A Viagem, oitavo dia.
Quem conhece Porto Alegre sabe que um dos programas do domingo de manhã na cidade é o Brique da Redenção, uma feira realizada junto ao Parque Farroupilha (Redenção), no bairro Bom Fim, onde expositores vendem artesanato, antiguidades, artes plásticas e alimentos. Ocorre desde 1978 (surgiu com o nome de Mercado de Pulgas) e é declarada desde 1983 patrimônio cultural do Rio Grande do Sul.
Pois bem, reforçando as similaridades entre Porto Alegre e Montevideo, decidimos ir – no domingo de manhã, que havia amanhecido mais uma vez com sol – conhecer a Feira de Tristán Narvaja, que classificamos como um ‘Grande Brique da Redenção’, por sua muito maior extensão. O que não sabíamos, e fomos aprender depois, em mais uma amostra de que viajar aumento a cultura geral de que se dispõe a tal, que o Brique, de Porto Alegre, tem sua criação inspirada justamente pela feira de Montevideo.
Estacionamos o carro em uma avenida próxima à Feira (para variar fiquei algo paranoico com relação a isso, mas não deixei transparecer...) e fomos visitá-la. É extensa, com barracas de expositores dos dois lados na rua, e uma multidão (e máscaras, claro) circulando por entre elas. Vende-se de tudo, desde artesanato e obras de arte até produtos de higiene pessoal e artigos que encontraríamos em supermercados. Muitas bancas de livros usados, além de livrarias, como a Babilonia, cafés e restaurantes na rua.
Feira de Tristán Narvaja
Um clima muito agradável, de vida pulsando, como se nunca tivesse ocorrido uma pandemia, apenas as máscaras nos lembrando disso. O nosso grupo de seis, com diferentes ritmos de caminhada (eu, como sempre, caminhando mais rápido que os outros, e parando para esperá-los de tempos em tempos), visitamos a feira de uma ponta à outra, além de visitar expositores (de livros, especialmente) em ruas transversais. A Roberta atrás de comprar um Galeano no idioma original, e eu olhando livros de ficção, como ‘Economia Marxista’...
Ficção
Após ela conseguir o que queria, e eu obviamente não comprar nada daquele tipo de literatura, tivemos que parar para os que precisavam usar o banheiro, e optamos por um café / bar / restarante em frente à feira. Localizado em um sobrado antigo, com decoração vintage, o El Imperio foi o escolhido. Dentro, uma escada íngreme nos levou ao terraço onde uma parrilla era acesa e a mesas já estavam quase todas ocupadas. Conseguimos uma e tomamos um café, apenas. Que demorou para vir para a mesa, por sinal. Em problemas, estávamos de férias mesmo...
Saímos dali, caminhamos mais um pouco, e decidimos encontrar um local para – aí sim – almoçar ainda na região da feira. Ficamos no El Reganche, aprazível bar e restaurante. Comida boa, preço justo. Mais uma ótima refeição.
El Renganche
Voltamos ao carro e fomos em direção ao Parque Rodó, mas chegamos lá com céu bem nublado e alguma chuva começando. Mesmo assim, passeamos um pouco, circulando um lago. Novamente no carro, fomos tomar um café no Mercado Agrícola. Como chovia, deixamos a Jacque, a Karina e a Marina no Montevideo Shopping e voltamos (os restantes) para o hotel, pois o Gabriel tinha que trabalhar e eu queria descansar.
Parque Rodó
À noite, nossa janta de despedida de Montevideo foi numa pizzaria, a Don Ciccio, que a Jacque havia ‘descoberto’ no Trip Advisor, como a melhor de Montevideo. Quando chegamos em frente, ainda antes das 19h30, o lugar estava deserto, e houve um momento de hesitação, principalmente do Gabriel, que achou que talvez não fosse boa. Nem pensar, disse eu, vamos aqui. Azar.
A dica da Jacque estava certa.
Entramos na pizzaria cinco minutos antes da abertura oficial, e foi a melhor pizza que comemos em muito tempo. Gravamos vídeos de todos avaliando a viagem até aquele momento, e nos divertimos mais uma vez.
Don Ciccio Pizzaria
No dia seguinte, deixaríamos Montevideo e iríamos para Colônia del Sacramento. Estávamos indo para os últimos dias de viagem...
Até.
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