Acontece em temporadas.
Começou há algum tempo, não posso precisar quando, mas houve um momento em que percebi que – à medida que se aproximava um show nosso de final de temporada da School of Rock Benjamin POA – as semanas anteriores à apresentação, quando já estávamos praticamente prontos, faltando poucos ajustes e ensaios, eu era tomado por uma crescente ansiedade antecipatória, mas não no sentido de tensão, mas de felicidade mesmo. E essa alegria na expectativa do que aconteceria tinha o seu ápice no momento do show, entre os amigos, novos e mesmo os antigos.
Quando me tornei sócio, e passei para o “outro lado do balcão”, ou seja, no lado da organização, sabendo das dificuldades potenciais e reais envolvidas no processo, mesmo não sendo a pessoa que está completamente mergulhada na organização (esse é o incansável Thiago), temi que houvesse a perda daquele encanto antecipatório. Que fosse ficar feliz pelos nossos alunos, naturalmente, mas que eu deixasse de me sentir como no início, com a empolgação genuína de quando eu era apenas pai de aluna, primeiramente, e depois aluno (que continuo sendo).
Estava errado.
Hoje cedo, enquanto me deslocava para iniciar o longo dia de trabalho no consultório, dirigia e ouvia e cantava o repertório do show de domingo no Opinião, as músicas que vamos tocar. E percebi que aquele sentimento de felicidade pelo que está por acontecer, de que vamos fazer um baita show, que estaremos num palco lendário como o do Opinião, que vamos – acima de tudo – mostrar o resultado de um processo que foi muito legal de participar, continua exatamente como era antes, como se fosse a primeira vez.
E que estou no caminho certo daquilo que quero fazer e viver.
Até.
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