Crônicas e depoimentos sobre a vida em geral. Antes o exílio; depois, a espera. Agora, o encantamento. A vida, afinal de contas, não é muito mais do que estórias para contar.
sábado, dezembro 27, 2014
Sábado (e a caminho da churrascolândia...)
E provavelmente offline!
(o que for publicado aqui nos próximos dias, e até 05/01/2015, terá sido escrito previamente e sua publicação pré-agendada...)
segunda-feira, novembro 10, 2014
A Maior Revolução de Todos os Tempos
por Nelson Lehmann
(04/07/2003)
Nosso mundo intelectual, nossos livros e enciclopédias destacam e glorificam as chamadas Grandes Revoluções. Pequenas revoluções seriam frequentes na História, mas de pouca importância, designáveis como revoltas, motins, levantes, golpes, ou mesmo “badernas” ou “quebra-quebras”. Estas fazem parte da história de qualquer sociedade. Nada mais que episódios localizados, reações explosivas, sem consequências notáveis. A famosa revolta dos escravos comandados por Spartacus na antiga Roma, por exemplo, nada mais foi do que uma vingança. Não tinha como objetivo abolir a escravidão. Muito pelo contrário. Acabaram por fazer de escravos a seus senhores logo que os subjugaram pelas armas. Uma troca de papéis apenas.
E o Brasil, qual a nossa
contribuição para a Humanidade até agora? Carnaval, futebol e algumas
sobremesas exóticas? Como explicar tão abismal diferença? Nossos manuais
escolares certamente deveriam abordar tão instigante tema. Mas sem
subterfúgios, desculpas, acusações e distorções. Comparemos nossas instituições
e comportamento. Examinemos nossa cultura e valores.
A América do Norte recebeu os pobres e desempregados da Europa e de todo o mundo. Ainda hoje continua sendo o porto preferido de refugiados e perseguidos de toda parte. Assim mesmo tornou-se o alvo preferencial dos críticos ressentidos, dos intelectuais e comunicadores que dominam a mídia. Hoje é o grande bode expiatório, culpado do males que assolam o planeta. O vencedor é aqui mal visto. O perdedor é necessariamente vítima. Não é assim a ética americana. O vencedor é exemplo a ser imitado. Este o segredo de sua prosperidade. E explica o porquê de esta ter sido a maior revolução popular de todos os tempos.
sábado, outubro 18, 2014
Sábado (e o fim de uma era...)
Nossa casa da praia foi vendida essa semana.
Uma parte muito significativa da minha vida passei lá, nos verões com a Turma do Muro.
Outra hora escrevo mais.
Até.
quinta-feira, outubro 02, 2014
O Futuro do Brasil
Já faz algum tempo que faço isso.
Pessoas discutindo os atos do governo federal - qual seja: mais médicos, aparelhamento do estado, escândalos os mais variados, etc - e eu entro na conversa. Logo que posso, digo - sério, em tom grave - "Há uma revolução em curso. Eu já comprei uma arma e estou estocando comida". E saio. No início parecia apenas uma brincadeira, humor negro. Cada vez mais, contudo, começa a parecer que tenho razão.
Lamentavelmente.
Mas não é disso que quero falar.
Agora que se aproximam as eleições, cada vez se discute mais o que queremos para o país. E cada vez mais parecem afastar-se umas das outras as ideias de como deve ser o futuro. E nuvens negras parecem pairar sobre esse futuro. De novo, infelizmente.
Conversando com duas pessoas diferentes em locais totalmente distintos, ontem e hoje, ouvi o mesmo depoimento que é exatamente o meu pensamento: as pessoas que acreditaram - lá nos anos 90 e até a eleição do Lula - que o PT poderia ser e fazer diferente, que era real o patrimônio ético que diziam possuir, sente-se traído por tudo o que aconteceu depois. Fui (fomos) enganados. Eu acreditei num outro mundo possível. Estava errado, era tudo ilusão.
Ou parte de um plano maior, de tomada de poder e sua manutenção. De se locupletar do poder vendendo a ideia de que se está fazendo isso pelo povo, para melhoria da vida das pessoas, e que - afinal - os fins justificam os meios. Enganando as pessoas, comprando sua obediência. Rindo de todos nós, que realmente trabalhamos. Fomos enganados, temos que admitir.
Convidamos o vampiro para entrar em nossa casa.
O governo Dilma é o PIOR governo da história do Brasil desde a redemocratização.
