quarta-feira, julho 15, 2020

Crônicas de uma Pandemia – Cento e Vinte e Dois Dias

O futuro não existe.

E parecemos não querer sair do passado.

Em seu livro ’21 lições para o século 21’, o professor de História e escritor israelense Yuval Noah Harari (autor do campeão de vendas ‘Sapiens: Uma Breve História da Humanidade’) fala sobre os desafios que a humanidade está enfrentando e enfrentará neste século. Entre eles, a questão do trabalho.

Já há algum tempo se diz que a maior parte das crianças de hoje terá uma profissão (ou trabalho) que ainda não foi criada, tão rápida é a evolução da tecnologia (e do mundo) atual. E sabe-se que muitas das profissões, e – importante - muitos dos profissionais de hoje serão substituídos por máquinas, pela inteligência artificial, que melhora a cada dia, e – e breve – poderá substituir e substituirá algumas profissões antes impensáveis de serem executadas por “máquinas”, como por exemplo advocacia e a medicina. Parece maluco, mas não é.

Em determinado trecho deste capítulo, ele escreve “... se a Organização Mundial da Saúde identificar uma nova doença, ou se um laboratório produzir um novo remédio, é quase impossível atualizar todos os médicos do mundo quanto a esses avanços. Em contraste, mesmo que haja 10 bilhões de médicos de IA (inteligência artificial) no mundo – cada um monitorando a saúde de um único ser humano -, ainda poderá se atualizar todos ele numa fração de segundo, e todos serão capazes de dar uns aos outros feedbacks quanto às novas doenças ou remédios”.

Lembrei disso ao pensar no comportamento errático da OMS durante a atual pandemia do coronavírus que ora vivemos. Da politização do assunto, do clima de guerra de torcidas que se instalou quando se fala em tratamento, quarentenas, restrições, lockdowns e outros assuntos relacionados.

Como já falei anteriormente, é como se estivéssemos ainda em 1918, quando poderíamos estar em 2020... 

Fazer o quê?

Por aqui, no Sul do Mundo, a quarta-feira é fria e de sol.

Seguimos em frente, porque retroceder, nunca, render-se jamais.

Até.


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