em prol da vida real, do convívio com as pessoas e – quando sozinho – pela companhia, entre outras atividades, dos livros físicos, o cheiro de papel, a textura. Não demonizo as redes sociais, e continuo ativo nelas, claro. Apenas procuro ser mais parcimonioso, ser mais moderado.
E, quando na presença de outros, focar toda minha atenção nas pessoas. Atualmente, nada me deixa mais incomodado que – estando reunidos em torno de uma mesa para uma refeição, por exemplo – algum dos presentes fica olhando o seu celular enquanto os outros conversam. É indelicado, é falta de consideração.
Insisto, não sou inocente neste quesito, mas estou sinceramente em processo de mudança. Quero estabelecer, ao menos em casa, a “política” do não levar o celular para a mesa. É uma tentativa.
Quer maior prova de consideração, de respeito e de amor aos outros, que dedicar toda sua atenção a eles?
Até.