Está destruindo o Brasil.
Os petistas, vejo agora, são como gafanhotos. Estão consumindo o que temos de melhor no país, nos levando a uma grave crise econômica e de credibilidade. A política externa é uma vergonha, com o apoio regimes ditatoriais e sanguinários. Estamos em um processo de Venezualização, estamos indo pelo mesmo caminho da Argentina da Cristina. Somos um navio afundando (eu dizia isso do RS, mas parece que exportamos o nosso modelo derrotado das últimas décadas).
Confesso, uma vez mais, que tive esperança que a atual presidente, com sua fama de gestora, de "gerentona", pudesse administrar o país com seriedade e alguma competência. Não tinha votado nela, mas já que havia ganho, era hora de torcer pelo Brasil. Deu tudo errado.
Mas isso é passado.
Domingo tem eleição, e espero que vá para o segundo turno e que a disputa fique entre a atual mandatária e o Aécio Neves, porque se for com a Marina será a escolha entre "um tiro na nuca e uma roleta russo". Se for o caso, terei que optar pela Marina Roleta Russa Silva.
Se por acaso o PT ganhar a eleição para Presidente, mesmo assim talvez nem tudo esteja perdido. Temos algumas opções de ação...
1. Continuar trabalhando como sempre fizemos, e fazer uma verdadeira oposição ao governo, fiscalizando de perto e "brigando" contra tudo o que for prejudicial para o país;
2. Aeroporto e tchau...
3. A mais eficiente de todas, que certamente exterminaria o PT e seus associados: torcer para que o câncer que dizem que ela teve (ou outro, afinal tem tantos por aí) recidivasse e ela não conseguisse conseguir governando o país, deixando para o seu vice, Michel Temer, do PMDB. Com o PMDB presidindo o país, o PT certamente morreria de inanição, pois todos os cargos, todos os ministérios, fundações, autarquias e todos os CCs seriam ocupados por peemedebistas, e o PT ficaria a ver navios.
Seria como controle de pragas: joga no meio infestado um ser com grande capacidade de reprodução, que tome conta e sufoque a praga.
Quem diria que a esperança do Brasil pode estar nas mãos do PMDB...
Até e bom voto!
Pessoas discutindo os atos do governo federal - qual seja: mais médicos, aparelhamento do estado, escândalos os mais variados, etc - e eu entro na conversa. Logo que posso, digo - sério, em tom grave - "Há uma revolução em curso. Eu já comprei uma arma e estou estocando comida". E saio. No início parecia apenas uma brincadeira, humor negro. Cada vez mais, contudo, começa a parecer que tenho razão.
Lamentavelmente.
Mas não é disso que quero falar.
Agora que se aproximam as eleições, cada vez se discute mais o que queremos para o país. E cada vez mais parecem afastar-se umas das outras as ideias de como deve ser o futuro. E nuvens negras parecem pairar sobre esse futuro. De novo, infelizmente.
Conversando com duas pessoas diferentes em locais totalmente distintos, ontem e hoje, ouvi o mesmo depoimento que é exatamente o meu pensamento: as pessoas que acreditaram - lá nos anos 90 e até a eleição do Lula - que o PT poderia ser e fazer diferente, que era real o patrimônio ético que diziam possuir, sente-se traído por tudo o que aconteceu depois. Fui (fomos) enganados. Eu acreditei num outro mundo possível. Estava errado, era tudo ilusão.
Ou parte de um plano maior, de tomada de poder e sua manutenção. De se locupletar do poder vendendo a ideia de que se está fazendo isso pelo povo, para melhoria da vida das pessoas, e que - afinal - os fins justificam os meios. Enganando as pessoas, comprando sua obediência. Rindo de todos nós, que realmente trabalhamos. Fomos enganados, temos que admitir.
Convidamos o vampiro para entrar em nossa casa.
O governo Dilma é o PIOR governo da história do Brasil desde a redemocratização.
Está destruindo o Brasil.
Os petistas, vejo agora, são como gafanhotos. Estão consumindo o que temos de melhor no país, nos levando a uma grave crise econômica e de credibilidade. A política externa é uma vergonha, com o apoio regimes ditatoriais e sanguinários. Estamos em um processo de Venezualização, estamos indo pelo mesmo caminho da Argentina da Cristina. Somos um navio afundando (eu dizia isso do RS, mas parece que exportamos o nosso modelo derrotado das últimas décadas).
