A Viagem (18)
Ainda antes de irmos dormir, em Aix-en-Provence, tentamos e não conseguimos entrar com o carro na garagem do hotel, pois a altura máxima permitida era pequena demais para nosso “ônibus”. O engraçado disso é que minha preocupação, antes de decidirmos pelo aluguel da Renault Trafic era com a largura e não com a altura. Parecia muito mais provável que entalássemos em ruas estreitas do que em garagens baixas. Acabamos, aquela noite, deixando o carro na rua, em frente ao hotel, onde aparentemente não deveríamos colocar.
Na manhã seguinte, deixamos o hotel logo após acordar, ainda antes do café, e seguimos para a La Rotonde, ponto central para nossa orientação em Aix. Deixamos o carro em uma rua paralela ao Boulevard de la Republique e fomos atrás do café da manhã, que acabamos tomando sentados em um banco de frente para a Rotonde, ao lado de uma estátua de Cézanne (mais Aix-en-Provence, impossível).
Terminado o café da manhã, seguimos para a Cours Mirabeau para iniciar a nossa visita à cidade. É na própria Cours, talvez a rua mais famosa de Aix-en-Provence, onde fica – entre outros – o Les Deux Garçons, brasserie que faz parte da história da cidade, cuja decoração é considerada monumento histórico, e que foi freqüentado por Cézanne e Zola, por exemplo. Visitamos o mercado de flores, passeamos pelas ruas do centro antigo e, quando havíamos parado – já no final da manhã – para um café num dos cafés ao ar na Place du Hotel de Ville, a Zeca descobriu a Le Cure Gourmande, loja de chocolates e outros doces artesanais, cuja fachada ilustrou uma reportagem da revista Viagem e Turismo sobre a Provence. Visitamos, claro, conversamos com as funcionárias e até mostramos para a gerente a revista, que a Zeca havia trazido. Ficaram bem felizes (claro que é possível que fôssemos o milésimo grupo a entrar lá e mostrar a foto, mas...).
Após a visita ao centro, pegamos o carro e fomos em direção ao Bibemus, um platô montanhoso de onde se tem uma vista perfeita do Monte Saint-Victorie, cenário de várias pinturas de Cézanne. Chegar lá não foi simples. Inicialmente nos perdemos, paramos e perguntei a um transeunte sobre as direções e ele nos orientou. Quando chegamos, descobrimos que o local era um ponto de partida para trilhas, e que a vista que procurávamos era no final de uma dessas trilhas. Não foi uma longa trilha, mas, como estava quente e não estávamos preparados para trekking, foi meio penoso, principalmente pela falta de água no trajeto.
Valeu o esforço, contudo. A vista é belíssima e as fotos ficaram muito boas. Completado o passeio, voltamos ao carro e decidimos partir para a próxima cidade do nosso roteiro, onde ficaríamos duas noites para usarmos como base para poder visitar a região ao redor: Avignon.
A cidade dos Papas.
Semana que vem, semana que vem.
Até.
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