Ao abrir os olhos, hoje cedo, ao acordar após uma noite de sonhos estranhos, vários, entre eles um sobre uma discussão entre colegas de trabalho sobre casos de coronavírus, e também um café numa improvável Porto Alegre em que cafés são escondidos em segundos andares de velhos casebres, um pensamento foi inevitável.
É domingo. De novo.
Como foi ontem e como será amanhã.
Pausa para um suspiro de resignação, afinal nesse momento não há nada que se possa fazer quanto a isso, a não ser viver num recorrente domingo. Dizem que as coisas na vida se dividem em dois tipos: as que podemos mudar e as que não podemos mudar. Para as primeiras, todo nosso esforço. Para as outras, paciência. Resignação.
É justamente o que vivemos agora, e temos que ter resiliência, sabemos todos. E vamos levando.
Não tenho ido ao consultório todos os dias. Mas a minha agenda permanece aberta para quem quiser marcar consultas. Quando preciso, estou lá. Acontece que boa parcela dos pacientes está apreensiva em sair de casa e ir consultar. Em hospital, nem pensar. É um efeito colateral do momento, mas sabemos que outras doenças continuam ocorrendo, e que precisam de cuidado. Por isso, muitos atendimentos online, que posso fazer de casa. Orientações, renovação de receitas.
Seguimos. Isolados, distantes, a postos.
E torcendo que a tempestade não seja tão violenta...
Até.
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