Confesso, uma vez mais, que tive esperança que a atual presidente, com sua fama de gestora, de "gerentona", pudesse administrar o país com seriedade e alguma competência. Não tinha votado nela, mas já que havia ganho, era hora de torcer pelo Brasil. Deu tudo errado.
Mas isso é passado.
Domingo tem eleição, e espero que vá para o segundo turno e que a disputa fique entre a atual mandatária e o Aécio Neves, porque se for com a Marina será a escolha entre "um tiro na nuca e uma roleta russo". Se for o caso, terei que optar pela Marina Roleta Russa Silva.
Se por acaso o PT ganhar a eleição para Presidente, mesmo assim talvez nem tudo esteja perdido. Temos algumas opções de ação...
1. Continuar trabalhando como sempre fizemos, e fazer uma verdadeira oposição ao governo, fiscalizando de perto e "brigando" contra tudo o que for prejudicial para o país;
2. Aeroporto e tchau...
3. A mais eficiente de todas, que certamente exterminaria o PT e seus associados: torcer para que o câncer que dizem que ela teve (ou outro, afinal tem tantos por aí) recidivasse e ela não conseguisse conseguir governando o país, deixando para o seu vice, Michel Temer, do PMDB. Com o PMDB presidindo o país, o PT certamente morreria de inanição, pois todos os cargos, todos os ministérios, fundações, autarquias e todos os CCs seriam ocupados por peemedebistas, e o PT ficaria a ver navios.
Seria como controle de pragas: joga no meio infestado um ser com grande capacidade de reprodução, que tome conta e sufoque a praga.
Quem diria que a esperança do Brasil pode estar nas mãos do PMDB...
Até e bom voto!
domingo, setembro 21, 2014
sábado, setembro 06, 2014
domingo, agosto 31, 2014
sábado, agosto 23, 2014
Sábado (ainda lembro os primeiros dias no norte)
Da série "Há 10 anos fui para o norte"...
Cheguei em Toronto numa sexta-feira pela manhã.
O propósito era resolver os (imaginava) pequenos entraves burocráticos no dia da chegada e aproveitar o final de semana para procurar um apartamento para morar. Tudo planejado, nada funcionou como o esperado.
Após fazer o checkin no hostel onde eu ficaria hospedado durante a primeira semana no Canadá, na verdade um dormitório da U of T que era usado como albergue nas férias de verão, deixei minha "mudança" no quarto e fui para o hospital procurar o meu orientador e mentor da minha ida ao Canadá, Noé Zamel, gaúcho radicado em Toronto há quase (na epóca) quarenta anos. Fui direto ao Mont Sinai Hospital e - depois de perguntar a algumas pessoas - o encontrei.
Foi extremamente receptivo, me abraçou disse que após um longa espera (outra história) finalmente eu chegara, e disse que me levaria ao meu cicerone nos primeiros dias no Canadá, outro fellow, de nome Carlos, colombiano. Atravessamos a University Avenue para ir até o Toronto General Hospital, onde ficava o Respiratory Research Lab (onde eu trabalharia) para eu conhecê-lo e poder dar início ao desembaraço das coisas burocráticas. Chegando lá, a notícia. Ele estava de folga, em viagem, e só voltava na segunda-feira: eu não poderia fazer nada antes de depois do final de semana.
O Zamel disse que tudo bem, segunda-feira faríamos o que deveria ser feito.
(antes disso, nada)
Todo o meu plano fora por água abaixo. Às 10h da manhã do dia da chegada me despedi dele e fiquei sem nada a fazer por todo o final de semana.
Fui, no sábado, conhecer um pouco da cidade onde moraria pelos próximos dois anos.
Até.
Até.
quarta-feira, agosto 20, 2014
Há dez anos
O tempo passa.
Exatamente em 20 de agosto de 2004, há uma década, chegava em Toronto para ficar por um período que poderia ser de até três anos, e que acabou sendo de dois. O início não foi simples, longe de todos (já escrevi sobre isso, a sensação de estar sem referências, sozinho, como se invisível).
Mas foi uma fase muito proveitosa, como experiência de vida e - claro - profissionalmente.
Foi o grande impulso profissional.
Fiz amigos que são para sempre, vi que poderia viver em qualquer lugar do mundo, mas gosto de onde estão minhas raízes.
Foi muito bom e importante, e mudou o rumo de muitas coisas.
