Todos os anos, no Brasil, ocorrem alguns casos de febre amarela silvestre.
Todos, afinal é uma doença endêmica em certas regiões.
Esse ano, a imprensa divulga uma possível epidemia.
E que é importante a vacinação (o que realmente é verdade, para quem vai para áreas endêmicas, e uma vez a cada dez anos).
De novo: A VACINA DEVE SER FEITA UMA VEZ A CADA DEZ ANOS.
O que aconteceu?
Histeria coletiva.
Pessoas se vacinando mais de uma vez, longas filas. Teve até um cidadão que se vacinou três vezes em três dias!
O resultado?
Tem mais gente internada por superdosagem da vacina do que com suspeita de febre amarela.
Então, atenção:
SÓ DEVE SE VACINAR QUEM VAI VIAJAR PARA ÁREAS ENDÊMICAS.
A CADA DEZ ANOS.
Até.
Crônicas e depoimentos sobre a vida em geral. Antes o exílio; depois, a espera. Agora, o encantamento. A vida, afinal de contas, não é muito mais do que estórias para contar.
quinta-feira, janeiro 31, 2008
quarta-feira, janeiro 30, 2008
Sobre televisão
Premissa número um:
Eu não vejo Big Brother. Ponto final, sem deixar margens para "estava passando na frente da tevê e vi um pedaço" ou "vejo para acompanhar". Não, nada, zero. Saio da sala para não assistir.
Acho um programa de mau gosto, chato, em resumo: idiota.
É isso.
Quero deixar bem claro que não me sinto "superior" ou "culto", e por isso não posso ver. Nada disso. Apenas não gosto e não tolero.
Até aí, tudo bem.
Ontem, contudo, estava a Jacque assistindo ao programa esse que não gosto e não vejo e eu trabalhando (e jogando) no computador, na sala ao lado. Até que terminei o que fazia e fui para o quarto, onde há outra televisão e a liguei, já que não tinha vontade de ler antes de dormir.
Passei por um canal e outro e - sem querer - caí no programa da Luciana Gimenez. Isso mesmo! E pior, estava mostrando um quadro tipo teste de fidelidade, mas tinha uma detetive (de quinta categoria) e mostravam um homem de meia idade que era seguido e filmado, primeiro no aeroporto esperando alguém, depois seguido de carro até a casa da mulher que ele esperara no aeroporto, tudo isso a pedido da namorada vinte anos mais nova. Isso tudo acompanhado pelos comentários da detetive, da apresentadora e de seus convidados (que não tenho a menor idéia de quem eram).
Enquanto se passava a gravação, os participantes comentavam o que poderia estar se passando. Para se ter uma idéia do nível, os comentários da Luciana Gimenez eram os mais adequados e ponderados.
Em resumo, abjeto, grosseiro e de péssimo gosto.
Só que eu não conseguia parar de assistir, a espera do desfecho da história.
Então entendi um pouco (bem pouco, confesso) o que as pessoas vêem num programa tipo Big Brother, e porque não param de assitir.
E que em termos de televisão, ninguém é inocente.
Até.
Eu não vejo Big Brother. Ponto final, sem deixar margens para "estava passando na frente da tevê e vi um pedaço" ou "vejo para acompanhar". Não, nada, zero. Saio da sala para não assistir.
Acho um programa de mau gosto, chato, em resumo: idiota.
É isso.
Quero deixar bem claro que não me sinto "superior" ou "culto", e por isso não posso ver. Nada disso. Apenas não gosto e não tolero.
Até aí, tudo bem.
Ontem, contudo, estava a Jacque assistindo ao programa esse que não gosto e não vejo e eu trabalhando (e jogando) no computador, na sala ao lado. Até que terminei o que fazia e fui para o quarto, onde há outra televisão e a liguei, já que não tinha vontade de ler antes de dormir.
Passei por um canal e outro e - sem querer - caí no programa da Luciana Gimenez. Isso mesmo! E pior, estava mostrando um quadro tipo teste de fidelidade, mas tinha uma detetive (de quinta categoria) e mostravam um homem de meia idade que era seguido e filmado, primeiro no aeroporto esperando alguém, depois seguido de carro até a casa da mulher que ele esperara no aeroporto, tudo isso a pedido da namorada vinte anos mais nova. Isso tudo acompanhado pelos comentários da detetive, da apresentadora e de seus convidados (que não tenho a menor idéia de quem eram).
Enquanto se passava a gravação, os participantes comentavam o que poderia estar se passando. Para se ter uma idéia do nível, os comentários da Luciana Gimenez eram os mais adequados e ponderados.
Em resumo, abjeto, grosseiro e de péssimo gosto.
Só que eu não conseguia parar de assistir, a espera do desfecho da história.
Então entendi um pouco (bem pouco, confesso) o que as pessoas vêem num programa tipo Big Brother, e porque não param de assitir.
E que em termos de televisão, ninguém é inocente.
Até.
terça-feira, janeiro 29, 2008
Conexão Paris
"Você é convidado para jantar na casa de amigos franceses. Esqueça os hábitos brasileiros e chegue com 15 minutos de atraso, nem um a mais. Não chegue na hora porque assim você proporciona à dona de casa 15 minutos suplementares para os últimos preparativos. Mas se por alguma razão ultrapassar estes 15 minutos de politesse e for chegar com mais de 20 minutos de atraso, limite máximo que ultrapassado você cai na falta de educação, telefone. Explique seu problema, diga que vai chegar tal hora e insista para que a dona da casa sirva o jantar. Respeitando os convidados pontuais ela servirá o jantar sem você..."
