A Viagem (16)
A manhã do dia dez de outubro de dois mil e sete iniciou com sol, que nasce ali, no majestoso Mediterrâneo bem em frente ao nosso hotel (e, claro, milhares de outros nessa orla). Por ser aniversário da Jacque, decidimos que o café da manhã seria especial, na praia.
Para isso, assim que nos aprontamos saímos do hotel e fomos à procura de um supermercado para comprar os ingredientes para o desjejum. Numa filial do Casino, típico supermercado local, compramos tudo o que precisaríamos para uma lauta refeição matinal, e mais um pouco. Preparados, fomos para a praia, aquela hora com pouco movimento, afinal era quarta-feira de manhã, em outubro. Apesar disso, via-se um que outro banhista nadando.
Ao contrário das praias aqui do sul do mundo, em Nice não há areia fina na orla, apenas pedras. Cascalho mesmo. Mesmo assim, montamos nossa mesa e brindamos o aniversário da Jacque com suco de laranja, nescauzinho (não lembro a marca), baguetes, queijos. Uma festa mesmo. Após o café, fotos e mais uma caminhada no Promenade des Anglais antes de voltar ao hotel para preparar nossa partida para o próximo destino, St. Paul de Vence.
Essa é mais uma daquelas pequenas cidades do interior da Europa que não parecem reais, por demais perfeitas. Aparentemente parada no tempo, pode-se encontrar, logo em sua entrada, os jogadores de petanque (espécie de jogo de bocha) em suas partidas em frente à platéia que assiste o jogo nas mesas do café, como acontece há décadas. Em St. Paul de Vence viveram artistas do porte de Matisse, Chagall, Renoir, Modigliani. Em suas ruas de pedra, cheias de turista que passeavam pela cidade, pela primeira vez na viagem, encontramos outros turistas brasileiros.
Circulamos pela cidade e, ao sair dos muros, deparei-me com um bronze de Rodin, o famoso ‘O Pensador’. Parei para admirar, ao mesmo tempo em que outro turista parou ao meu lado. Por alguma razão, começamos a conversar sobre esculturas e eu, que não sei praticamente nada do assunto, esclareci como aquele ali podia ser um original, assim como o são o que está em Paris, no jardim do Museu de Rodin, e um em Buenos Aires: todos os bronzes feitos a partir do molde original são originais (isso era a única coisa que eu sabia sobre ao assunto...). Curta visita, seguimos em direção ao próximo destino, onde almoçaríamos: Cannes.
Não há necessidade de se falar sobre Cannes, todos a conhecem, no mínimo pelo seu festival de cinema. Não era época do festival, mas estava acontecendo naqueles dias uma grande feira de televisão, e um dos grandes painéis que adornavam o Palácio dos Festivais era da rede globo e sua minissérie ‘Amazônia’. Foi em Cannes que almoçamos, num restaurante de praia, bem em frente ap Hotel Carlton. E pagamos por isso!
A cerveja mais cara que eu paguei na vida, com pizzas. Como era o almoço de aniversário da Jacque, não nos importamos. Estávamos em Cannes, afinal de contas. Almoço festivo, e fomos caminhar em direção ao Palácio dos Festivais.
Para encontrar as modelos.
E encontramos, aliás, encontrei...
Até.
Nenhum comentário:
Postar um comentário