Em resumo, valeu.
Até.
Exatamente em 20 de agosto de 2004, há uma década, chegava em Toronto para ficar por um período que poderia ser de até três anos, e que acabou sendo de dois. O início não foi simples, longe de todos (já escrevi sobre isso, a sensação de estar sem referências, sozinho, como se invisível).
Mas foi uma fase muito proveitosa, como experiência de vida e - claro - profissionalmente.
Foi o grande impulso profissional.
Fiz amigos que são para sempre, vi que poderia viver em qualquer lugar do mundo, mas gosto de onde estão minhas raízes.
Foi muito bom e importante, e mudou o rumo de muitas coisas.
Em resumo, valeu.
Até.
sábado, agosto 09, 2014
sábado, agosto 02, 2014
sábado, julho 26, 2014
domingo, julho 20, 2014
Aos amigos, com carinho
Sou um espírito primitivo, confesso.
Ainda tenho muito que evoluir
para poder aceitar algumas das inevitabilidades da vida.
A morte, por exemplo.
A ideia da morte ainda me perturba, por ser um desperdício. Quanta história,
quanta experiência, quanta – obviedade - vida se perde quando da morte de
alguém, seja lá quem for. Sei, contudo, que essa inconformidade é como ser
contra a lei da gravidade ou negar a evolução: inútil, infantil até. Paciência.
Pode me chamar de espírito infantil, então.
Essa característica ajuda a
definir quem sou, e é a base de diversas outras características que me definem.
Como acreditar nas pessoas. Como regra, eu acredito nas pessoas, e procuro as
valorizar. Todos – até prova em contrário – merecem meu respeito e
consideração. A sua história pessoal, e a nossa história em comum.
Falo, então dos meus amigos, do
presente e do passado, os que são e os que foram e não são mais. Todos tem sua devida
importância porque fazem parte do que me tornei e do que continuo me tornando. Falo até daqueles de quem eu queria ser amigo (ou mais amigo), mas a vida não permitiu. Falo também daqueles a quem tenho a pretensão de ensinar alguma coisa, me sentindo como um irmão mais velho, apesar de já ter idade para ser pai de muitos, sempre torcendo por eles e querendo ser mais próximo. Muitos são os amigos, claro que uns mais e outros menos. Muitos, mas alguns poucos. Sabem como é, sabem quem são.
E então entra a relação, às vezes
tranquila e outras vezes conflituosa que tenho com o tempo, melhor, com o
passar do tempo. Mais uma batalha inútil que volta e meia travo, como Quixote lutando
com moinhos de vento, ou como quando me sinto empurrado para o corner e fico a me
defender de um inimigo imaginário num improvável luta de boxe. O tempo às vezes
se confunde, e volto no tempo ao ouvir uma música antiga e lembro de pessoas e
chego a pensar que devo voltar – não para refazer caminhos ou mudar o que
passou – mas para reencontrar pessoas e lembrar, recontar histórias, agradecer
por terem sido importantes naquele momento que passou.
Mas o tempo não volta, avança.
E novas referências são criadas,
novas estórias são vividas e contadas (a vida não é muito mais que isso mesmo, estórias
para contar). E os amigos estão aí, e é disso que falo. São eles essa conexão
com o passado e com o futuro.
Eles são a referência.
O norte.
Até.
sábado, julho 12, 2014
sábado, julho 05, 2014
segunda-feira, junho 30, 2014
Diário de Viagem (Final)
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Última parte da viagem, dos Alpes de volta ao Lago di Garda e dali para perto do Aeroporto de Malpensa, de onde saímos ontem às 6h30 para Lisboa e Porto Alegre, chegando em casa no final do domingo.
Em breve, escrevo em detalhes sobre a viagem. Com fotos.
Até.
sábado, junho 28, 2014
Diário de Viagem (4)
A passagem pelos Alpes.
De Ortisei até Cortina d'Ampezzo via Passos Sella, Pordoi e Falzarego.
Parada para almoço em Cortina antes de seguir para Rasun di Sopra, para ficar no Hotel Andreas Hofer, num clima totalmente diferente do inverno...
E adiante...
sexta-feira, junho 27, 2014
domingo, junho 22, 2014
Diário de Viagem (2)
Estamos em Verona.
Depois de San Gimignano, fomos para Firenze, onde ficamos dois dias, tempo suficiente para visitarmos alguns dos pontos turísticos e para a Galeria degli Uffizi.