Quer saber mais sobre como se comportar num jantar na casa de seus amigos franceses e MUITO MAIS sobre Paris e a vida na França? Visite o Conexão Paris, ótimo blog da Maria Lina.
O blog eu visito todos os dias. Paris, com uma freqüencia um pouco menor...
Vai lá, vai.
Até.
Quer saber mais sobre como se comportar num jantar na casa de seus amigos franceses e MUITO MAIS sobre Paris e a vida na França? Visite o Conexão Paris, ótimo blog da Maria Lina.
O blog eu visito todos os dias. Paris, com uma freqüencia um pouco menor...
Vai lá, vai.
Até.
segunda-feira, janeiro 28, 2008
Censura e ciência
"Num país em que organizações não-governamentais destroem campos experimentais impunemente e em que laboratórios científicos são queimados criminosamente, a emergência de oposição fanática e organizada à neurobiologia comportamental no país é um processo muito sério e potencialmente catastrófico para a ciência, para os cientistas e para o povo brasileiro. Melhor seria, para todos nós, se abríssemos nossas cabeças para novos conhecimentos e aprendêssemos a celebrar com orgulho os feitos dos cientistas brasileiros, enquanto realizados na sua própria terra."
Homero Dewes, Professor do Instituto de Biociências, UFRGS, em artigo publicado no jornal Zero Hora de 26/01/2007
Isso é sobre a polêmica a respeito de um projeto de pesquisa que - entre outros itens - pretende estudar a atividade neurológica, através de tomografia computadorizada e/ou ressonância nuclear magnética, de jovens infratores da FASE (antiga FEBEM).
A polêmica pode ser entendida melhor lendo-se aqui, aqui e aqui.
O que eu penso?
Sou um cientista. Contra, portanto, o obscurantismo.
Até.
Homero Dewes, Professor do Instituto de Biociências, UFRGS, em artigo publicado no jornal Zero Hora de 26/01/2007
Isso é sobre a polêmica a respeito de um projeto de pesquisa que - entre outros itens - pretende estudar a atividade neurológica, através de tomografia computadorizada e/ou ressonância nuclear magnética, de jovens infratores da FASE (antiga FEBEM).
A polêmica pode ser entendida melhor lendo-se aqui, aqui e aqui.
O que eu penso?
Sou um cientista. Contra, portanto, o obscurantismo.
Até.
domingo, janeiro 27, 2008
A Sopa 07/25
A Viagem (10)
Aosta, Valle D’Aosta, Itália.
Após atravessar os Alpes pela passagem de Gran San Bernardo, chegamos já noite em Aosta e meio sem querer encontramos o confortável hotel do cavalo branco (Hotel du Cheval Blanc). Fizemos o checkin, cada casal foi para o seu quarto, e combinamos de nos encontrar em quarenta minutos para sairmos para jantar.
Na hora combinada, saímos de carro para procurar um restaurante. Como lembrança da única vez que havíamos estado – a Jacque e eu - lá, cinco anos e meio antes, sabíamos que no centro antigo, ao menos na rua principal, que começa na Piazza Arco D’Augusto e vai até a Porta Pretória. Com essa idéia em mente, fomos procurar um restaurante fora do centro antigo.
Fracasso.
Com o Paulo dirigindo, então, entramos de carro no centro antigo em busca de um restaurante aberto. Como deve ser de conhecimento de quem vai circular de carro pela Europa, e pela Itália em particular, as ruas podem ser tão estreitas que mal passe um carro comum, imaginem uma van para nove pessoas (que era o tamanho do nosso “carrinho”). Todos sabíamos disso, mas mesmo assim fomos. Confesso que, lembrança de experiências anteriores, fiquei muito tenso com a situação. Mesmo. Sério, de verdade. Mas não houve problema.
Achamos, então, em uma rua “meio escondida”, uma pizzaria onde entramos. Nosso medo é que ficasse tarde e não encontrássemos nada aberto. Bem simpática, conseguimos uma mesa e pedimos pizza, uma pizza para cada um, como de costume na Itália, e tomamos chope. Novamente, a hora da janta é para lembrar os acontecimentos do dia e rir. Mas o melhor ainda estava por vir.
Após comermos, enquanto conversávamos, veio o garçom para saber se queríamos sobremesa. Não estava prestando atenção ao fato, mas, de repente, do nada, a Karina disse para ele que éramos brasileiros. Ele sorriu meio amarelo e perguntou da sobremesa novamente. Eu, que não entendera nada do que estava ocorrendo, fiquei pensando por que exatamente ela resolvera dizer isso a ele, assim, sem mais nem menos.
Percebi, então, que ela baixou a cabeça e começou a rir da situação. Foi o garçom sair e ela nos contou que quando ele disse se queríamos um “dulce”, ela “entendeu” que ele estava perguntando se falávamos “deutsche”, alemão, e por isso disse que éramos brasileiros. Foi o que bastou para todos rirmos e passarmos alguns dias lembrando da história: volta e meia, alguém (no maior parte das vezes, eu) perguntava “Karina que dia é hoje?” (ou qualquer pergunta nada a ver) e respondia “Brasil!”. Situação parecida com a que o Pedro passou em Montreal, no Canadá, quando numa loja perguntaram para ele “What time is it?” e ele respondeu “Pedro”...
