sexta-feira, fevereiro 25, 2022

Perididitos en Uruguay (11)

Quase lá (3).

 

Sábado, vinte e três horas.

 

Estamos há mais de duas horas tentando cadastrar a Marina no site do governo uruguaio e não conseguindo. Quando vamos inserir a data do teste positivo (22/01), ele não permite anexar o documento. Primeiro dizia que o teste positivo tinha que ser do dia 20/01, mas depois das 22h passou a aceitar um teste o dia 21...

 

Concluímos, então, que 22h era o horário da mudança e, pelos nossos cálculos, se mantivesse essa tendência, só poderíamos entrar no país depois das 22h do dia 31/01, segunda-feira, ou apenas na terça-feira 1º de fevereiro. Perderíamos a primeira noite em Punta del Diablo, nosso primeiro destino uruguaio. O que fazer, nos perguntamos.

 

Várias possibilidades, surgiram, até de manipular digitalmente o exame escaneado, alterando a data do teste, por exemplo, o que foi prontamente rejeitado por ser fraude, falsidade ideológica, com pena prevista de até 24 meses em prisão uruguaia. Discutimos nossas alternativas e decidimos prosseguir com a viagem e (1) esperar para até 22h do dia seguinte, domingo, para ver se conseguiríamos fazer a declaração online, e/ou (2) tentar conversar com alguém da imigração e – quem sabe – explicar a situação. 

 

Na pior das hipóteses, perderíamos nossa primeira noite no Uruguai...

 

Fomos (fui) dormir com um sentimento estranho, de que algo não estava bem, confesso que angustiado com a situação. Não me sentia ainda em férias. Mesmo assim, mesmo que tenso pela situação não (ainda) resolvida, mesmo não conseguindo relaxar e abstrair, foi uma noite boa de dormir.

 

Acordei domingo cedo, mais ou menos no horário habitual, e fui pedalar, segundo minha rotina de exercícios. Foi, claro, um exercício mais curto porque sairíamos ainda de manhã, para chegar em São Lourenço do Sul para o almoço, que estaria nos esperando.

 

A Karina, o Gabriel e a Roberta viriam com o carro deles até nossa casa, de onde sairíamos todos no meu carro.

 

Às 10h da manhã de 30 de janeiro, após ajustarmos milimetricamente nossas bolsas e mochilas no porta-malas, saímos de casa. A formação inicial dentro do carro foi, na frente, eu dirigindo e a Jacque de copiloto, no banco de trás a Karina atrás de mim, a Marina no meio e o Gabriel atrás da Jacque, e, por fim, a Roberta sozinha (com as bagagens) na terceira fileira. Ainda sem sabermos quando ou como entraríamos no Uruguai, estávamos a caminho.


 

Começava a viagem. 

Até.

Nenhum comentário: