Eu sempre digo que quero envelhecer (e, sim, e virar um ranzinza, mas isso é outra história), até porque ninguém até hoje conseguiu me convencer que a outra opção é melhor. Porque só existem duas opções: ficar velho ou não. Mesmo com todas as dificuldades físicas e emocionais envolvidas com o envelhecer, ainda é a única opção que considero.
Mas não quero envelhecer antes do tempo.
Não quero, na verdade, me sentir velho, acabado. Nunca. Quero viver cada momento, cada idade, cada fase, de maneira intensa, plena. Cronologicamente, tudo bem, mas em espírito não. Por mais que eu diga com alguma frequência que ‘sou um velho”, eu não me sinto assim. E sigo fazendo planos e projetos e inventando coisas como se eu tivesse todo o tempo do mundo.
Se eu começar a falar apenas em doenças e remédios e vitaminas e que não posso jantar nem comer churrascos, que não encontro mais os amigos, que não saio mais, que não me divirto com a convivência com as pessoas, se eu começar a apenas compartilhar notícias ruins, por favor me abandonem, me deixem sozinho. Porque, nesse caso, eu morri e não fiquei sabendo.
Ou tenho que ser sacrificado.
Até.
Nenhum comentário:
Postar um comentário