Após a janta e as risadas, fomos caminhar pela noite de Aosta. Com o centro antigo já meio vazio, paramos em uma sorveteria para um sorvete antes de voltar ao hotel. Eu, que metido e com o meu italiano fajuto era que ia à frente “conversar” com os locais, perguntei algo para o dono, que olhou para a única funcionário e disse que ela deveria nos atender. Foi quando ela nos contou que era brasileira, de São Paulo, e casada com o dono.
Estava há três meses em Aosta com ele. Haviam se conhecido em Porto Seguro, onde passavam férias, e decidiram casar. Trabalhavam na sorveteria da qual ele era o dono e tinham o seguinte esquema de trabalho: a sorveteria ficava aberta ininterruptamente durante sete meses do ano, e fechada nos outros cinco, quando viajavam de férias. Sete meses, de domingo a domingo, do meio-dia às onze da noite, e depois férias.
Foi uma conversa interessante, e nos deram uma dica de lugar que valia à pena visitar: Cervinia, estação de esqui no Monte Cervino, ou Matterhorn, montanha que separa a Itália da Suíça.
Foi pra onde fomos no dia seguinte.
Até.
Aosta, Valle D’Aosta, Itália.
Após atravessar os Alpes pela passagem de Gran San Bernardo, chegamos já noite em Aosta e meio sem querer encontramos o confortável hotel do cavalo branco (Hotel du Cheval Blanc). Fizemos o checkin, cada casal foi para o seu quarto, e combinamos de nos encontrar em quarenta minutos para sairmos para jantar.
Na hora combinada, saímos de carro para procurar um restaurante. Como lembrança da única vez que havíamos estado – a Jacque e eu - lá, cinco anos e meio antes, sabíamos que no centro antigo, ao menos na rua principal, que começa na Piazza Arco D’Augusto e vai até a Porta Pretória. Com essa idéia em mente, fomos procurar um restaurante fora do centro antigo.
Fracasso.
Com o Paulo dirigindo, então, entramos de carro no centro antigo em busca de um restaurante aberto. Como deve ser de conhecimento de quem vai circular de carro pela Europa, e pela Itália em particular, as ruas podem ser tão estreitas que mal passe um carro comum, imaginem uma van para nove pessoas (que era o tamanho do nosso “carrinho”). Todos sabíamos disso, mas mesmo assim fomos. Confesso que, lembrança de experiências anteriores, fiquei muito tenso com a situação. Mesmo. Sério, de verdade. Mas não houve problema.
Achamos, então, em uma rua “meio escondida”, uma pizzaria onde entramos. Nosso medo é que ficasse tarde e não encontrássemos nada aberto. Bem simpática, conseguimos uma mesa e pedimos pizza, uma pizza para cada um, como de costume na Itália, e tomamos chope. Novamente, a hora da janta é para lembrar os acontecimentos do dia e rir. Mas o melhor ainda estava por vir.
Após comermos, enquanto conversávamos, veio o garçom para saber se queríamos sobremesa. Não estava prestando atenção ao fato, mas, de repente, do nada, a Karina disse para ele que éramos brasileiros. Ele sorriu meio amarelo e perguntou da sobremesa novamente. Eu, que não entendera nada do que estava ocorrendo, fiquei pensando por que exatamente ela resolvera dizer isso a ele, assim, sem mais nem menos.
Percebi, então, que ela baixou a cabeça e começou a rir da situação. Foi o garçom sair e ela nos contou que quando ele disse se queríamos um “dulce”, ela “entendeu” que ele estava perguntando se falávamos “deutsche”, alemão, e por isso disse que éramos brasileiros. Foi o que bastou para todos rirmos e passarmos alguns dias lembrando da história: volta e meia, alguém (no maior parte das vezes, eu) perguntava “Karina que dia é hoje?” (ou qualquer pergunta nada a ver) e respondia “Brasil!”. Situação parecida com a que o Pedro passou em Montreal, no Canadá, quando numa loja perguntaram para ele “What time is it?” e ele respondeu “Pedro”...
Após a janta e as risadas, fomos caminhar pela noite de Aosta. Com o centro antigo já meio vazio, paramos em uma sorveteria para um sorvete antes de voltar ao hotel. Eu, que metido e com o meu italiano fajuto era que ia à frente “conversar” com os locais, perguntei algo para o dono, que olhou para a única funcionário e disse que ela deveria nos atender. Foi quando ela nos contou que era brasileira, de São Paulo, e casada com o dono.
Estava há três meses em Aosta com ele. Haviam se conhecido em Porto Seguro, onde passavam férias, e decidiram casar. Trabalhavam na sorveteria da qual ele era o dono e tinham o seguinte esquema de trabalho: a sorveteria ficava aberta ininterruptamente durante sete meses do ano, e fechada nos outros cinco, quando viajavam de férias. Sete meses, de domingo a domingo, do meio-dia às onze da noite, e depois férias.
Foi uma conversa interessante, e nos deram uma dica de lugar que valia à pena visitar: Cervinia, estação de esqui no Monte Cervino, ou Matterhorn, montanha que separa a Itália da Suíça.
Foi pra onde fomos no dia seguinte.
Até.
sábado, janeiro 26, 2008
sexta-feira, janeiro 25, 2008
Memória
Recebi por e-mail e achei interessante:
In Memoriam
É uma questão de caráter histórico, o fato de o Comandante Supremo das Forças Aliadas, General Dwight Eisenhower, ao se deparar com as vítimas dos campos de extermínio, ordenasse que fossem tiradas todas as fotos possíveis, e que o povo Alemão, das aldeias circunvizinhas, fosse conduzido através destes campos, e muitos cidadãos Alemães fossem compelidos até mesmo a enterrar os mortos.
