quinta-feira, janeiro 26, 2012

Sem noção (ou "é o fim do mundo")

Quinta-feira no consultório manhã e tarde.

O penúltimo paciente do dia não aparece no horário. Dou alguns minutos de tolerância. Nada, e nem um aviso. Dessa forma, decido atender o último paciente marcado, que chegou um pouco antes do seu horário.

Termino a consulta. Arrumo minhas coisas. Confiro calmamente minha agenda dos próximos dias.

Saio do consultório. Caminho até o estacionamento. Entro no carro, ligo o ar condicionado. Deixo o estacionamento e encaro o trânsito de Porto Alegre no meio da tarde (excepcionalmente saio no meio da tarde do consultório) até em casa, caminho alguns minutos mais longos desde que o sentido do trânsito foi alterado na minha rua.

Ao entrar na garagem, converso com o zelador que pede para fazer a medição mensal do gás do apartamento. Entro no elevador.

Toca o meu telefone celular.

Atendo, a ligação cai.

Chego na porta do meu apartamento quando o telefone toca novamente. É minha secretária, dizendo que o paciente aquele que faltou na verdade chegou uma hora e meia (!!!) atrasado e está perguntando se eu não posso voltar ao consultório para atendê-lo, pois precisa ser visto com certa urgência, e queixa-se do trânsito de Porto Alegre "vocês deveriam da um jeito nisso".

Sorrio.

Digo à minha secretária que "é mais fácil um avião da Pan Am cair sobre mim quandi eu estiver parado num sinal do que eu voltar ao consultório naquele momento, depois de"

Ela me interrompe para dizer que o paciente havia ido embora batendo a porta.

É ou não é um sinal do final dos tempos?

Até.

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