quarta-feira, abril 16, 2008

Os Dias Antes da Paternidade – Parte 7

Como foi com a gente?

Por uma medida de precaução, decidimos que a Jacque não ingeriria nenhuma gota de álcool na segunda metade do seu ciclo menstrual. Eu sei, você não precisa saber disso, mesmo assim conto porque tem relevância no correr da história. No Natal, segunda fase, tudo normal.

Quando chegou o feriado de ano-novo, viajamos para passar o reveillon com a família da Jacque em São Lourenço do Sul, cidade no sul do Rio Grande do Sul, às margens do Lagoa dos Patos. Chegamos lá no sábado 29 de dezembro, a Jacque já com alguns dias de atraso mentrual. Havíamos decido que não faríamos exames antes de uns quinze dias de atraso e – evidentemente não contaríamos nada a ninguém. Durante as comemorações de ano-novo, a Jacque não bebeu nenhum gole de qualquer bebida alcóolica, por ser a segunda fase do ciclo e, mais, haver um atraso menstrual.

Isso chamou a atenção da família, mas a justificativa usada foi de que ela também queria perder peso, e restringiu o consumo de doces ao mesmo tempo. Colou, apesar das desconfianças.

Dia primeiro de janeiro voltamos para Porto Alegre, e a Jacque já vinha apresentando algumas cólicas abdominais. Durante a madrugada de quarta para quinta-feira, dias dois e três de janeiro, acordei com a Jacque se contorcendo de dor. Ao amanhecer, liguei para um centro de radiologia e agendei uma ecografia de urgência, com suspeita de gestação ectópica.

Para quem não é do meio médico, gestação ectópica é quando ocorre a fecundação, e a implantação do embrião se dá na trompa. Ao crescer, ele romperá a trompa levando a o que chamamos de abdome agudo, podendo até levar a mãe ao óbito. Atraso mentrual, cólicas intensas, o que mais poderia ser? Gestação ectópica era nossa primeira hipótese, apesar de – se estivesse grávida – provavelmente não haveria tido tempo para o embrião crescer a ponto de causar o problema todo.

Foi o que disse para nós a ecografista antes de começar o exame, que provavelmente não veria nada pelo pouco tempo de atraso menstrual. OK, sabíamos, mas apenas queríamos ter certeza de que estava tudo bem. Começou o exame e ela disse, em primeiro lugar, que não era gestação ectópica (obviamente). O que disse a seguir foi: é gestação, e parece estar tudo bem. Mostrou o saco gestacional, o pequeno embrião em formação e – incrível – o milimétrico coração batendo. Se vemos os coração, está com seis semanas, disse.

Grávidos, estávamos grávidos!

O que fazer agora?

Esperar.

Até.

4 comentários:

Anônimo disse...

Estou adorando esses relatos... e aprendendo um pouquinho,né?
[]s

Anônimo disse...

Again, tudo é tão diferente do ponto de vista de um médico. Estou adorando os relatos.....bjs,

Anônimo disse...

É demais a primeira visão dos Pais, quando a Médica identifica o coração a 140 batimentos por minuto.
E nós Pais, nos perguntamos como somos capazes de criar algo tão perfeito.
Abs do Amigo
Marco Aurélio

Anônimo disse...

Que delícia descobrir a gravidez! Parabéns ao casal e curtam muuuito essa benção. No próximo dia 11 já vai fazer 1 ano que descobri a minha e a minha baixinha Nicole já tem 3 meses. Dá um trabalhão danado mas cada sorrisinho dela faz tudo valer a pena.
Que Deus abençõe esse bebê e os pais e que todos tenham muita saúde para essa nova jornada.
Abraço