terça-feira, janeiro 19, 2021

Crônicas de uma Pandemia – Trezentos e Onze Dias

Ainda a pandemia.

Não terminou, sabemos, e ainda levará algum tempo para realmente retirarmos esse peso das costas. A luz, contudo, apareceu, e agora possuímos uma esperança de dias melhores, de reaproximações e abraços. 

A vacina.

 

Desde domingo último, no Brasil, estão aprovadas para uso emergencial as vacinas contra o coronavírus desenvolvidas pela Sinovac/Butantã e AstraZeneca/Oxford/Fiocruz. O ânimo geral mudou, pessoas se mostrando emocionadas com o simbólico começo da vacinação em São Paulo, assim que foi comunicada a liberação da ANVISA. Um espetáculo midiático brega ao extremo, feito por um governador que vem desde o início da pandemia preocupado em se promover com vistas a se credenciar para as eleições presidenciais de 2022.

 

Marketing e autopromoção, sim. Mas apresentando uma vacina que é eficaz e será efetiva. É o começo do fim da pandemia.

 

Não gosto dele assim como não gosto do Bolsonaro, mas temos que admitir que ele ganhou essa de goleada. Ao contrário do Presidente, que parece falar demais por não ter muito a dizer, ele – mesmo levando-se em conta todo o mal que causou por tornar espetáculo a divulgação, por isso mesmo mal feita, de dados científicos – mostrou-se ao lado dos técnicos, dos cientistas. Se isso vai credenciá-lo a algo, não sei. Mas a tentativa de autopromoção ao menos trouxe um bem maior.

 

Eu fui voluntário do estudo da vacina da Sinovac, lá em setembro. No final de dezembro, dosei os anticorpos no sangue e descobri que não havia recebido placebo, o que foi bem legal, mas não mudou absolutamente nada com relação aos cuidados que continuo tendo.

 

Esperamos, agora, conseguir num prazo pequeno vacina para todos, e que todos saibam a importância de se vacinar. 

 

A minha parte eu fiz e estou fazendo. 

 

Até.

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