Ele assim procedeu, suas palavras foram breves e enfáticas: "Registrem tudo isto agora, obtenham os filmes, encontrem as testemunhas, pois em algum lugar, através dos anais da história, algum desalmado levantará a voz e dirá que isto nunca aconteceu. Tudo o que é necessário para que o mal triunfe é a omissão dos homens de boa índole."
(Edmund Burke)
RELEMBRANDO FATO RECENTE
O Reino Unido retirou o Holocausto de seu currículo escolar porque 'ofendia' a população Muçulmana, que afirma que tal fato nunca ocorreu. Este é um terrível mau agouro do temor que se apossa do mundo, e da forma submissa pela qual cada país o acata. Já faz mais de 60 anos que a Segunda Guerra Mundial acabou na Europa. Este e-mail está sendo enviado como uma corrente memorial, em homenagem póstuma a 6 milhões de judeus, 20 milhões de Russos, 10 milhões de Cristãos e 1900 padres Católicos, que foram assassinados, massacrados, chacinados, queimados, submetidos à fome e à humilhação, enquanto o povo da Alemanha e da Rússia ignorava tal hecatombe! Hoje, mais do que nunca, enquanto o Irã, entre outros, afirma que o Holocausto é 'um mito', torna-se imperativo certificarmo-nos de que o mundo nunca se esqueça desta passagem dolorosa.
É para pensar, e talvez se preocupar.
Até.
In Memoriam
É uma questão de caráter histórico, o fato de o Comandante Supremo das Forças Aliadas, General Dwight Eisenhower, ao se deparar com as vítimas dos campos de extermínio, ordenasse que fossem tiradas todas as fotos possíveis, e que o povo Alemão, das aldeias circunvizinhas, fosse conduzido através destes campos, e muitos cidadãos Alemães fossem compelidos até mesmo a enterrar os mortos.
Ele assim procedeu, suas palavras foram breves e enfáticas: "Registrem tudo isto agora, obtenham os filmes, encontrem as testemunhas, pois em algum lugar, através dos anais da história, algum desalmado levantará a voz e dirá que isto nunca aconteceu. Tudo o que é necessário para que o mal triunfe é a omissão dos homens de boa índole."
(Edmund Burke)
RELEMBRANDO FATO RECENTE
O Reino Unido retirou o Holocausto de seu currículo escolar porque 'ofendia' a população Muçulmana, que afirma que tal fato nunca ocorreu. Este é um terrível mau agouro do temor que se apossa do mundo, e da forma submissa pela qual cada país o acata. Já faz mais de 60 anos que a Segunda Guerra Mundial acabou na Europa. Este e-mail está sendo enviado como uma corrente memorial, em homenagem póstuma a 6 milhões de judeus, 20 milhões de Russos, 10 milhões de Cristãos e 1900 padres Católicos, que foram assassinados, massacrados, chacinados, queimados, submetidos à fome e à humilhação, enquanto o povo da Alemanha e da Rússia ignorava tal hecatombe! Hoje, mais do que nunca, enquanto o Irã, entre outros, afirma que o Holocausto é 'um mito', torna-se imperativo certificarmo-nos de que o mundo nunca se esqueça desta passagem dolorosa.
É para pensar, e talvez se preocupar.
Até.
quarta-feira, janeiro 23, 2008
Tendo a lua
Ainda sobre o andar mais leve, ontem à noite parei para olhar o céu.
A noite estrelada e a lua que brilhava me fez lembrar da música:
"Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias, gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim
O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu..."
Leveza e poesia, o que busco.
Até.
A noite estrelada e a lua que brilhava me fez lembrar da música:
"Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias, gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim
O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu..."
Leveza e poesia, o que busco.
Até.
terça-feira, janeiro 22, 2008
Resoluto, sigo
Dois mil e oito avança a passos largos e um mundo de coisas acontece à minha volta. Dou de ombros e - alheio ao movimento - penso cá com os meus botões e concluo que o momento é adequado para reduzir o peso daquilo que guardo.
O navio não está afundando nem é o balão que não consegue voar alto.
Sou eu que preciso estar mais leve.
A vida é melhor quando não carregamos o mundo nas costas.
Até.
O navio não está afundando nem é o balão que não consegue voar alto.
Sou eu que preciso estar mais leve.
A vida é melhor quando não carregamos o mundo nas costas.
Até.
segunda-feira, janeiro 21, 2008
Blue Monday
Segundo um pesquisador da Universidade de Cardiff, a terceira segunda-feira do mês de janeiro é o dia mais deprimente do ano (The Most Depressing Day of the Year). Baseado numa fórmula que inclui o clima (o que não vale para nós do sul do mundo), as contas do natal ainda sendo pagas, as resoluções de ano novo que furaram, ele conclui que hoje é o dia em que se chega ao fundo poço.
Mas pode não ser bem assim.
É o que diz a reportagem da Time.
De qualquer forma, amigos do norte, tomem cuidado com o dia de hoje.
Eu, para evitar qualquer risco, vou jogar o futebol todas as segundas-feiras e depois vou arrematar com uma cervejinha para não me deprimir...
Até.
Mas pode não ser bem assim.
É o que diz a reportagem da Time.
De qualquer forma, amigos do norte, tomem cuidado com o dia de hoje.