Firenze, ao fundo a Ponte Vecchio
Ontem pela manhã, saímos de Firenze, fizemos a tradicional vista à Piazza dei Miracoli, em Pisa, e seguimos em direção ao litoral da Ligúria. Em determinado momento, desliguei o GPS e segui pelo caminho que eu imaginava o mais interessante.
Foi uma subida e descida de montanha, longa estrada com curvas muito sinuosas e belas paisagens.
Chegamos em Rapallo ainda com dia claro, a tempo de circular pela orla antes de jantar num dos restaurantes com mesas na rua na avenida em frente à enseada, spaghetti a frutti di mare, música ao vivo, casais com idade média (antes de a Jacque e eu entrarmos na pista) de mais ou menos noventa anos dançando de rosto colado sucessos da música italiana e outros. Foi divertido, como sempre.
Hoje, tentativa de parar em Santa Margherita Ligure e Portofino (sem sucesso) antes de pegar a autoestrada e, em quatro horas, contando com parada para almoço, chegarmos aqui em Verona, ainda com dia claro, a Piazza Brà lotada e muita gente nas ruas no final de domingo. Confirmou minha impressão da última estada aqui (no inverno): é uma cidade com um astral bem legal.
Amanhã, Veneza.
Depois, os Alpes.
Até.
Verona, final de domingo
quinta-feira, junho 19, 2014
sábado, junho 14, 2014
segunda-feira, maio 26, 2014
A Vida
Ah, a vida...
Tem sido - como sempre, queixa frequente - corrida, com as tarefas, prazos e obrigações se avolumando de forma que sempre há a sensação de que falta algo a ser feito ou de que não há tempo suficiente para tudo, trabalho, família, vida pessoal. Não é verdade, claro, as coisas se ajeitam sempre, tudo vai sendo realizado na medida exata de sua necessidade, e seguimos.
Passei por uns dias complicados, muito mais por ansiedade - de novo no corner me esquivando de um inimigo imaginário, na já conhecida metáfora da vida como uma luta de boxe - do que por qualquer outra coisa, mas que dessa vez atrapalhou o meu sono. Nunca havia acontecido antes, me orgulhava de que, seja qual fosse a situação e o lugar, eu dormia muito bem. Passei a dormir tarde e acordar muito mais cedo do que seria necessário, e a sentir os efeitos das poucas horas de sono no resto do meu dia.
Revisei minha rotina, pensei no que poderia atrapalhar meu sono, e decidi tirar o tablet do quarto. Havia pego o (péssimo) hábito de ficar lendo no iPad, na cama, antes de dormir.
Faz uma semana hoje. Voltei a dormir melhor.
O iPad ainda passa um pouco pelo quarto, à noite: é quando a Marina e eu ouvimos música na hora dela dormir. É o nosso ritual quase que diário. Leio um pouco para ela, estamos lendo por esses dias as "Reinações de Narizinho", do Monteiro Lobato. Após a leitura, hora da música.
Começou com a Jacque, há alguns meses, que apresentou para a Marina algumas músicas dos Beatles em ritmo de lullaby. Logo depois, já comigo, instituímos a "Hora Beatle", em que eu apresentava a ela alguns vídeos com as versões originais. Rapidamente, ela pedia as músicas do que queria ouvir. Strawberry Fields Forever, uma das preferidas, entre outras. Até aprendeu a cantar...
Depois, apresentei as músicas do Vitor Ramil para ela, que tem em 'Estrela, Estrela' uma de suas preferidas para a hora de dormir.
É o momento em que - alheio ao mundo lá fora - exercito o meu mais importante papel: o de pai.
Não há nada melhor que isso.
Até.
Tem sido - como sempre, queixa frequente - corrida, com as tarefas, prazos e obrigações se avolumando de forma que sempre há a sensação de que falta algo a ser feito ou de que não há tempo suficiente para tudo, trabalho, família, vida pessoal. Não é verdade, claro, as coisas se ajeitam sempre, tudo vai sendo realizado na medida exata de sua necessidade, e seguimos.
Passei por uns dias complicados, muito mais por ansiedade - de novo no corner me esquivando de um inimigo imaginário, na já conhecida metáfora da vida como uma luta de boxe - do que por qualquer outra coisa, mas que dessa vez atrapalhou o meu sono. Nunca havia acontecido antes, me orgulhava de que, seja qual fosse a situação e o lugar, eu dormia muito bem. Passei a dormir tarde e acordar muito mais cedo do que seria necessário, e a sentir os efeitos das poucas horas de sono no resto do meu dia.
