segunda-feira, outubro 24, 2005

De volta

Reconectando com o mundo.

Ainda não completamente readaptado ao fuso seis horas atrás da Europa Central. Apesar de ter ido dormir depois das 11pm (hora de Toronto), acordei às 4am, sem sono. Insisti, dormi um pouco mais, e estou passando o dia com a sensação de que preciso me esticar, alongar, como se ainda não tivesse acordado dessas duas semanas que passaram. Mas o mundo, assim como o tempo, não pára, afirmação óbvia apenas para voltar a usar chavões batidos indiscriminadamente, hábito que possuo. Muita coisa aconteceu, desde o dia 08 último quando saí de Toronto em direção à Milão, mas todos sabem de tudo muito mais do que eu. Então, vou falar do meu umbigo…

Antes, algumas atualizações.

A Jacque, apesar de ter saído ontem de Roma, ainda não chegou em casa. O vôo deles, que começava em Fiumucino e fazia conexão em Londres (?), graças ao ocaso iminente da VARIG, decidiu alongar a conexão na capital inglesa: parece que só conseguiram sair de lá às 16 horas de hoje, hora local, meio-dia no Brasil e dez da manhã aqui em Toronto. Ela chega em casa só amanhã. Particularmente, eu processaria a VARIG pelo dia de trabalho perdido, mas não sei se vale a incomodação.

Adiante.

No dia 10 que passou, além de aniversário da musa desse blog, que aparece cantando numas das fotos do template, foi o dia em que o grupo de blogs Nós na Rede coordenou mais uma blogagem coletiva, e dessa vez o tema foi o Desarmamento, em virtude do plebiscito que ocorreu ontem no Brasil. Em virtude de dificuldades técnicas, não publiquei nada sobre o assunto, mas digo que teria votado no NÃO, como a maioria dos brasileiros. Não vou justificar agora porque não faz mais sentido, já passou o episódio, e ‘Inês é morta’ (talvez com um tiro, como escreveu o Luís Fernando Veríssimo na sua coluna de hoje nos jormais brasileiros).

De resto, pouca coisa, afinal ainda estou meio fora do ar.

Toronto me recebeu com céu plúmbeo e chuva. Por preguiça e comodismo, decidi ir para casa de táxi. No caminho, conversava com o motorista indiano. Perguntei se o tempo tinha estado assim por muitos dias e ele disse que não, mas que nunca se sabia, tínhamos que agradecer que não estava nevando. ‘Neve’, perguntei, ‘não é muito cedo para isso?’, e ele respondeu com uma lição filosófica sobre o Canadá.

“No Canadá, não se pode confiar em três ‘Ws’: Woman, Work and Weather”.


Quem sou eu para discordar?

Até.

4 comentários:

Anônimo disse...

Bem vindo Marcelo. Coitada da Jacque , ainda em transito, essas companhias aéreas são de matar. bjs,

Allan Robert P. J. disse...

Retornar é sempre partir para um novo lugar, cantava Paulinho da Viola. Depois de tanto tempo fora de casa, já nem sei mais onde é a minha casa. Mas sinto uma saudade enorme de onde não estou. :)

Anônimo disse...

Voce pode confiar em mim, e eu sou mulher.

Alias, eu nao confio em mulher nenhuma alem de mim mesma e da minha mae. Entao eu concordo com o Indiano.

Welcome back.

Anônimo disse...

Seja bem vindo...
Adorei as primeiras fotos. Dá pra ter uma idéia de como a viagem foi inesquecível... principalmente, por estar pertinho da Jacque.
Espero que ela tenha feito uma boa viagem.
Beijos