Eu, para evitar qualquer risco, vou jogar o futebol todas as segundas-feiras e depois vou arrematar com uma cervejinha para não me deprimir...
Até.
domingo, janeiro 20, 2008
A Sopa 07/24
A Viagem (9)
Volto a contar a viagem de outubro passado.
No último episódio, estávamos em Chamonix, nos Alpes Franceses, ao pé do Mont Blanc, no final da tarde de um domingo que começara nublado e agora tinha céu azul e sol. Frustrados pela impossibilidade de subir na maior montanha da Europa (chegáramos no local minutos após o horário da última subida), paráramos em uma creperia para um lanche antes de seguir adiante em nosso roteiro.
Os destinos principais de nossa viagem, como já contei, eram Paris, a Provence e a Côte D’Azur. Como a distância entre a primeira e as outras duas não é pequena, planejamos aproveitar o caminho na ida para o sul da França para dar uma pequena amostra dos Alpes e a arredores para quem não conhecia, basicamente o Pedro e a Zeca, que estavam indo à Europa pela primeira vez. Foi assim que escolhemos Annecy como primeira parada (só a Jacque e eu estivéramos lá) e – a seguir – Chamonix (que a Karina e o Paulo também conheciam). A partir de Chamonix, pensamos em atravessar para a Itália – quem resiste? – e visitar Aosta, para então seguir - pela Itália mesmo – até o litoral.
Aosta, cidade de pouco mais do que trinta mil habitantes, é a capital do Valle D’Aosta, região autônoma no noroeste da Itália, e que faz fronteira com a França e com a Suíça. Estivéramos lá – a Jacque e eu – em fevereiro de 2002, vindos de Turim e a caminho justamente de Annecy, numa viagem que chamamos de ‘Alpes e Lagos’, pois naquela vez circulamos, depois de sairmos de Paris, entre estações de esqui e lagos, até Viena, o que é outra e velha história. De qualquer modo, conhecêramos Aosta no inverno, com neve, e agora era outono e certamente seria outra cidade.
Para chegar em Aosta saindo-se de Chamonix, a opção mais óbvia, por simples e rápida, é através do túnel do Mont Blanc, um túnel de 11,6km que liga Chamonix a Courmayer, na Itália. Foi ali que, em março 1999, morreram 36 pessoas quando um caminhão com margarina e farinha pegou fogo no interior, causando um incêndio que queimou por 56 horas e atingiu temperaturas acima de 1000ºC. Por essa razão, o túnel ficou fechado em reformas por mais de três anos. Meses depois, ainda em 1999, quando viajamos com os Perdidos na Espace pela Europa e passamos por outros túneis, a orientação (de humor negro) que dávamos para os passageiros da van era para observarem a temperatura que marcava no painel do carro: se subisse de 50°C, era hora de correr a cada um por si (que bobagem...).
Mas não foi por nenhuma razão ligada a isso que optamos por não fazer a travessia pelo túnel e usar uma passagem de montanha, a passagem de Gran San Bernardo, que liga Martigny, na Suíça, com Aosta, na Itália, nosso destino final do dia. Não muito longe da Chamonix, é uma opção ao túnel do Mont Blanc, mas que não pode ser utilizada no inverno, pois fica fechada entre o final de outubro e abril, mais ou menos. A passagem é um pequeno vale a 2473m de altitude, e passa paralela ao túnel de Gran San Bernardo.
Aquela época, começo do outono, é o momento em que a chance de ver neve é a menor e, como o local fica sob a neve na maior parte do ano, a paisagem é inóspita, apenas pedras e uma vegetação rasteira de tons ocre. A fronteira entre Suíça e Itália é em meio à passagem, e uma bandeira italiana identifica que mudamos de país. A estrada do lado italiano, em restauração, estava muito ruim, com muitos buracos e áreas sem guardrail. Lentamente, com muito cuidado e com a noite caindo, vencemos o trecho ruim e seguimos até Aosta.
Chegando lá, noite fechada, sem um guia (a viagem era para a França), a idéia era tentar achar o hotel em que ficáramos em 2002, o Milleluci, de ótima qualidade. Antes de achá-lo, contudo, passamos em frente a um hotel com aparência de muito novo, quatro estrelas em sua fachada, o Hotel du Cheval Blanc. Valor da diária, para casal e com café da manhã: noventa euros.
Ficamos.
Depois de instalados, saímos para jantar.
Semana que vem, na seqüência musical...
Até.
Volto a contar a viagem de outubro passado.
No último episódio, estávamos em Chamonix, nos Alpes Franceses, ao pé do Mont Blanc, no final da tarde de um domingo que começara nublado e agora tinha céu azul e sol. Frustrados pela impossibilidade de subir na maior montanha da Europa (chegáramos no local minutos após o horário da última subida), paráramos em uma creperia para um lanche antes de seguir adiante em nosso roteiro.
Os destinos principais de nossa viagem, como já contei, eram Paris, a Provence e a Côte D’Azur. Como a distância entre a primeira e as outras duas não é pequena, planejamos aproveitar o caminho na ida para o sul da França para dar uma pequena amostra dos Alpes e a arredores para quem não conhecia, basicamente o Pedro e a Zeca, que estavam indo à Europa pela primeira vez. Foi assim que escolhemos Annecy como primeira parada (só a Jacque e eu estivéramos lá) e – a seguir – Chamonix (que a Karina e o Paulo também conheciam). A partir de Chamonix, pensamos em atravessar para a Itália – quem resiste? – e visitar Aosta, para então seguir - pela Itália mesmo – até o litoral.