Revisei minha rotina, pensei no que poderia atrapalhar meu sono, e decidi tirar o tablet do quarto. Havia pego o (péssimo) hábito de ficar lendo no iPad, na cama, antes de dormir.
Faz uma semana hoje. Voltei a dormir melhor.
O iPad ainda passa um pouco pelo quarto, à noite: é quando a Marina e eu ouvimos música na hora dela dormir. É o nosso ritual quase que diário. Leio um pouco para ela, estamos lendo por esses dias as "Reinações de Narizinho", do Monteiro Lobato. Após a leitura, hora da música.
Começou com a Jacque, há alguns meses, que apresentou para a Marina algumas músicas dos Beatles em ritmo de lullaby. Logo depois, já comigo, instituímos a "Hora Beatle", em que eu apresentava a ela alguns vídeos com as versões originais. Rapidamente, ela pedia as músicas do que queria ouvir. Strawberry Fields Forever, uma das preferidas, entre outras. Até aprendeu a cantar...
Depois, apresentei as músicas do Vitor Ramil para ela, que tem em 'Estrela, Estrela' uma de suas preferidas para a hora de dormir.
É o momento em que - alheio ao mundo lá fora - exercito o meu mais importante papel: o de pai.
Não há nada melhor que isso.
Até.
sábado, março 29, 2014
terça-feira, março 25, 2014
Continuo sem saber muita coisa
Tempos estranhos, esses.
Já devo ter começado mais de um texto/crônica dessa forma no passado. Quero dizer que ainda me admiro com o mundo, com as coisas (apesar de que "os que se julgam espertos acham que a admiração é um alarmante sintoma de ignorância, e por isso afirmam que só os tolos se admiram..."). Tento - e nem sempre consigo, óbvio - ver o mundo com algum senso de perspectiva. A insignificância da praia perante a grandiosidade do oceano, mais um tema recorrente de antigos escritos.
Ando particularmente impressionado com a necessidade que todos tem de ter opinião sobre qualquer assunto, qualquer fato. Todos viraram especialistas em tudo, e fazem questão de manifestar todas as suas opiniões em público, para que todos ouçam, mesmo que não queiram ou não se interessem em ouvir. As redes sociais são um campo livre para isso, e lá vão as pessoas se posicionar sobre a Criméia, o avião que caiu no Índico, Venezuela, Petrobrás e por aí vai.
Pois é.
O prezador leitor pode perguntar se não é isso o que faço, esse texto sendo um exemplo disso.
Pois é, de novo.
Sim, até o é, mas com um atenuante: eu não estou obrigando ninguém a ler, vem até aqui quem tiver vontade, ou curiosidade. Ao abrir o seu facebook você não dará com a minha opinião em letras garrafais em sua timeline. Pode ser que não faça diferença mesmo.
Pois é, uma vez mais.
O que quero dizer é que não tenho opinião sobre tudo, e cada vez tenho menos certeza das coisas que achava que eu sabia bem. Começo a ter a impressão de que tenho pouco conhecimento (pouca informação sobre os fatos) para ter uma opinião formada. Tudo que sei é que cada vez mais nada sei.
Princípios.
Isso eu tenho.
Acho que basta.
Até.
Já devo ter começado mais de um texto/crônica dessa forma no passado. Quero dizer que ainda me admiro com o mundo, com as coisas (apesar de que "os que se julgam espertos acham que a admiração é um alarmante sintoma de ignorância, e por isso afirmam que só os tolos se admiram..."). Tento - e nem sempre consigo, óbvio - ver o mundo com algum senso de perspectiva. A insignificância da praia perante a grandiosidade do oceano, mais um tema recorrente de antigos escritos.
Ando particularmente impressionado com a necessidade que todos tem de ter opinião sobre qualquer assunto, qualquer fato. Todos viraram especialistas em tudo, e fazem questão de manifestar todas as suas opiniões em público, para que todos ouçam, mesmo que não queiram ou não se interessem em ouvir. As redes sociais são um campo livre para isso, e lá vão as pessoas se posicionar sobre a Criméia, o avião que caiu no Índico, Venezuela, Petrobrás e por aí vai.
Pois é.
