Sexta-feira santa, vamos matar o pai
Que vai dormir em paz
Depois ressuscitar em nós, em deus, em dois
Vê que não adianta crucificar o boi
Se volta à terra lá do céu
Isso era tudo que queria
A festa, a farra humana, a luta em nome da alegria
Que a santidade não sabia lhe ensinar
Por isso eu creio e não acho feio
Que a fé seja assim
Que até a santa madre, quando tinha sede
Dava tudo que podia
E a Galiléia abençoada, em coro, repetia essa oração
Nossa Senhora é poderosa
Mas nossa raça é manga e rosa
A nossa igreja deita e goza
E onde há fumaça, deixa o pavio queimar
Amém
(Nei Lisboa)
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