Aosta, cidade de pouco mais do que trinta mil habitantes, é a capital do Valle D’Aosta, região autônoma no noroeste da Itália, e que faz fronteira com a França e com a Suíça. Estivéramos lá – a Jacque e eu – em fevereiro de 2002, vindos de Turim e a caminho justamente de Annecy, numa viagem que chamamos de ‘Alpes e Lagos’, pois naquela vez circulamos, depois de sairmos de Paris, entre estações de esqui e lagos, até Viena, o que é outra e velha história. De qualquer modo, conhecêramos Aosta no inverno, com neve, e agora era outono e certamente seria outra cidade.
Para chegar em Aosta saindo-se de Chamonix, a opção mais óbvia, por simples e rápida, é através do túnel do Mont Blanc, um túnel de 11,6km que liga Chamonix a Courmayer, na Itália. Foi ali que, em março 1999, morreram 36 pessoas quando um caminhão com margarina e farinha pegou fogo no interior, causando um incêndio que queimou por 56 horas e atingiu temperaturas acima de 1000ºC. Por essa razão, o túnel ficou fechado em reformas por mais de três anos. Meses depois, ainda em 1999, quando viajamos com os Perdidos na Espace pela Europa e passamos por outros túneis, a orientação (de humor negro) que dávamos para os passageiros da van era para observarem a temperatura que marcava no painel do carro: se subisse de 50°C, era hora de correr a cada um por si (que bobagem...).
Mas não foi por nenhuma razão ligada a isso que optamos por não fazer a travessia pelo túnel e usar uma passagem de montanha, a passagem de Gran San Bernardo, que liga Martigny, na Suíça, com Aosta, na Itália, nosso destino final do dia. Não muito longe da Chamonix, é uma opção ao túnel do Mont Blanc, mas que não pode ser utilizada no inverno, pois fica fechada entre o final de outubro e abril, mais ou menos. A passagem é um pequeno vale a 2473m de altitude, e passa paralela ao túnel de Gran San Bernardo.
Aquela época, começo do outono, é o momento em que a chance de ver neve é a menor e, como o local fica sob a neve na maior parte do ano, a paisagem é inóspita, apenas pedras e uma vegetação rasteira de tons ocre. A fronteira entre Suíça e Itália é em meio à passagem, e uma bandeira italiana identifica que mudamos de país. A estrada do lado italiano, em restauração, estava muito ruim, com muitos buracos e áreas sem guardrail. Lentamente, com muito cuidado e com a noite caindo, vencemos o trecho ruim e seguimos até Aosta.
Chegando lá, noite fechada, sem um guia (a viagem era para a França), a idéia era tentar achar o hotel em que ficáramos em 2002, o Milleluci, de ótima qualidade. Antes de achá-lo, contudo, passamos em frente a um hotel com aparência de muito novo, quatro estrelas em sua fachada, o Hotel du Cheval Blanc. Valor da diária, para casal e com café da manhã: noventa euros.
Ficamos.
Depois de instalados, saímos para jantar.
Semana que vem, na seqüência musical...
Até.
sábado, janeiro 19, 2008
quarta-feira, janeiro 16, 2008
terça-feira, janeiro 15, 2008
Porto Alegre, janeiro de 2008
Calor e boas notícias.
Até.
PS - vocês viram o jogo do Milan no domingo? Joga muito esse Pato!
Até.
Mesmo.
Até.
PS - vocês viram o jogo do Milan no domingo? Joga muito esse Pato!
Até.
Mesmo.
segunda-feira, janeiro 14, 2008
A Sopa 07/23
Um texto do tempo em que em janeiro era inverno.
Por indicação do Rafael e da Monique, queridos amigos de Toronto, fui cortar o cabelo aqui perto de onde moro, num barbeiro iraquiano. Se vocês acompanham esses relatos do exílio, sabem que em outubro fui cortar o cabelo num barbeiro italiano que, ao contrário do que eu pedia, não usava a máquina, apenas tesoura. Pois bem, o barbeiro iraquiano só usa a máquina. De um extremo a outro, eu sei, mas prefiro a máquina.
Ocorreu mais ou menos assim.
Sábado de manhã, termômetros marcando agradáveis –9ºC, fui andando para tentar encontrar o local indicado. Fácil. Entrando na pequena barbearia, a temperatura deveria estar em torno de 20ºC. Tira casaco e blusão e sentei na cadeira indicada pelo barbeiro, de costas para um pôster de Meca. No espelho, passei o todo tempo mirando a cidade sagrada que todo muçulmano deve visitar ao menos uma vez em sua vida.
Ao começar, uma única pergunta: curto ou não? Curto, mas sem exageros, respondo, não esquecendo de explicar para ele que evite deixar que o cabelo faça o contorno da cabeça, ou seja, não quero redondo. Ângulo de 90º entre a parte lateral e a superior. Certo, certo, e lá vai ele com a máquina. Acrescento – meu deus, como sou chato! – que nos lados pode ser máquina dois. Certo, e segue adiante. E me lembro de quando eu era pequeno.
Sabe quando começamos a aprender a pintar? Seja lá o que for, nos ensinam que – para a pintura ficar uniforme – devemos pintar numa única direção – para cima e para baixo, ou de um lado a outro . Pois é, ele deve ter faltado a essa aula. A máquina vai circulando aleatoriamente pela minha cabeça. Tudo bem por enquanto, apesar disso. Corta, corta, em determinado momento relembro a ele sobre o ângulo reto, e segue em frente.
