Estamos chegando perto da viagem.
A data de nossa saída estava estabelecida para o domingo, dia 30 de janeiro, quando sairíamos de Porto Alegre e iríamos até São Lourenço do Sul para uma primeira parada, de reencontro familiar e na esperança de botar fogo na churrasqueira, contar histórias, canta e rir muito. A última semana de trabalho seria de cuidados ainda maiores (se é que era possível) para tentar evitar a contaminação pelo COVID que inviabilizasse a viagem.
Entraríamos de férias na sexta-feira, e viajaríamos no domingo.
Tudo porque no sábado, véspera da viagem, iríamos (a Marina, a Jacque e eu) para o litoral norte gaúcho, Atlântida, porque a Marina participaria do show da School of Rock, onde ela estuda (faz canto) e faz parte da banda. Seria o segundo show deles, sábado à noite, e planejáramos voltar na madrugada para casa para, no dia seguinte, final da manhã, sairmos. Seria em tese cansativo esse início de viagem, mas sem dúvida valeria o esforço”.
Uma semana antes de entrarmos de férias, sexta-feira dia vinte e um de janeiro, à tarde, a Marina referiu um “desconforto na garganta”, leve. Sem nenhum outro sintoma. Não deveria ser nada demais, pensamos. Porém, como faríamos um almoço de domingo em casa e os meus sogros viriam, decidimos, no sábado de manhã, testar a Marina. Fez um teste de farmácia, antígeno, e o resultado foi negativo para nós... ou seja, positivo.
E agora? Cancelar a viagem? Adiá-la? A Jacque e eu nos testáramos e estávamos negativos e assintomáticos (e vacinados com 3 doses).
Hora de cálculos, na verdade.
Os sintomas (leves, quase inexistentes) haviam começado no dia vinte um e entraríamos no Uruguai dia trinta e um, não haveria problema, teriam passados os dez dias regulamentares. Ele começou com sintomas no último momento possível para manter a viagem conforme planejado. E, mais ainda, ela não teria necessidade de fazer um novo PCR, pois o antígeno positivo entre dez e noventa dias da entrada no Uruguai isentava a necessidade de PCR negativo 72 horas antes.
Estávamos tranquilos.
Ela ficou assintomática no terceiro dia de evolução. No quinto dia, conforme diretrizes do CDC americano, repetimos o teste de antígeno (estava assintomática) e este foi negativo. Foi liberada do isolamento, mas manteve o uso de máscara quando em ambientes com outras pessoas...
Resolvido, faríamos o PCR no sábado de manhã e viajaríamos no domingo.
Devido ao COVID (e ela não foi a única a ter), o show da banda foi cancelado/transferido para um mês depois. Começaríamos a viagem descansados.
Contudo, eu não estava totalmente tranquilo.
A contagem de tempo dava margem a uma dúvida com relação à entrada no país. A norma técnica dia que era possível com um antígeno positivo entre 10 e 90 dias. O teste positivo da Marina era do dia 22, e o dia de entrada o dia 31/01. Contando o dia 22 com dia 1, o dia 31 seria o dia 10. Poderíamos entrar, então.
Desde que a interpretação fosse essa mesma que eu havia feito.
O que só descobriríamos na véspera da viagem...
Até.
Nenhum comentário:
Postar um comentário