Volto ao tema da percepção que as pessoas têm de mim.
Apesar de ser um tema recorrente meu, não o é a ponto de ser uma preocupação constante, evidentemente, porque isso – se fosse real – me faria ‘travar’ nas relações cotidianas. Mas, sim, é algo em que volta e meia eu penso e paro para refletir.
Mesmo procurando ser e sendo ‘eu mesmo’ em todos os ambientes por onde circulo, é óbvio que as relações são diferentes e pessoas em diferentes ambientes de convívio me veem de maneiras diferentes. E certamente é por isso que a maioria parte das pessoas têm um instantâneo nosso, um recorte de quem somos que é adequado para a situação e lugar quando e onde convivem conosco.
Lembrei disso após o almoço de ontem em nossa tradicional ‘mesa reservada’ no restaurante Vila Olímpica, junto ao Centro Esportivo da PUCRS e ao lado do Centro Clínico da PUCRS. Já falei dela, de que temos um grupo mais ou menos fixo, de colegas médicos, alguns que já foram meus professores, de idades variadas em que boa parte das vezes sou o mais novo, e almoçamos juntos ao menos duas vezes por semana.
Almoçávamos, então, e conversávamos assuntos diversos, normalmente amenidades e bobagens, o que torna o clima sempre leve e divertido. Em meio à conversa, fiz um ou dois comentários em tom sério, grave, mas de absolutas inverdades. Rimos todos, e alguém falou que “quem lê o que ele escreve pensa que é alguém tímido, circunspecto, mas não é nada disso...’
Olha só, eu sou tímido, mas também não sou.
E extrovertido.
E mal-humorado e resmungão.
E simpático, querido e prestativo.
Chato, muitas vezes.
Sou legião. Muitos.
Até.
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