Até que termina. Pede que eu confira, inclusive a parte de trás, com um espelho. Olho… ainda está grande, é preciso cortar mais. Avisa que, se cortar mais, vai ser difícil de pentear (por pouco comprimento de cabelo) e vai ser necessário usar gel. Digo que tudo bem, já uso gel mesmo. Termina o serviço: olho e gosto, apesar de que ainda poderia ter cortado mais nas laterais, mas deixa assim, fica para a próxima, no mês que vem.
Saio para a rua. O céu é azul, o sol brilha e aquece um pouco.
Sábado, manhã, o melhor momento da semana.
Até.
(Publicado em 30 de janeiro de 2005)
Por indicação do Rafael e da Monique, queridos amigos de Toronto, fui cortar o cabelo aqui perto de onde moro, num barbeiro iraquiano. Se vocês acompanham esses relatos do exílio, sabem que em outubro fui cortar o cabelo num barbeiro italiano que, ao contrário do que eu pedia, não usava a máquina, apenas tesoura. Pois bem, o barbeiro iraquiano só usa a máquina. De um extremo a outro, eu sei, mas prefiro a máquina.
Ocorreu mais ou menos assim.
Sábado de manhã, termômetros marcando agradáveis –9ºC, fui andando para tentar encontrar o local indicado. Fácil. Entrando na pequena barbearia, a temperatura deveria estar em torno de 20ºC. Tira casaco e blusão e sentei na cadeira indicada pelo barbeiro, de costas para um pôster de Meca. No espelho, passei o todo tempo mirando a cidade sagrada que todo muçulmano deve visitar ao menos uma vez em sua vida.
Ao começar, uma única pergunta: curto ou não? Curto, mas sem exageros, respondo, não esquecendo de explicar para ele que evite deixar que o cabelo faça o contorno da cabeça, ou seja, não quero redondo. Ângulo de 90º entre a parte lateral e a superior. Certo, certo, e lá vai ele com a máquina. Acrescento – meu deus, como sou chato! – que nos lados pode ser máquina dois. Certo, e segue adiante. E me lembro de quando eu era pequeno.
Sabe quando começamos a aprender a pintar? Seja lá o que for, nos ensinam que – para a pintura ficar uniforme – devemos pintar numa única direção – para cima e para baixo, ou de um lado a outro . Pois é, ele deve ter faltado a essa aula. A máquina vai circulando aleatoriamente pela minha cabeça. Tudo bem por enquanto, apesar disso. Corta, corta, em determinado momento relembro a ele sobre o ângulo reto, e segue em frente.
Até que termina. Pede que eu confira, inclusive a parte de trás, com um espelho. Olho… ainda está grande, é preciso cortar mais. Avisa que, se cortar mais, vai ser difícil de pentear (por pouco comprimento de cabelo) e vai ser necessário usar gel. Digo que tudo bem, já uso gel mesmo. Termina o serviço: olho e gosto, apesar de que ainda poderia ter cortado mais nas laterais, mas deixa assim, fica para a próxima, no mês que vem.
Saio para a rua. O céu é azul, o sol brilha e aquece um pouco.
Sábado, manhã, o melhor momento da semana.
Até.
(Publicado em 30 de janeiro de 2005)
sábado, janeiro 12, 2008
sexta-feira, janeiro 11, 2008
Hoje, no Brasil
quarta-feira, janeiro 09, 2008
terça-feira, janeiro 08, 2008
Reality Show
Hoje, aqui no Brasil, até outros canais estão noticiando o começo de mais um grande irmão, o de número oito. Particularmente, prefiro outro reality show.
Aqui.
Até.
Aqui.
Até.
segunda-feira, janeiro 07, 2008
domingo, janeiro 06, 2008
A Sopa 07/22
A primeira Sopa de 2008.
Aqui no sul do mundo, o calor é senegalesco. Como nunca estive no Senegal, vocês podem ter certeza de que o adjetivo associado a esse país é menos porque imagino ser quente assim lá e mais pelo efeito sonoro que a palavra ‘senegalesco’ tem. Porque eu sou assim, tenho um grande apreço pela língua portuguesa, me encanto com os sons das palavras e, claro, com seus significados. Aliás, como são significativas e poderosas as palavras. Quando escritas, então, muito mais.
Mais de uma vez já me vi envolvido em mal-entendidos devido a escritos meus, feitos de maneira pessoal – como cartas ou e-mails a alguém – ou simplesmente pela publicação de textos meus no blog. Aí tenho que explicar o que quis dizer e coisa e tal. Penso sempre se fui eu que não me expressei bem ou se quem leu (e não gostou) não entendeu bem o que quis dizer. No fundo, não importa e nem faz diferença.
Falava do calor, que é intenso e úmido. O ar-condicionado dos lugares muitas vezes não dá conta. O suor é uma constante por esses dias, e inevitável. Ao sair para a rua, somos quase que empurrados de volta para dentro pela “onda quente” que nos atinge quando colocamos o pé para fora de casa.
Não me queixo, contudo.
Devo confessar, ainda, que gosto muito mais do verão hoje em dia do que antes dos invernos canadenses. Mas certamente olho para o norte com uma ponta de inveja quando penso nos graus negativos e nos ventos que varrem Toronto nessa época do ano. Eterno insatisfeito, pensa o estimado leitor, e concordo: nós que moramos por um tempo em outra cidade, outro país, que já tivemos outra casa, estamos condenados a sentir saudades para sempre, não importa onde estejamos.