O prezador leitor pode perguntar se não é isso o que faço, esse texto sendo um exemplo disso.
Pois é, de novo.
Sim, até o é, mas com um atenuante: eu não estou obrigando ninguém a ler, vem até aqui quem tiver vontade, ou curiosidade. Ao abrir o seu facebook você não dará com a minha opinião em letras garrafais em sua timeline. Pode ser que não faça diferença mesmo.
Pois é, uma vez mais.
O que quero dizer é que não tenho opinião sobre tudo, e cada vez tenho menos certeza das coisas que achava que eu sabia bem. Começo a ter a impressão de que tenho pouco conhecimento (pouca informação sobre os fatos) para ter uma opinião formada. Tudo que sei é que cada vez mais nada sei.
Princípios.
Isso eu tenho.
Acho que basta.
Até.
sábado, março 15, 2014
sábado, março 08, 2014
Sábado (oito de março novamente)
E já são dezenove anos, muito bem vividos...
Bom sábado a todos.
Até.
terça-feira, fevereiro 25, 2014
Ele
O silêncio, que parece ausência.
Ou omissão.
Nada disso: reflexão.
O mundo anda tão complicado. Esse é um tempo de opiniões extremadas, de violência e barbárie, e que vem de todos os lados. Os tiros vem de todos os lados.
O melhor é ficar quieto, pensar, tentar entender o que se passa com o mundo e com as pessoas.
Mas não por muito tempo, não por muito tempo.
Até.
sábado, fevereiro 01, 2014
Sábado (e é verão)
Uma foto antiga enquanto fico aqui protegido do calor extremo no ar condicionado...
Bom sábado a todos.
Até.
domingo, janeiro 26, 2014
Um domingo
Assim é o tempo.
Vai passando, e passa muito rápido quando olhamos para trás, quando pensamos no que foi e no que aconteceu. Ou, melhor, em quem fomos e no que fizemos até aqui.
Pensei nisso ontem à noite ao assistir o filme 'Somos Tão Jovens', que conta a história do Renato Russo e do início da Legião Urbana. Parênteses. Houve um tempo em que parei de ouvir Legião. Como se - em algum momento - houvesse ficado "saturado" e precisasse dar um tempo, pegar outros ares. Isso faz alguns anos. Vinha já em processo de reaproximação, de reconhecimento, quase como fazendo as pazes (comigo mesmo?). Fecha parênteses.
O título, 'Somos Tão Jovens', inspirada na e referência à música 'Tempo Perdido', remeteu-me a outra, 'Sapatos em Copacabana', do Vitor Ramil, ambas mais ou menos da mesma época (final dos anos oitenta) e que diz "Sei que não tenho idade / Sei que não tenho nome / Só minha juventude / O que não é nada mal". A mensagem das duas músicas, aliás. a forma que eu interpretava as duas e as tornava - podemos dizer - minhas, fez com que fossem marcantes. Partes da minha própria trilha sonora.
Lembrei, então, do longo caminho percorrido e de que já não sou tão jovem.
Antes de dormir, passei no quarto da Marina, e a olhei dormindo, profunda e tranquilamente.
Não foi tempo perdido.
Até.
quarta-feira, janeiro 08, 2014
Diário de Viagem
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Estamos voltando para o Brasil amanhã à noite. E estamos bem, óbvio.
Depois dos primeiros dias em Orlando, visitando alguns dos parques, viemos para NY para passar Natal e o Ano Novo. Foram dias tranquilos de passeios e família.
As duas winter storms que passaram por aqui não nos atingiram. Nem Hércules, e muito menos Ion, conseguiram atrapalhar nossos planos. Claro que a primeira grande onda de frio, na semana passada, nos fez alterar um pouco os nossos planos: sairíamos de NY no dia 02, quinta-feira passada, e iríamos em dois dias até Stowe, em Vermont, onde havíamos reservado um final de semana "na neve". Com a chegada de Hércules, decidimos ficar de molho na quinta e na sexta e viajar no sábado, direto, os cerca de 550km até lá (quase na fronteira com o Canadá, a 200km de Montreal).
Foi uma viagem tranquila. Longa, mas tranquila, com céu azul e a estrada seca e neve até o acostamento. Chegamos lá sábado à noite. O hotel, o Green Mountain Inn, é de 1833.
O domingo, então, foi dia de one horse open sleigh...
Até.
sábado, janeiro 04, 2014
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