Dois mil e oito promete, em vários sentidos.
Tenho projetos, planos, idéias.
Por alguma razão, faz um tempo que relembrei um pensamento mágico que era recorrente num passado já distante: o de que os anos pares são os melhores. Continuo sabendo que é pensamento mágico, mas certamente não é ruim iniciar um ano mais otimista que o usual.
Sei o caminho a seguir – já tracei a rota no mapa – e que a caminhada é longa. Sei, contudo, que mais importante que o destino final é justamente o caminho que vou seguir.
Até.
Aqui no sul do mundo, o calor é senegalesco. Como nunca estive no Senegal, vocês podem ter certeza de que o adjetivo associado a esse país é menos porque imagino ser quente assim lá e mais pelo efeito sonoro que a palavra ‘senegalesco’ tem. Porque eu sou assim, tenho um grande apreço pela língua portuguesa, me encanto com os sons das palavras e, claro, com seus significados. Aliás, como são significativas e poderosas as palavras. Quando escritas, então, muito mais.
Mais de uma vez já me vi envolvido em mal-entendidos devido a escritos meus, feitos de maneira pessoal – como cartas ou e-mails a alguém – ou simplesmente pela publicação de textos meus no blog. Aí tenho que explicar o que quis dizer e coisa e tal. Penso sempre se fui eu que não me expressei bem ou se quem leu (e não gostou) não entendeu bem o que quis dizer. No fundo, não importa e nem faz diferença.
Falava do calor, que é intenso e úmido. O ar-condicionado dos lugares muitas vezes não dá conta. O suor é uma constante por esses dias, e inevitável. Ao sair para a rua, somos quase que empurrados de volta para dentro pela “onda quente” que nos atinge quando colocamos o pé para fora de casa.
Não me queixo, contudo.
Devo confessar, ainda, que gosto muito mais do verão hoje em dia do que antes dos invernos canadenses. Mas certamente olho para o norte com uma ponta de inveja quando penso nos graus negativos e nos ventos que varrem Toronto nessa época do ano. Eterno insatisfeito, pensa o estimado leitor, e concordo: nós que moramos por um tempo em outra cidade, outro país, que já tivemos outra casa, estamos condenados a sentir saudades para sempre, não importa onde estejamos.
Dois mil e oito promete, em vários sentidos.
Tenho projetos, planos, idéias.
Por alguma razão, faz um tempo que relembrei um pensamento mágico que era recorrente num passado já distante: o de que os anos pares são os melhores. Continuo sabendo que é pensamento mágico, mas certamente não é ruim iniciar um ano mais otimista que o usual.
Sei o caminho a seguir – já tracei a rota no mapa – e que a caminhada é longa. Sei, contudo, que mais importante que o destino final é justamente o caminho que vou seguir.
Até.
sábado, janeiro 05, 2008
sexta-feira, janeiro 04, 2008
Dia Útil
Sexta-feira, o dia que antecede o final de semana, devo confessar, é um dos mais cheios em termo de trabalho. Começa oito horas da manhã num local onde fico até o meio-dia, vou até outro para, após um rápido lanche, começar à uma hora e ir até às cinco para, finalmente, ir a um terceiro onde tenho uma reunião que começas às seis e termina - com sorte - às 19h30.
Cansativo? Sim, mas vale o esforço e a corrida.
Ainda estou plantando para o futuro.
E não falo de agricultura...
Até.
Cansativo? Sim, mas vale o esforço e a corrida.
Ainda estou plantando para o futuro.
E não falo de agricultura...
Até.
quinta-feira, janeiro 03, 2008
Verão
Histórias que se repetem todo verão:
"Eu NUNCA vou para a praia sem passar protetor solar. Eu SEMPRE esqueço de passar em alguma parte do meu corpo e tenho queimaduras de sol realmente dolorosas."
Até.
"Eu NUNCA vou para a praia sem passar protetor solar. Eu SEMPRE esqueço de passar em alguma parte do meu corpo e tenho queimaduras de sol realmente dolorosas."
Até.
quarta-feira, janeiro 02, 2008
É proibido fumar na França
Desde 1º de janeiro de 2008 é proibido fumar em todos os lugares públicos, incluindo cafés e restaurantes.
Mais sobre a notícia aqui.
Em seu blog, Janer Cristaldo publica um interessante texto a respeito. Um trecho:
O tabagismo é a vingança do índio contra o colonizador. Nestes dias em que a defesa das culturas indígenas virou moda, jornalista algum ousa lembrar que o mal que hoje dizima milhões de pessoas com câncer, enfisema e doenças coronárias é a herança mais difundida que os bugres nos deixaram.
Leia o texto completo aqui.
O Uruguai já fez isso há mais tempo.
E o Brasil, quando fará?
Até.
UPDATE - A Alemanha também está fazendo.
Mais sobre a notícia aqui.
Em seu blog, Janer Cristaldo publica um interessante texto a respeito. Um trecho:
O tabagismo é a vingança do índio contra o colonizador. Nestes dias em que a defesa das culturas indígenas virou moda, jornalista algum ousa lembrar que o mal que hoje dizima milhões de pessoas com câncer, enfisema e doenças coronárias é a herança mais difundida que os bugres nos deixaram.
Leia o texto completo aqui.
O Uruguai já fez isso há mais tempo.
E o Brasil, quando fará?
Até.
UPDATE - A Alemanha também está fazendo.
terça-feira, janeiro 01, 2008
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